Image Map
Mostrando postagens com marcador PARALIMPÍADA RIO 2016. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador PARALIMPÍADA RIO 2016. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Comitê Paralímpico Brasileiro apresenta os melhores do ano em 22 modalidades

Resultado de imagem para comite paralimpico
O Comitê Paralímpico Brasileiro anunciou nesta segunda-feira, 28/11, os vencedores do prêmio de melhor atleta de 2016 em cada uma das 22 modalidades que fizeram parte do programa dos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Os esportistas serão homenageados na cerimônia do Prêmio Paralímpicos 2016, marcada para o dia 7 de dezembro, no Vivo Rio, no Aterro de Flamengo, no Rio de Janeiro. 
Na ocasião, serão premiados ainda os melhores técnicos de esporte individual e coletivo, o atleta revelação e os melhores do ano (categorias masculina e feminina), eleitos por votação popular. Os indicados ao prêmio principal serão revelados amanhã, terça-feira, 29. Na festa do Prêmio Paralímpicos também haverá a entrega do Troféu Aldo Miccolis, à personalidade que contribuiu para o desenvolvimento do esporte paralímpico.
Entre os 22 nomes (lista e perfis abaixo), estão destaques dos Jogos Paralímpicos Rio 2016, como Daniel Dias, que se tornou o maior medalhista masculino da natação paralímpica, e Lauro Chaman (ciclismo), Evânio Rodrigues (halterofilismo) e Caio Ribeiro (canoagem), que consquistaram as primeiras medalhas do país em Jogos em suas respectivas modalidades. Representando o time feminino, Evani Calado (bocha), Alana Maldonado (judô), Cláudia Cícero (remo) e Marinalva de Almeida (vela) subirão ao palco para receber as homenagens. 
O ano de 2016 foi de recordes para o esporte paralímpico brasileiro. No Rio 2016, a maior e melhor delegação do país conquistou 72 medalhas em treze modalidades (sete a mais do que nos Jogos de Londres-2012). Noventa e três recordes pessoais, 35 recordes das Américas, 10 recordes paralímpicos e cinco recordes mundiais foram batidos pelos atletas brasileiros. 
Participaram do processo de escolha dos melhores atletas de cada modalidade integrantes da diretoria do CPB, da chefia técnica do Comitê e das confederações esportivas. 
Confira a lista completa dos vencedores 

Atletismo – Petrúcio Ferreira
Resultado de imagem para Atletismo – Petrúcio Ferreira

Data e local de nascimento: 07/10/1997, São José do Brejo do Cruz/PB
Classe: T47
Principais conquistas em 2016: ouro nos 100m, prata nos 400m e no revezamento 4x100m nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 
Petrúcio é um fenômeno das pistas. O atleta sofreu um acidente com uma máquina de moer capim aos dois anos e perdeu parte do braço esquerdo. Petrúcio gostava de jogar futsal e sempre foi muito rápido. A velocidade chamou a atenção de um treinador. O paraibano, em apenas dois anos de carreira, já foi campeão paralímpico dos 100m nos Jogos Rio 2016 (com direito à quebra do recorde mundial com o tempo de 10s57). Hoje é o atual recordista mundial dos 100m e nos 200m.
Basquete em CR – Marcos Cândido Sanches da Silva
Data e local de nascimento: 20/07/1982, Belo Horizonte/MG 
Classe: 3.0
Principais conquistas em 2016: ouro no Campeonato Sul-Americano e no Campeonato Paulista; 5º lugar nos Jogos Paralímpicos Rio 2016
Marcos foi atropelado aos onze anos e teve suas duas pernas amputadas. No processo de reabilitação, conheceu o basquete em cadeira de rodas. Um ano depois, ingressou de vez na modalidade e evoluiu ao longo do tempo. Em 2016, conquistou o 5º lugar nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 com a Seleção Brasileira. Além disso, conquistou o tetracampeonato no Campeonato Sul-Americano. No Campeonato Paulista, o mineiro foi o cestinha do torneio pelo seu clube.
Bocha – Evani Calado
Data e local de nascimento: 29/11/1989, Garanhuns/PE 
Classe: BC3
Principal conquista em 2016: ouro por equipe nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 
Evani teve paralisia cerebral causada por falta de oxigênio na hora do parto. Com 20 anos e cursando o primeiro semestre de Publicidade e Propaganda, a atleta conheceu a bocha em um projeto da universidade. Depois disso, foi crescendo e construindo seu espaço dentro da modalidade em âmbito nacional. Em 2016, se consagrou campeã paralímpica por equipe na classe BC3, fazendo o último ponto da partida e colocando o Brasil no lugar mais alto do pódio.
Canoagem – Caio Ribeiro
Data e local de nascimento: 17/02/1986, Rio de Janeiro/RJ 
Classe: KL3
Principal conquista em 2016: bronze nos 200m nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 
Caio sempre esteve ligado ao esporte. Antes de sofrer um acidente de moto que resultou na amputação de uma perna, já havia participado de competições de atletismo e jogado futebol profissional na América do Norte. Em 2016, o canoísta entrou para a história da modalidade ao conquistar a primeira medalha do país em Paralimpíadas. O atleta chegou em 3º na prova do caiaque 200m KL3.  
Ciclismo – Lauro Chaman
Resultado de imagem para Ciclismo – Lauro Chaman
Data e local de nascimento: 25/06/1987, Araraquara/SP 
Classe: C5
Principais conquistas em 2016: prata na prova de resistência e bronze no contrarrelógio nos Jogos Paralímpicos Rio 2016; ouro na prova de resistência e no contrarrelógio na Copa do Mundo da Bélgica 
Lauro nasceu com o pé esquerdo virado para trás. O atleta passou por cirurgia para corrigir o problema, mas o procedimento o fez perder a movimentação do tornozelo e, por isso, teve atrofia na panturrilha. Aos 13, começou a competir em provas de mountain bike contra atletas sem deficiência. Aos 19, passou a competir entre os paralímpicos no ciclismo de estrada e pista. Em 2016, o ciclista entrou para a história ao conquistar as primeiras medalhas do Brasil na modalidade em Jogos Paralímpicos. 
Esgrima em CR – Jovane Guissone
Data e local de nascimento: 11/03/1983, Barros Cassal/RS 
Classe: B
Principais conquistas em 2016: prata na espada na Copa do Mundo na Hungria; ouro no florete no Regional das Américas de São Paulo 
Primeiro brasileiro a conquistar medalha numa competição internacional da modalidade, Jovane começou na esgrima em 2008. O gaúcho, que perdeu o movimento das pernas ao ser atingido por um tiro, após reagir a um assalto, em dezembro de 2004, conquistou a inédita medalha de ouro em sua primeira Paralimpíadas, em Londres-2012. Em 2016, obteve o melhor resultado individual da Seleção Brasileira nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, além da prata na Copa do Mundo da Hungria.
Futebol de 5 – Jeferson Gonçalves
Data e local de nascimento: 05/10/1989, Candeiras/BA 
Posição: Ala direita
Principal conquista em 2016: ouro nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. 
Um glaucoma ocasionou a perda total da visão do jogador quando ele tinha apenas sete anos. Jefinho começou na natação, passou pelo atletismo, mas se encontrou no futebol de 5, aos doze anos. Em 2010, foi eleito o melhor jogador do mundo. Em 2016, pelo seu clube, foi campeão da Copa Brasil de Futebol de 5, marcando os dois gols da final. Com a Seleção Brasileira, o atleta foi campeão e artilheiro com três gols nos Jogos Paralímpicos Rio 2016.
Futebol de 7 – Leandro do Amaral
Data e local de nascimento: 01/04/1993, Nova Andradina/MS 
Classe: 7
Principal conquista em 2016: bronze nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 
A paralisia cerebral de Leandrinho é decorrente de complicações no momento do parto. Chegou a tentar a carreira no futebol profissional, mas se firmou mesmo no futebol de 7 a convite de um treinador que dirigia a AADD/MS na época. Em 2016, o atleta conquistou o bronze com a Seleção Brasileira, marcando os três gols da disputa pelo terceiro lugar nas Paralimpíadas do Rio. A partida foi contra a Holanda. 
Goaball – Leomon Moreno
Resultado de imagem para Goalball – Leomon Moreno
Data e local de nascimento: 21/08/1993, Brasília/DF 
Classe: B1
Principal conquista em 2016: bronze nos Jogos Paralímpicos Rio 2016
Leomon nasceu com retinose pigmentar. O jovem, que já conquistou medalhas representando o Distrito Federal no futebol de 5 e no atletismo, conheceu o goalball aos sete anos, por meio dos irmãos mais velhos, que já praticavam a modalidade. Aos 14, passou a integrar a equipe masculina de goalball do Brasil. Em 2016, conquistou o bronze nos Jogos Paralímpicos do Rio, sendo o vice artilheiro da competição, com 27 gols.
Halterofilismo – Evânio Rodrigues
Data e local de nascimento: 02/09/1984, Cícero Dantas/BA 
Classe: até 88kg
Principal conquista em 2016: prata nos Jogos Paralímpicos Rio 2016
Evânio tem um encurtamento na perna direita causado por sequela de poliomielite. Em 2010, a convite de um amigo, começou a praticar o halterofilismo. Em 2016, o atleta se consagrou com a medalha de prata nos Jogos Paralímpicos, com a incrível marca de 210kg, batendo o recorde brasileiro. A medalha do baiano foi a primeira da história do halterofilismo brasileiro em Paralimpíadas.
Hipismo – Sérgio Oliva 
Data e local de nascimento: 17/08/1987, Brasília/DF 
Classe: IA
Principais conquistas em 2016: dois bronzes nos Jogos Paralímpicos Rio 2016
Sérgio nasceu com paralisia cerebral por falta de oxigenação. Em 1989, começou no hipismo como forma de terapia. Aos 13, tropeçou na saída do edifício onde morava e caiu na vidraça da portaria, cortando-se com os estilhaços. O acidente lesionou os nervos na altura das axilas e Sérgio perdeu os movimentos do braço direito. Voltou a praticar o hipismo em 2002, nas provas de salto e adestramento, onde ficou até 2005, quando optou apenas pelo adestramento. Em sua terceira participação em Paralimpíadas, o atleta conquistou duas medalhas de bronze, nas provas Individual Test e Freestyle.
Judô – Alana Maldonado
Resultado de imagem para Judô – Alana Maldonado
Data e local de nascimento: 27/07/1995, Tupã/SP 
Classe: até 70kg
Principal conquista em 2016: prata nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 
Alana foi diagnosticada com a doença de Stargardt aos 14 anos. Já praticava o judô desde os quatro, mas, somente em 2014, quando entrou na faculdade, começou no judô paralímpico. Com apenas 21 anos, a judoca chegou a uma final paralímpica logo em sua primeira participação em Jogos Paralímpicos e conquistou a prata na categoria até 70kg. Em 2016, ela já havia conquistado ouro no Open Internacional da Alemanha e dois ouros em Grand Prix Internacionais.
Natação – Daniel Dias
Data e local de nascimento: 24/05/1988, Campinas/SP 
Classe: S5
Principais conquistas em 2016: quatro ouros, três pratas e dois bronzes nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. 
Daniel nasceu com má formação congênita dos membros superiores e perna direita. Apaixonado por esportes, descobriu o paradesporto ao assistir pela TV o nadador Clodoaldo Silva nas Paralimpíadas de Atenas-2004. Destaque em competições desde 2006, época do seu primeiro Mundial, Daniel já recebeu o troféu Laureus três vezes: 2009, 2013 e 2016. Nos Jogos Paralímpicos do Rio, conquistou medalhas em todas as provas que disputou. Hoje, é o maior medalhista masculino da natação em Jogos. 
Remo – Cláudia Cícero
Data e local de nascimento: 04/08/1977, Carapicuíba/SP 
Classe: AS | Skiff – ASW1x
Principal conquista em 2016: bronze no double ASW1x na Regata Gavirate 
Cláudia foi atropelada em 2000, na Rodovia Raposo Tavares, em São Paulo, e precisou amputar a perna direita por completo. Em 2005, a atleta começou a praticar natação. Dois anos depois, conheceu o remo e, em oito meses de treino, participou do Mundial de Munique, onde conquistou a medalha de ouro. Em 2016, fez uma ótima participação nos Jogos Paralímpicos do Rio, finalizando a prova em 6º lugar na categoria ASW1x.
Rugby em CR – Julio César Braz
Data e local de nascimento: 29/04/1991, Mesquita/RJ 
Classe: 3.0
Principais conquistas em 2016: ouro no Campeonato Brasileiro e na Copa Brasil 
Julio nasceu com uma má formação congênita que afetou seus membros inferiores e seu membro superior direito. O atleta iniciou na atividade esportiva com a natação e, depois, passou para o handebol em cadeira de rodas. Disputando um campeonato brasileiro da modalidade, descobriu o rugby em CR. Foi neste esporte que se encontrou e conquistou títulos em âmbito nacional. Em 2016, foi campeão brasileiro pelo seu clube, sendo considerado o melhor atleta brasileiro de sua classe. 
Tênis de Mesa – Israel Pereira
Resultado de imagem para Tênis de Mesa – Israel Pereira
Data e local de nascimento: 03/09/1986, em Santos/SP 
Classe: 7
Principal conquista em 2016: prata no individual nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. 
Israel sofreu uma paralisia cerebral causada por falta de oxigênio na hora do parto e teve os movimentos dos braços e pernas comprometidos. Começou a se dedicar ao tênis de mesa aos 14 anos. Porém, o paulista só descobriu a limitação causada pela paralisia cerebral aos 25. Depois disso, voltou a praticar a modalidade, passou por classificação funcional e começou a competir no esporte paralímpico. Em 2016, conquistou a prata nos Jogos Paralímpicos do Rio e alcançou o melhor resultado individual da história do tênis de mesa paralímpico. Hoje é o 6º do ranking mundial.
Tênis em CR – Ymanitu Geon
Data e local de nascimento: 23/04/1983, Tijucas/SC 
Classe: Quad
Principal conquista em 2016: ouro nas simples na Copa Guga Kuerten
Ymanitu sofreu um acidente de carro em 2007 e ficou tetraplégico. Durante a reabilitação, conheceu o tênis em CR e se encantou, passando a dedicar-se profissionalmente à modalidade. Em 2016, foi o primeiro brasileiro da modalidade a garantir participação nos Jogos Paralímpicos do Rio, terminando a competição em 5º lugar. Atualmente é 14º do mundo no ranking de simples da ITF.
Tiro com Arco – Luciano Rezende
Data e Local de nascimento: 05/08/1978, Balsas/MA 
Classe: Standing (ARST)
Principal conquista em 2016: ouro no arco recurvo no Open Indoor, nos EUA  
Uma lesão congênita na espinha prejudicou os movimentos das pernas de Luciano. O arqueiro praticou natação dos 13 aos 20 anos. Em 2008, conheceu o tiro com arco e encontrou sua vocação esportiva. Em 2016, obteve o melhor resultado individual da Seleção Brasileira nos Jogos Paralímpicos do Rio, terminando a prova do arco recurvo em 4º lugar,  melhor resultado do Brasil na modalidade em Paralimpíadas. Atualmente, é o 1º do ranking brasileiro no arco recurvo.
Tiro Esportivo – Geraldo Von Rosenthal
Data e local de nascimento: 13/02/1975, Campo Bom/RS 
Classe: SH1 e SH2
Principais conquistas em 2016: ouro na pistola de ar na Copa do Mundo em Bangkok; prata na pistola de Ar no Open de Hannover e na pistola de ar e pistola sport no Open de  Benning. 
Desde criança Geraldo tem gosto pelo tiro esportivo. Começou a praticar a modalidade profissionalmente em 2007, após um convite do também atleta Carlos Garletti. A partir de então, conquistou várias medalhas em Copas do Mundo e Opens. É recordista das Américas na P4, além de recordista brasileiro na P1, P3 e P5. Em 2016, conquistou a medalha de ouro na Copa do Mundo de Bangkok e terminou em 15º nas provas de pistola de ar (P1) e pistola sport (P3) nos Jogos Paralímpicos do Rio. 
Triatlo – Fernando Aranha
Data e local de nascimento: 10/04/1978, São Paulo/SP 
Classe: PT1
Principais conquistas em 2016: prata no Campeonato Mundial de Yokohoma e no Pan-Americano de Sarasota 
Fernando teve paralisia infantil aos três anos, quando perdeu o controle muscular total da perna direita e parcial da perna esquerda. O atleta iniciou sua vida esportiva no basquete em CR, depois passou pelo atletismo e pelo ciclismo. Em 2011, ingressou no triatlo, modalidade que abraçou. Em 2016, conquistou o 2º lugar no Campeonato Pan-Americano de Triatlo nos EUA e na Etapa do Campeonato Mundial no Japão. Nos Jogos Rio 2016, ficou em 7º lugar, sendo a melhor participação brasileira em Paralimpíadas.
Vela Adaptada – Marinalva de Almeida
Data e local de nascimento: 27/09/1977, Santa Isabel do Ivaí/PR 
Classe: Proeira da SKUD-18
Principais conquistas em 2016: bronze na Welcome to Rio Regata e ouro no Campeonato Brasileiro 
Marinalva sofreu um acidente de moto quando tinha 15 anos, o que causou a amputação da perna esquerda. Sua carreira no paradesporto começou no atletismo, onde se destacou quebrando recordes brasileiros no salto em distância e no arremesso de dardo. Em 2013, conheceu a vela e passou a ser companheira de Bruno Landgraf. Em 2016, a atleta conquistou o 8º lugar na prova Skud nos Jogos Paralímpicos do Rio.
Vôlei Sentado – Frederico Dórea
Resultado de imagem para Vôlei Sentado – Frederico Dórea
Data e local de nascimento: 13/05/1972, Niterói/RJ 
Posição: ponta
Principal conquista em 2016: prata no Torneio Intercontinental em Anji 
Por quase duas décadas, a praia foi a casa de Fred. O atleta rodou o mundo jogando no Circuito Mundial, fez carreira na liga americana das areias e foi coroado “Rei da Praia” em 2000. Em 2008, sofreu uma lesão no joelho esquerdo que ocasionou uma instabilidade articular. Por meio de um amigo da ANDEF, conheceu o vôlei sentado, fez o teste para entrar na equipe e, em 2013, começou a competir. Em 2016, conquistou o 4º lugar com a Seleção Brasileira nos Jogos Paralímpicos do Rio, sendo o maior pontuador do Brasil na competição.

NM com Comitê Paralímpico Brasileiro  
Leia Mais ►

domingo, 18 de setembro de 2016

Cerimônia e Paralimpíada recebem elogios pelo mundo: "Jogos do povo"

Resultado de imagem para encerramento da paralimpíadas 2016
A cerimônia de encerramento da Paralimpíada no Maracanã ganhou espaço na mídia internacional, com elogios à qualidade e animação da festa - chegou a ser chamada de "Jogos do povo", e destaque para a homenagem ao atleta iraniano morto em acidente durante prova de ciclismo de estrada no Recreio dos Bandeirantes. Outros veículos optaram por usar a cerimônia como capítulo final de Jogos "bem-sucedidos", como escreveu o Telegraph, do Reino Unido, enquanto o Mirror ressalta os desafios que a Paralimpíada enfrentou - especialmente a falta de recursos - e diz que houve uma "transformação".
O site da também britânica BBC destaca o tributo ao ciclista iraniano Bahman Golbarnezhad. Em seu discurso, o presidente do Comitê Organizador dos Jogos, Carlos Arthur Nuzman, se dirigiu aos iranianos e lamentou a morte do ciclista de 48 anos, na tarde de sábado. Em seguida, foi a vez de Sir Philip Craven, presidente do Comitê Paralímpico Internacional, pedir um minuto de silêncio. No texto, a BBC também diz que o evento foi um sucesso.
A rede de televisão pública australiana ABC destacou a beleza da festa de encerramento e disse que a Paralimpíada no Rio será lembrada como "Jogos do povo". O veículo lembrou a situação crítica da venda de ingressos pouco antes da competição e ressaltou que a Paralimpíada no Rio teve a segunda maior venda de bilhetes da história. Também é abordada a crise financeira que atingiu o evento. 
O tema também entra na conta do Mirror, que afirma que a cerimônia de encerramento por pouco não deixou de acontecer por falta de recursos. O veículo afirma ainda que a crise na Paralimpíada foi provocada por uso de recursos na Olimpíada - o que o Rio 2016 nega. Mas a avaliação também é de que o Brasil transformou uma situação adversa em um evento de sucesso.
O Telegraph, por sua vez, diz que "Tóquio assume enquanto carnaval encerra Jogos bem-sucedidos", destacando feitos de atletas paralímpicos, como o nadador brasileiro Daniel Dias, e pontos altos da festa, como a apresentação do guitarrista Jonathan Bastos, que não tem braços e toca com os pés. 
Resultado de imagem para encerramento da paralimpíadas 2016O texto publicado no site do veículo também lembra a grande preocupação com a venda de ingressos e falta de recursos para a Paralimpíada no mês de agosto, a crise política com o impeachment de Dilma Rousseff e vaias para Michel Temer na abertura da Olimpíada, além de outros problemas enfrentados pela organização do evento.  
Leia Mais ►

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Brasil bate recorde de medalhas em uma mesma edição de Paralimpíada

Resultado de imagem para brasil na paraolimpíadas 2016
Ainda faltam quatro dias de competições, mas já dá para dizer que o Brasil fez história nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Na noite desta quarta-feira, o país alcançou o maior número de medalhas em uma mesma edição de Paralimpíada. Até o momento foram 48 (dez de ouro, 24 de prata e 14 de bronze), superando o recorde anterior, de 47 medalhas, obtida em Pequim 2008. Assim como naquela edição, atletismo e natação são os carros-chefes da equipe brasileira. Juntas, as duas modalidades somam 38 medalhas (23 do atletismo e 15 da natação). Os Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro terminam no próximo domingo, dia 18 de setembro. 
Se for levado em consideração a classificação pelo número de ouros, porém, a campanha deste ano até o momento é inferior ao recorde, obtido em Londres 2012. Naquela ocasião, o país conquistou a marca de 21 ouros, além de 14 pratas e oito bronzes, o que resultou no 7º lugar do quadro geral, melhor colocação final do país na história. Em Pequim 2008 foram 47 medalhas: 16 de ouro, 14 de prata, 17 de bronze e a 9ª colocação na classificação final.
A 48ª medalha na Rio 2016 coube ao revezamento 4x100m masculino da natação. Daniel Dias, Andre Brasil, Ruiter Silva e Phelipe Rodrigues conquistaram a prata, ficando atrás apenas da Ucrânia. A China ficou com o bronze. 
Apesar da menor quantidade de ouros no momento, o Brasil ocupa atualmente a 5ª colocação no ranking. Esta posição é justamente a meta do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), objetivo considerado ousado, mas factível. O Brasil conta na Rio 2016 com a maior delegação de sua história, 288 atletas. As quatro primeiras colocadas são as superpotências paralímpicas China, Grã-Bretanha, Ucrânia e Estados Unidos, delegações que haviam terminado à frente do Brasil em 2012. Na ocasião, o país também ficou atrás de Rússia e Austrália. Em 2016, no entanto a delegação russa foi proibida de participar da Paralímpiada em razão do escândalo de doping que também tirou diversos atletas das Olimpíadas do Rio, o que favorece a busca da meta do CPB. A Austrália, por sua vez, encontra-se em sexto lugar e é a principal ameaça à quinta colocação brasileira.
Nos Jogos Olímpicos, disputados em agosto, a delegação brasileira também bateu o recorde de medalhas. Foram sete de ouro, seis de prata e seis de bronze, totalizando 19 pódios. A marca anterior era de 17 medalhas, em Londres 2012. A meta estabelecida pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB), de terminar a Rio 2016 entre os 10 países com o maior número de medalhas, no entanto, não foi alcançada. O país terminou na 13ª colocação.
Leia Mais ►

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

É prata! Evânio da Silva repete Toronto 2015 e vai ao pódio no halterofilismo


Evânio Silva levanta 210kg e leva a prata no halterofilismo
FOTO: SERGIO MORAES/REUTERS
Saiu do pavilhão 2 do Riocentro mais uma medalha para o Brasil nos Jogos Paralímpicos. Com a marca de 210kg, Evânio Silva ficou com a prata no halterofilismo, categoria até 88kg. O ouro foi para o atleta dos Emirados Árabes Unidos Mohammed Khalaf, que levantou 220 kg, e o bronze para Sondnompiljee Enkhbayar, da Mongólia, com 210kg. 
O baiano de 32 anos foi medalha de ouro no Parapan de Toronto, no Canadá, ano passado. Evânio da Silva tem um encurtamento na perna direita causado por uma sequela de poliomelite. Em 2010, convidado por um amigo, começou a praticar o esporte.
Com o resultado, o Brasil chega à 37 medalha. São nove de ouro, 18 de prata e 10 de bronze.
Leia Mais ►

domingo, 11 de setembro de 2016

De ponta a ponta, Brasil leva o ouro nos 4 x 100m rasos T11-T13

Resultado de imagem para Os cegos mais rápidos do mundo são do Brasil!Os cegos mais rápidos do mundo são do Brasil! 
Perfeito, o quarteto brasileiro deixou os adversários comendo poeira e venceram de ponta a ponta o revezamento 4 x 100m rasos T11-T13 dos Jogos Paralímpicos do Rio na manhã desta terça-feira no Estádio Olímpico. De quebra, Jeronimo da Silva, Gustavo Araújo, Daniel Silva e Felipe Gomes estabeleceram ainda o novo recorde paralímpico, com 42s37. A China e o Uzbequistão completam o pódio.
Sem necessidade de guia, Jeronimo da Silva, da classe T12, para atletas com baixa visão, abriu a prova contra rivais T11 (cegos) e já passou para Gustavo Araújo em boa vantagem. Competidor T13 (menor grau de lesão), o velocista, que foi somente oitavo na disputa individual de 100m manteve o ritmo até a passagem de bastão para Daniel Silva, que é T11. A esta altura, a torcida já não conseguiu mais conter a empolgação em tinha muita dificuldade para manter o silêncio exigido para prova.   
Medalhista de prata nos 100m T11 e mais experiente da equipe, com outros dois pódios em Londres, Felipe Gomes foi o responsável por encerrar o revezamento com a vitória já praticamente garantida. Empurrado pelos torcedores, o desafio nesta altura era quebrar o recorde mundial, que acabou continuando com os russos, que fizeram 42s11 no Mundial de Doha 2015. A nova marca paralímpica, porém, é do Brasil. E o mais importante: o ouro, o décimo do país nos Jogos.

Leia Mais ►

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Susana tem dia especial e sobe ao pódio ao lado de Clodoaldo e Daniel


Há 12 anos, o adolescente Daniel Dias acompanhava do sofá de sua casa o show de Clodoaldo Silva na piscina de Atenas. Nesta sexta-feira, nos Jogos Rio 2016, os dois se encontraram pela última vez, em uma prova especial, marcada não só pela presença dos ícones da natação paralímpica brasileira, como também pela vitória de Susana Schnarndorf. A prata no revezamento 4x50m livre misto até 20 pontos, que ainda contou com Joana Neves, brilhou como ouro para a nadadora de 48 anos, que tem uma grave doença degenerativa. 
- A gente conquistou a tão sonhada medalha, todo mundo deu o seu melhor. Foi um orgulho para mim nadar com Clodoaldo e com o Daniel. Esse dia vai ser inesquecível para mim com certeza - disse Susana, emocionada.
Revezamento Brasil Paralimpiada natação (Foto: Reuters)Descrição da imagem: Joaninha, Daniel, Clodaldo e Susana exibem suas medalhas de prata (Foto: Reuters)
Para esta prova, cada quarteto tinha que respeitar um limite de 20 pontos no somatório das classes dos atletas. O Brasil usou uma estratégia de equilíbrio, com quatro nadadores S5, enquanto os principais adversários, da China, arriscaram colocando dois S3, um S6 e um S8. 

Clodoaldo abriu para os brasileiros, abriu boa vantagem e entregou em primeiro Joaninha, que perdeu uma posição ao enfrentar uma chinesa S8. Susana Schnarndorf caiu na piscina na sequência, manteve o mesmo ritmo e segurou o segundo lugar. Principal astro da seleção brasileira, Daniel Dias acelerou nos seus 50m, mas não foi o suficiente para alcançar rival da China, que garantiu o ouro para os asiáticos com o tempo de 2m18s03 (novo recorde mundial). O Brasil fez 2m25s45, também abaixo do antigo recorde, que pertencia aos próprios brasileiros (2m29s80). O quarteto ucraniano completou o pódio com 2m30s66.
- Baixamos a marca, fizemos o nosso melhor. Eu saio feliz, mas um pouco emocionado, não por causa da medalha, mas porque fizemos algo positivo. Toda uma arquibancada gritando o meu nome. É uma emoção que vai ficar para sempre. Lá atrás, quando eu comecei, ninguém conhecia o esporte paralímpico. Quase demos uma volta olímpica. Parabéns para a China. Saio de alma lavada, principalmente por essa torcida maravilhosa. Eu que falo pra caramba fiquei sem palavras - comemorou Clodoaldo, em entrevista ao SporTV.
Descrição da imagem: Clodoaldo e Susana festejam a medalha de prata (Foto: FÁBIO MOTTA/ESTADÃO CONTEÚDO)Descrição da imagem: Clodoaldo e Susana festejam a medalha de prata (Foto: FÁBIO MOTTA/ESTADÃO CONTEÚDO)
Escolhido para acender a pira da Rio 2016 na última quarta-feira, Clodoaldo Silva já estava em sua segunda Paralimpíada quando Daniel Dias, um adolescente de 16 anos, o viu competindo em Pequim 2008 e assim despertou o interesse pelo esporte. O experiente atleta de 37 anos, que teve uma paralisia cerebral por falta de oxigênio durante o parto, afetando a mobilidade de suas pernas e sua coordenação motora, é considerado um dos precursores do esporte paralímpico brasileiro. Em casa, nos Jogos do Rio, o agora dono de 14 medalhas encerra sua trajetória vitoriosa nas piscinas, enquanto Daniel já assume o bastão de referência com propriedade.
Maior medalhista em Paralimpíadas da história do Brasil, Daniel Dias chegou a 17 pódios com a prata desta sexta. Além dos 200m livre S5 (ouro, na quinta) e do 4x50m livre misto 20 pontos, ele disputa outras cinco provas individuais na Rio 2016 e é candidato a subir ao pódio em todas elas: 50m livre, 100m livre, 50m borboleta e 50m costas da classe S5, além dos 100m peito SB4. O brasileiro, que nasceu com má formação congênita dos membros superiores e da perna direita, ainda deve disputar os revezamentos 4x100m livre masculino 34 pontos e 4x100m medley masculino 34 pontos.
Se seguir subindo ao pódio em todas as sete provas ainda previstas para nadar na Rio 2016, o fenômeno de 28 anos alcançará a incrível marca de 24 medalhas paralímpicas, ultrapassando o atual recordista da natação masculina, o australiano Matthew Cowdrey, que tem 23 e não disputa os Jogos do Rio.
Leia Mais ►

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Pote de ouro! Claudiney garante mais uma conquista no Estádio Olímpico

Resultado de imagem para Claudiney garante mais uma conquista no Estádio Olímpico
Estádio Olímpico do Rio de Janeiro, ou pode chamar de pote de ouro do Brasil. Mais uma vez o atletismo levou o país ao lugar mais alto do pódio nos Jogos Paralímpicos de 2016, a terceira entre quatro até o momento. O herói do sábado foi Claudiney Santos, campeão no lançamento do disco F56, para competidores com lesão nos membros inferiores, com direito a recorde paralímpico e festa por antecipação. Os 45.33m alcançados ainda na primeira rodada foram suficientes para conquista.
Halterofilista, Claudiney teve que se reinventar para continuar no esporte após acidente de moto em 2005. Uma lesão na perna esquerda parecia ser a maior das sequelas, mas o agravamento da lesão já no hospital obrigou a amputação. Não demorou muito para conhecer o atletismo, meses depois, e canalizar a força de outra maneira: nos lançamentos de dardo e disco, e no arremesso do peso.
A medalha dourada em uma grande competição, entretanto, demorou para aparecer. Prata no lançamento do dardo em Londres 2012, Claudiney repetiu o resultado no Mundial de Lyon 2013 e ficou com o bronze no disco. Dois anos depois, o pódio se inverteu: prata no disco em Doha e bronze no dardo. Em casa, era hora que colocar um ponto final na final do quase.
- Essa medalha veio para coroar não só o meu trabalho como o de todo mundo que está comigo. O sentimento é de gratidão, realização de um sonho. Sempre procurei por essa medalha e não veio em Londres, bateu na trave. Em casa, o sabor é melhor ainda. Tive amadurecimento físico, mental, patrocinadores apoiaram. Tudo isso serviu para evolução - disse o campeão.   
Último a lançar entre os dez participantes, Claudiney precisou de somente duas tentativas para assumir a liderança e atingir os 45.33m do recorde paralímpico. Na segunda rodada, o número de candidatos caiu para oito, mas o foco estava no cubano Leonardo Diaz, dono da melhor marca do ano até então, e de Alireza Nasseri, do Irã. Nenhum dos dois chegou nem perto. Aí, o ouro era questão de tempo.   
Sereno, Claudiney viu os outros três adversários errarem um a um, bem longe de sua marca, e garantiu o título paralímpico quando o egípcio Ibrahim Ibrahim queimou suas três tentativas. O telão exibiu o resultado e a torcida fez a festa. O brasileiro ainda seguiu para os últimos três lançamentos, mas ao errar no primeiro abriu mão da prova para comemorar. É ouro! Mais um no Engenhão.
Leia Mais ►

11/9: como o ataque mudou a vida de dois nadadores americanos até o Rio

Bradley Snyder era um adolescente de 17 anos. Elizabeth Marks, uma menina de apenas 11. Em 2001, eles ainda não sabiam, mas também teriam suas vidas marcadas e transformadas depois daquele 11 de setembro. A data histórica do ataque às torres gêmeas World Trade Center acabou os levando para áreas de combate anos mais tarde. Em situações distintas, os dois foram atingidos, tornarem-se pessoas com deficiência e encontraram no esporte paralímpico uma maneira de recomeçar. 
 Bradley Snyder, Tharon Drake e Matheus Rheine podio 400m livre (Foto: Buda Mendes/Getty Images)Descrição da imagem: Snyder celebra ouro nos 400m  com brasileiro Matheus Rheine (Foto: Buda Mendes/Getty Images)
O 11 de setembro de 2016 de Snyder e Marks, que no dia anterior subiram no alto no pódio, será dentro das piscinas, treinando para suas próximas provas nos Jogos Paralímpicos do Rio. Mesmo distantes de áreas de conflitos e felizes com o momento especial que vivem no Brasil, os dois nadadores vão relembrar e refletir sobre o significado do atentando terrorista que marcou indiretamente suas vidas e deixou quase 3 mil mortos.
- É um dia para se lembrar... Lembrar o quanto a vida é frágil e, que mesmo que você que queria fazer todos felizes, você tem que se lembrar do fato de que há perigos lá fora. E pessoas que são vítimas, vítimas inocentes de coisas muito ruins – disse Snyder, depois de vencer os 400m livre S11 na noite de sábado.
Em Londres foi diferente, porque tinha só um ano que eu estava cego. Tudo era muito novo. Mas agora estou cego há cinco anos. Estou mais acostumado com tudo. Tive muito mais tempo para entender o mundo da maneira que entendo hoje. Posso olhar para as coisas de uma maneira diferente"
Snyder
Elizabeth lembrou que o 11 de setembro é o motivo principal para esta semana defender os Estados Unidos dentro das piscinas. Mesmo sem disputar nenhuma prova neste domingo, a nadadora sabe que será especial ouvir o hino ser tocado no Estádio Aquático dos Jogos do Rio na data emblemática. 
- Definitivamente, é um dia para reflexão. É um dia que me traz à memória a razão para eu estar aqui hoje, nadando. Todos meus irmãos das forças armadas americanas, que foram tão envolvidos nos complexos acontecimentos daquele dia. Foi um dia absolutamente trágico. Eu não vou competir neste domingo, mas espero muito que um de nossos nadadores possam conquistar um ouro para que possamos ouvir nosso hino – comentou.    
SNYDER FICOU CEGO APÓS EXPLOSÃO NO AFEGANISTÃO 
Bradley Snyder Afeganistão (Foto: Arquivo Pessoal/BradSnyderUSA.com )Descrição da imagem: Bradley Snyder sentado no chão em uma área de conflito no Afeganistão (Foto: Arquivo Pessoal/BradSnyderUSA.com )
Um dos astros natação paraolímpica americana, Snyder era um soldado da Marinha em 2011, em missão no Afeganistão. Especialista em desarmar bombas, no dia 7 de setembro daquele ano acabou pisando em um dispositivo improvisado, que explodiu. A bomba não afetou seus braços ou pernas, mas acabou tirando sua visão. Seus olhos precisaram ser removidos e substituídos por próteses.      
Oito meses depois, Snyder passou a se dedicar ao esporte paralímpico. No dia 7 de setembro de 2012, exatamente um ano depois, o americano já estava subindo ao pódio nos Jogos de Londres. Conquista que se repetiu neste sábado, nos 400m livre S11. A incrível história do americano foi contada no livro “Fogo em meus olhos” e, em breve, vai virar filme.    
- Em Londres foi diferente, porque tinha só um ano que eu estava cego. Tudo era muito novo. Mas agora estou cego há cinco anos. Estou mais acostumado com tudo. Tive muito mais tempo para entender o mundo da maneira que entendo hoje. Posso olhar para as coisas de uma maneira diferente - explicou. 
ELIZABETH SOFREU LESÕES NO QUADRIL E NAS PERNAS NO IRAQUE
Com apenas 17 anos, Elizabeth Marks, que estudou em colégio militar, se alistou no exército. Um ano depois, em 2009, foi convocada para a Guerra do Iraque. Sua missão na equipe de enfermagem foi interrompida cedo, em 2010, depois de um acidente na qual a americana nunca quis revelar os detalhes. O que se sabe é que ela sofreu sérias lesões no quadril e isto deixou sequelas no movimento de suas pernas.
Descrição da imagem: Elizabeth Marks posa com a medalha de ouro entre as rivais (Foto: REUTERS)Descrição da imagem: Elizabeth Marks posa com a medalha de ouro entre as rivais (Foto: REUTERS)

Depois de passar por três cirurgias, a americana ainda tentou voltar a trabalhar em áreas de combate, mas não foi considerada apta para a missão. Foi no esporte paralímpico que Elizabeth encontrou uma forma de continuar servindo ao seu país. Hoje ela faz parte da equipe de natação do exército americano.
- Eu servi no Iraque e, estar servindo hoje como atleta, é algo louco. Eu não fui atleta quando mais nova e virei depois de adulta. É muito divertido. É bem diferente o tipo de serviço, mas esse é uniforme que visto hoje, e sou muito orgulhosa representar meu país nele - afirmou a nadadora, depois de receber a medalha de ouro pela vitória nos 100m peito SB7.    
Leia Mais ►

Dobradinha! Petrucio Ferreira leva o ouro e Yohansson Nascimento fica com o bronze nos 100m T47

Petrúcio dos Santos (D) e Yohansson Ferreira comemoram
O atletismo permanece como o esporte que mais dá ouros ao Brasil nos Jogos Paralímpicos. Desta vez, veio pelos pés de Petrúcio Ferreira, de 19 anos, que venceu a prova dos 100 metros na classe T47, com direito a recorde mundial.

O atleta paralímpico cravou o tempo de 10.57s, deixando para trás o polonês Michal Derus, que levou a prata, e o compatriota Yohansson Nascimento, levou o bronze. Ambos fizeram o mesmo tempo, 10.79s, mas foi o tronco que definiu a vitória do polonês e evitou a dobradinha brasileira.
– Hoje, eu corri que nem gente grande. Durante o momento, passa um filme, na cabeça de onde saí e onde estou hoje. Esse ouro eu deixei em casa, no Brasil, é nosso -afirmou o jovem Petrúcio.
– A conquisa é do Brasil, é para todo o público. Os brasileiros devem estar orgulhosos. Queria fazer dobradinha ouro e prata, empatei com o polonês, mas estou feliz - disse Yohansson.

Esta é a primeira Paralimpíada de Petrucio. O recorde mundial, é bom lembrar, já era dele, batido na própria Rio-2016. Era de 10s67.
O Brasil, agora, já tem 11 medalhas do atletismo na Paralimpíada, uma marca impressionante. E é possível que mais medalhas venham por aí. Com as medalhas de Petrucio e Yohansson, o país já soma seis ouros, nove pratas e seis bronzes, com 21 no total.


Petrúcio dos Santos venceu a final dos 100m T47
Petrúcio dos Santos venceu a final dos 100m T47 Foto: Márcio Alves / Extra



Leia Mais ►

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Ítalo Pereira é bronze nos 100m costas

O primeiro dia da natação brasileira nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 não ficou marcado apenas pelo ouro do astro Daniel Dias. Aos 20 anos, Ítalo Pereira também subiu ao pódio do Estádio Aquático na noite desta quinta-feira. Foi terceiro lugar na final dos 100m costas, categoria S7. Bronze com jeito de ouro para fechar a noite: torcida barulhenta e muita comemoração.
Italo completou a prova em 1m12s48. O ouro ficou com o ucraniano Ievgenii Bogodaiko (1m10s55), e a prata foi para o britânico Jonathan Fox (1m10s78).
Terceiro colocado nesta prova no Mundial de Glasgow 2015, o nadador de Porto Nacional (TO) 
bateu em terceiro em sua estreia nos Jogos do Rio, sua segunda Paralimpíada.
Ítalo Pereira conquista bronze nos 100m costas S7 (Foto: André Durão)Descrição da imagem: Ítalo Pereira comemora com o braço direito para o alto após conquistar o bronze nos 100m costas S7 (Foto: André Durão)
Leia Mais ►

É ouro! No último salto, Ricardo Costa garante a festa brasileira no pódio

O Brasil já tem seu primeiro ouro nos Jogos Paralímpicos do Rio-2016. No fim da manhã desta quinta-feira, Ricardo Costa saltou 6,52 metros e ficou em primeiro lugar no salto em distância T11 (cego total). A conquista veio cerca de duas horas após Odair Santos levar a prata nos 5.000 metros T11 e dar a primeira medalha para o País na competição.

Ricardo Costa conquistou a medalha de ouroDaniel Castelo Branco


O ouro de Ricardo Costa foi alcançado já em sua primeira Paralimpíada - de quebra, este foi seu primeiro pódio em uma competição internacional. Mesmo assim, ele era visto com boas chances de medalha porque já detinha a segunda melhor marca do mundo.
Na manhã desta quinta, no Estádio Olímpico (Engenhão), Costa contou com um público entusiasmado. Após queimar seu primeiro salto, ele atingiu a marca de 6,41 metros na segunda rodada e liderou a disputa até a quinta e penúltima série, quando o norte-americano Lex Gillette, que é o recordista mundial da prova, saltou 6,44m.
Na sequência, Costa voltou a saltar bem, mas ficou um centímetro abaixo do necessário (6,43m). No último salto, porém, ele voou e marcou 6,52 metros, levantando o público e garantindo seu ouro.
Ricardo Costa é irmão de Silvânia Costa, recordista mundial do salto em distância feminino e favorita para a disputa no T11 dos Jogos Paralímpicos do Rio.
Leia Mais ►