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quinta-feira, 14 de maio de 2020

Presidente da Anaf, afirma em entrevista: 'Retomada passará por aval a protocolo de segurança nos jogos'


A forma como a pandemia do novo coronavírus afetou o futebol brasileiro trouxe um panorama complexo para os responsáveis por conduzir os jogos em território nacional. Presidente da Associação Nacional do Árbitros de Futebol (Anaf), Salmo Valentim diz que a falta de jogos evidencia a rotina sacrificante do quadro de arbitragem. 

- Têm alguns dos integrantes que dependem exclusivamente da arbitragem. Quem apita jogos quarta e domingo não consegue conciliar sua rotina com outro trabalho. Nenhuma empresa vai empregar uma pessoa que tenha de faltar em mais de um dia da semana - ressaltou, ao LANCE!.

O ex-árbitro alertou para a necessidade da ratificação de um protocolo seguro de jogos nos quais os 479 integrantes do quadro de arbitragem nacional estejam com a saúde garantida. Além disto, falou sobre o aporte dado pela entidade máxima do futebol do país e os desafios que os árbitros vêm encarando neste período sem partidas.

LANCE!: Qual a importância deste auxílio financeiro da CBF aos árbitros?
Salmo Valentim: Primeiramente, conversei com o Leonardo Gaciba (presidente da Comissão Nacional de Arbitragem da CBF) e ele ficou bastante sensibilizado com a situação dos árbitros. Depois, enviei um ofício ao presidente (da entidade máxima do futebol brasileiro) Rogério Caboclo e logo eles se prontificaram a dar suporte, tanto com o valor das cotas quanto com outras coisas.

L!: Como tem sido a batalha dos árbitros para se manterem em forma neste período de paralisação? 
Eles receberam material didático e também vídeos da Comissão Nacional de Arbitragem que contribuem para os árbitros se aprimorarem. Além disto, as estruturas de arbitragem locais passam atividades, para que todos estejam em forma.

L!: Vocês acompanham, mesmo que remotamente, a saúde deles?
Sim. Cinco árbitros tiveram teste positivo para COVID-19. Felizmente, nenhum deles chegou a ir para o CTI. Dois deles estão esperando a contraprova.  Todos os envolvidos na organização dos campeonatos têm de dialogar e dar prioridade à proteção às vidas.

L!: Como tem acompanhado estes debates sobre o retorno do futebol no Brasil?
Olha, tudo terá de passar pelo aval a um protocolo seguro de jogos. Queremos que toda a equipe de arbitragem faça testes de COVID-19 antes de entrar em campo e que jogadores e comissão técnica também tenham o máximo de proteção. A CBF e as federações têm de chegar a um acordo com calma, tem de ser algo bem planejado.

L!: Qual a importância do aporte financeiro da CBF, especialmente pela arbitragem não ser ainda profissionalizada no país?
Na verdade, a gente lida com contrastes na arbitragem do Brasil há muito tempo. Os árbitros de Série A conseguem uma média de R$ 25 mil mensais, mas não conseguem ter outro trabalho em paralelo. Afinal, com jogos quarta e domingo e, às vezes, em outro estado, tem as viagens. Este patamar mais elevado tem sofrido bastante, porque vive de arbitragem! Em compensação, há estados com menor projeção ou árbitros de divisões inferiores e até de futebol amador que conciliam o apito com outra profissão. Muitos dos integrantes da nossa entidade são autônomos. Diante disto, a Anaf enviou ofícios tanto ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), quanto ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para que a categoria de árbitros de futebol fosse incluída entre as que podem sacar o auxílio emergencial de R$ 600 do Governo Federal. 

L!: O que achou da mudança para cinco substituições autorizada pela Fifa?
Para o momento, acho uma medida válida. Inclusive, seria interessante que ela prosseguisse, para tornar o futebol ainda mais dinâmico. Agora, a previsão de data para voltar o futebol aqui no Brasil tem de seguir a ordem das autoridades e o que a ciência diz.


NM com O Lance por Vinícius Faustini
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terça-feira, 5 de maio de 2020

Rogério Caboclo manda liberar mais um aporte de R$ 900 mil aos árbitros da CBF

FOTO DIVULGAÇÃO CBF
Rio – Em razão da pandemia causada pelo coronavírus no país, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), anunciou há pouco que irá destinar a partir de amanhã mais um aporte de R$ 900 mil aos árbitros que fazem parte do quadro nacional. A medida foi determinada pelo presidente Rogério Caboclo, no sentido de ajudar a categoria nesse momento de crise financeira causada pela interrupção das competições nacionais em razão da proliferação do coronavírus no país.
O anúncio foi feito há pouco pelo presidente da Associação Nacional dos Árbitros de Futebol (ANAF), Salmo Valentim, em seu twitter. “O presidente da CBF, Rogério Caboclo, acabou de liberar mais um aporte na ordem de pouco mais de R$ 900 mil aos árbitros do quadro nacional. A medida ajudará boa parte da categoria que foi afetada economicamente com a paralisação das competições nacionais”, disse.
Essa é a segunda ajuda financeira em caráter de antecipação de taxas que a CBF destina aos árbitros. No mês passado, Rogério Caboclo já havia liberado outros R$ 900 mil que com a nova soma, chegam a quase R$ 2 milhões de antecipação para os árbitros brasileiros. Medida que confirma o compromisso do dirigente de fortalecer e apoiar a arbitragem.
Assim que a notícia foi divulgada pela entidade classe, árbitros e auxiliares comemoraram a ajuda do presidente da CBF nas redes sociais. “Além de receber novamente esse apoio financeiro da CBF, pela primeira vez em tantos anos de carreira tenho a certeza de que serei escalado quando a pandemia passar”, comemorou um árbitro da Região Sul.
A decisão do presidente Rogério Caboclo em apoiar a arbitragem brasileira no momento em que o mundo assiste aflito aos impactos causados pela Covid-19, aumenta cada vez mais o seu prestígio não só diante da opinião pública, como também, entre os árbitros que já o apontam como o melhor presidente na história da CBF.
NM com Tribuna do Apito
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domingo, 29 de março de 2020

Novo coronavírus: a situação da arbitragem de AL com a pausa dos campeonatos

Comissão de arbitragem de Alagoas: Pollyana, Charles e George
Ame ou odeie os árbitros, mas eles são figuras centrais em qualquer partida, até mais que os próprios atletas. Um erro pode ocasionar um resultado adverso para um dos clubes e a alegria de outro. Contudo, diferentemente dos clubes e dos atletas, que têm suas receitas "fixas", entrando ou não em campo, o árbitro recebe por partida. E com a falta de campeonatos, a renda dos profissionais do apito fica em um déficit difícil de ser preenchido com tudo parado.
O novo coronavírus chegou para ficar, pelo menos por enquanto. O mundo todo está parado e, com o futebol, não é diferente. Todos os campeonatos estaduais, regionais e nacionais aderiram à paralisação para evitar a propagação da doença.
FOTO: AILTON CRUZ
Em entrevista, o árbitro alagoano Francisco Carlos Nascimento, o Chicão, comentou como está sendo este período de paralisação para a arbitragem. "O presidente da Comissão de Arbitragem, Charles Hebert, junto do vice, George Alves Feitosa, e da secretária-geral, Lydia Pollyana, estão trabalhando com o presidente da Federação Alagoana de Futebol (FAF), Felipe Feijó, para possibilitar a melhor forma de resolver a situação dos árbitros", disse.
Ele também chegou a comentar o posicionamento da CBF: "O presidente da Comissão Nacional de Arbitragem da CBF, Leonardo Gaciba, tem se comunicado conosco constantemente, inclusive sobre os pilares da arbitragem, nos passando tranquilidade sobre a busca de soluções para os árbitros."
Já para a árbitro assistente Brígida Cirilo(foto), a questão financeira, de não depender da renda dos jogos, é um tanto mais fácil por ser professora de Educação Física na rede estadual de ensino. Os jogos são uma maneira de complementar a renda. 
Com as "férias" forçadas devido à proliferação do coronavírus, igualmente aos jogadores, os árbitros e bandeirinhas estão em casa de quarentena, esperando algum sinal positivo para que possam voltar a campo e exercer a profissão. Porém, enquanto aguardam a volta, os juízes procuram também manter a forma física. "Estamos realizando treinamentos em casa. Nosso preparador físico, Luigi Alpino, nos manda todos os dias o nosso treinamento para que possamos manter a forma física. E estamos seguindo a cartilha do professor", disse Chicão.
Brígida, assim como Chicão, passou a treinar em casa com as cartilhas passadas pelo preparador físico Luigi Alpino. A árbitro assistente é ativa nas redes sociais, onde mostra como é seu treinamento de forma adaptada para seus seguidores.
Ainda de acordo com Chicão, o presidente da Associação Nacional de Arbitragem de Futebol (ANAF), Salmo Valentim, "está buscando uma solução, junto à CBF, para nosso presente e futuro."
NM com Luiz Caldas 
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quinta-feira, 18 de abril de 2019

Presidente Rogério Caboclo recebe Associação Nacional de Árbitros

Créditos: Lucas Figueiredo/CBF
O Presidente da CBF, Rogério Caboclo, recebeu uma visita institucional da Diretoria da Associação Nacional de Árbitros de Futebol (Anaf), na tarde desta terça-feira (16), na sede da CBF, no Rio de Janeiro (RJ). O Presidente da Anaf, Salmo Valentim, apresentou temas importantes ligados ao desenvolvimento da arbitragem brasileira e conversou com o Presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Leonardo Gaciba.
– Nossa expectativa com o Presidente Rogério Caboclo é muito grande. Ele tem apoiado a nossa associação e vem oferecendo um aumento na qualidade do trabalho para o melhor desempenho dos árbitros. A CBF e a Anaf estão alinhadas – destacou Valentim. 
Esta foi a primeira visita institucional da Anaf desde a posse de Rogério Caboclo como Presidente da Casa do Futebol Brasileiro. Hilton Moutinho, vice-presidente da região Sudeste da Anaf, e Wagner Rosa, Diretor Jurídico da entidade, também participaram do encontro.
No último dia 9, Caboclo anunciou novidades na arbitragem brasileira. O ex-árbitro e comentarista Leonardo Gaciba foi nomeado presidente da Comissão de Arbitragem e foi anunciada a construção do Centro de Desenvolvimento do Futebol, onde será instalado o Centro de Desenvolvimento da Arbitragem.
NM com site da CBF
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sábado, 10 de novembro de 2018

Anaf entrará na justiça contra o presidente do Corinthians, Andrez Sanches

A crítica que o presidente do Corinthians fez, sobre a atuação do árbitro paranaense Rodolpho Toski, responsável pela condução do clássico contra o São Paulo, pela 33ª rodada do campeonato brasileiro alegando que o clube foi prejudicado por ter se posicionado contra a implementação do árbitro de vídeo (VAR) na reta final do torneio, além de desrespeitosa, foi caluniosa e totalmente desnecessária.

Como parlamentar e presidente de um dos clubes mais populares do futebol nacional, Andrez Sanches deveria rever seus conceitos sobre a arbitragem, afinal de contas o árbitro de futebol é um ser humano que erra na mesma proporção ao interpretar um lance de maneira equivocada, assim como um dirigente quando contrata um atleta que não rende o esperado para o clube.
É inaceitável que o dirigente responsável pela condução de um dos clubes mais importantes do Brasil, coloque em xeque não o árbitro Rodolpho Toski, mas a arbitragem brasileira de uma maneira geral, quando, através da imprensa, “gratuitamente” insinua que o árbitro foi para o jogo sensível a “prejudicá-lo” em face de sua recusa em não investir no “projeto árbitro de vídeo”, popularmente conhecido como VAR.
Por este motivo, o departamento jurídico da Associação Nacional dos Árbitros de Futebol do Brasil (Anaf), vai interpelá-lo judicialmente para que o dirigente possa provar o que afirmou.
É sabido que o processo de escolha no futebol brasileiro infelizmente é fragilizado e amplamente discutível. Não há como defender o que os olhos do mundo viram no clássico paulista, entretanto, é preciso refletir sobre conceitos, pessoas e escolhas no processo de promoção de um árbitro de futebol.
Toski tem suas limitações, mas é novo e pode evoluir. A história mostra que muitos árbitros antes de chegarem ao ápice de suas carreiras, tiveram que passar por esse amadurecimento no campo de jogo. E é justamente isso que se espera dele.
Mesmo sendo o “país do futebol”, há quatro anos se questiona o VAR no Brasil sem que ele efetivamente se torne modelo para o mundo. Ao invés de discutir quem vai pagar a conta, clubes e as entidades deveriam se unir para que o futebol brasileiro fosse reinventado a começar pela postura dos dirigentes que infelizmente ainda insistem em atacar a arbitragem como neste exemplo.
A arbitragem é o único segmento do futebol em que, para atuar, seus profissionais passam por um rigoroso processo de seleção. Tanto é que algumas federações no país e a própria CBF possuem uma corregedoria exclusiva para este fim. Portanto, é inadmissível e inaceitável que se coloque em xeque a lisura dos árbitros do Brasil.
"Vamos continuar trabalhando para que os resultados sejam legitimados dentro de campo e que os gols, dribles e belas jogadas voltem a protagonizar as manchetes esportivas do “dia seguinte”, falou Salmo Valentim ,Presidente da ANAF.
NM com site da ANAF
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domingo, 4 de novembro de 2018

Novo presidente da Anaf fala em “respeito aos árbitros” ou ações na justiça contra quem ofender a arbitragem

Três dias após ser empossado presidente da Associação Nacional dos Árbitros de Futebol (ANAF), o sindicalista pernambucano, Salmo Valentim, garantiu que não medirá esforços para que a arbitragem brasileira volte a ser respeitada. Segundo o presidente, é preciso acabar com um paradigma que visa responsabilizar os árbitros pelas derrotas dos times.
“Se você fizer uma pesquisa, perceberá que as reclamações no Brasil não são exceção, pois infelizmente viraram regra. O clube cobra, mas não ajuda, por exemplo, a profissionalizar a arbitragem semelhante ao que ocorre na Europa, pois é muito mais fácil jogar toda a categoria na vala comum”, disse.
Nesta segunda-feira (5), Salmo Valentim disse que não vai mais admitir que os árbitros sejam ofendidos como costumeiramente ocorre no fim do Campeonato Brasileiro. Para o presidente da Anaf, exemplos como o do técnico Luiz Felipe Scolari, do Palmeiras, não deveriam mais existir no futebol.
“Não discuto aqui a qualidade do Scolari como treinador, tampouco questiono a sua importância para o futebol, mesmo sendo o técnico do Brasil no fatídico 7 a 1, no jogo contra a Alemanha na Copa de 2014. Mas o que não se pode admitir, é que um técnico da sua importância assuma um protagonismo pequeno de ofender a arbitragem como ele fez contra o árbitro goiano, André Castro recentemente. Esse tipo de conduta nós não iremos mais admitir. Ao invés de ofender, por qual motivo não nos ajuda a melhorar o nível da arbitragem? Críticas construtivas todos têm o direito de fazer, agora, quem ofender os árbitros terá que responder pelo seu ato”, disse.
Convicto de que apitar futebol no Brasil é uma das tarefas mais difíceis do mundo esportivo, Salmo disse que a modernidade aliada a tecnologia em alguns pontos ajuda o trabalho da arbitragem, mas em outros, acaba atrapalhando.
“Até o final da década de 90 era muito mais fácil apitar, pois você não tinha essa quantidade enorme de câmeras que no subconsciente de quem assiste, acaba exigindo que os árbitros acertem tudo. Eu sou completamente favorável à tecnologia, entretanto, temos que utilizá-la, como o VAR, por exemplo, para ajudar o trabalho da arbitragem. Há lances que mesmo com todas as câmeras mostrando, as pessoas ainda ficam na dúvida. Agora imagine você a situação do árbitro, que possui poucos segundos pra resolver. É realmente muito difícil”, contou.
Sobre o trabalho realizado pela comissão de arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Salmo elogiou o Coronel Marcos Marinho, presidente do setor, mas disse que é necessário rever o que não deu certo este ano, para melhorar o desempenho dos árbitros em 2019.
“Não é papel da CBF formar árbitros. Isso quem faz são os sindicatos locais em parceria com as federações. A comissão nacional trabalha com os nomes que os estados mandam, e assim compõe a sua relação. Sabemos que o trabalho desenvolvido pelo Coronel Marinho não é fácil, mas ele possui uma equipe integrada que procura dar o seu melhor. Entendo que neste momento todos os setores do futebol precisam se unir entorno de um projeto propositivo que melhore o nível da arbitragem brasileira. É preciso admitir que erros ocorreram, mas que o intuito sempre será o do acerto. Por isso faz-se necessário avaliar o ano e colocar na balança o que deu certo para ser aprimorado”, declarou.
Na próxima semana, em Pernambuco, o presidente da ANAF concederá uma coletiva de imprensa falando sobre os desafios de sua gestão.
NM com Ascom – Associação Nacional dos Árbitros de Futebol 
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terça-feira, 23 de outubro de 2018

RESPEITEM A ARBITRAGEM BRASILEIRA!

Ser árbitro de futebol no Brasil tem sido cada vez mais uma “profissão” de risco. Não há um plano de carreira que os possibilite trabalhar e investir na excelência, tampouco RESPEITO de pessoas e entidades para que cenas lamentáveis como a que vimos entre ontem e hoje em Porto Alegre, protagonizadas por torcedores, dirigentes e até transeuntes contra a arbitragem nos aeroportos, não ocorram mais.
O Internacional é sabidamente um dos clubes mais importantes do futebol brasileiro e não deveria ter, como “diretor executivo”, um “dirigente” que esbofeteia a tradição do clube ao desrespeitar e agredir verbalmente – de maneira velada – a arbitragem que conduziu a partida entre Internacional x Santos, na última segunda-feira, 22, no Beira-Rio. Esse tipo de manifestação conduzida pelo Sr. Rodrigo Caetano, em NADA contribui pelo crescimento do futebol brasileiro, ao contrário, só serve para semear o ódio e incentivar a violência.
A Associação Nacional dos Árbitros de Futebol (ANAF), repudia veementemente não só estes atos, como também a declaração desrespeitosa do Sr. Alexandre Mattos, diretor de futebol do Palmeiras, que, de maneira irônica colocou em xeque a conduta moral do árbitro goiano, André Luís Freitas Castro, após o confronto da equipe paulista contra o Ceará no último domingo, 21.
Repugnante também foi a declaração do técnico Luiz Felipe Scolari, do Palmeiras, ao afirmar que parecia haver uma “lista pronta” de advertências na referida partida, fazendo uma alusão de que o árbitro em tela teria ido para o jogo com o intuito de prejudicar sua equipe. O que não é verdade! Além de ser um dos mais respeitados árbitros do Brasil, assim como Ricardo Marques Ribeiro, ambos possuem um currículo vitorioso no esporte que merece ser respeitado.
Não se pode jogar nos ombros da arbitragem os erros cometidos pelos atletas no campo de jogo. Se o time não vai bem e por algum motivo perde, a arbitragem sempre procura trabalhar com o intuito de acertar, mas parte da mídia não entende dessa forma passando ao torcedor a imagem que os árbitros são “infalíveis”, algo que todos nós sabemos ser humanamente impossível.
A arbitragem a cada rodada do Campeonato Brasileiro é desrespeitada e jogada na vala comum por dirigentes de clubes, como Alexandre Mattos e Rodrigo Caetano, que optam em usar esse expediente com o intuito de maquiar suas derrotas. E isso nós não iremos mais tolerar!
Não se pode querer cobrar da arbitragem mais do que ela pode dar. Não se pode querer discutir erros em lances que nem o VAR é capaz de acertar, em um esporte onde o dirigente, não todos, mas uma boa parte, não tem o mínimo de respeito por esses profissionais que comandam grandes espetáculos do futebol. Ao que parece, execrar a arbitragem virou moda no Brasil, como se a responsabilidade de apitar o torneio mais difícil de se atuar no mundo, fosse pequena.
O departamento jurídico da entidade de classe dos árbitros do Brasil entrará com ações tanto na esfera civil, quanto no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), contra dirigentes que ao invés de trabalharem em prol do crescimento do futebol brasileiro, insistirem por utilizar os holofotes com a gratuita postura de denegrir a imagem da categoria. Isso não será tolerado e juntos sempre seremos mais fortes!
Atenciosamente,
Marco Antônio Martins
Presidente da ANAF
Salmo Valentim
Presidente eleito da ANAF
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sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Vem aí o 47º Congresso e posse da nova diretoria da ANAF

Nos dias 2 e 3 de novembro será realizado em Florianópolis o 47º Congresso Brasileiro das Entidades e dos Árbitros de Futebol. O evento marcará a posse da gestão 2018/2022 da ANAF e a despedida do atual presidente, Marco Antônio Martins, do comando da entidade. Assumirá a presidência Salmo Valentim da Silva, de Pernambuco.
Organizado pela ANAF e pelo Sindicato dos Árbitro de Futebol de Santa Catarina, o Congresso será aberto oficialmente no dia 2, às 20 horas, no Hotel Slaviero Beira Mar, na capital catarinense. Na mesma solenidade, o atual presidente da ANAF transmite o cargo ao seu sucessor, cuja chapa foi eleita por unanimidade em processo eleitoral realizado no primeiro semestre deste ano.

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segunda-feira, 30 de julho de 2018

Salmo Valentim eleito presidente da ANAF com 100% dos votos

O economista e ex-árbitro pernambucano Salmo Valentim é o novo presidente da ANAF. Ele foi eleito junto com os demais membros da diretoria nesta segunda-feira, 30.
A chapa “Nossa ANAF é a gente que faz” recebeu 100% dos votos. Não foram registrados votos brancos ou nulos. O resultado foi proclamado após o encerramento do horário de votação, que foi das 17h às 21h. A apuração ocorreu nos locais de votação e os números foram enviadas imediatamente para a comissão eleitoral, para a apuração geral dos votos.
Biografia
De família humilde criado na cidade de Goiana, interior do Estado de Pernambuco, Salmo Valentim quando novo decidiu trocar a infância pelo trabalho para ajudar no sustento de sua família. Experiente na política, no início da década de dois mil foi um dos vereadores mais atuantes de sua cidade, fator que o manteve entre os políticos mais atuantes do país.
Além de economista, advogado e administrador de empresas, Valentim é também formado em letras. Casado e pai de dois filhos, o pernambucano foi árbitro dos quadros da Federação Pernambucana de Futebol (FPF) e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Enquanto gestor sindical, atuou como presidente do Sindicato dos Árbitros de Futebol de Pernambuco e também como diretor da ANAF.
Diretoria eleita
Presidente: Salmo Valentim da Silva
Vice-presidente Região Sul: Hélio Prado
Vice-presidente Região Sudeste: Hilton Moutinho
Vice-presidente Região Centro-Oeste: Fábio Rodrigo Rubinho
Vice-Presidente Região Norte: Dewson Fernando da Silva Freitas
Vice-presidente Região Nordeste: Eveliny P. de Almeida Silva
Secretário Geral: Arthur Alves Junior
Diretor Tesoureiro: Arilson Bispo da Anunciação
Conselho Fiscal Efetivo
Ronaldo André Bento
João Thiago Carvalho Reis
João Lupato
Conselho Fiscal Suplente
João Henrique Queiroz Silva
Ivaney Alves de Lima
Charles dos Santos Brasil
Assessorias
Assessora da Presidência: Érica Gonçalves Krauss
Administrativo e Patrimônio: João Gomes Jácome
Assuntos Internacionais: Rodrigo Martins Cintra
Assuntos Institucionais: Gleydson Ferreira Leite
Relações Sindicais: João Batista Lucas Correia
Presidente do Conselho de Ética: Carlos Augusto de Almeida Lima
Diretor de Ensino: Raimundo Nonato Lopo de Abreu
Diretor Jurídico: Wagner Rosa
Departamento Feminino: Neuza Inez Bach
Presidente Marco Martins votando em Santa Catarina

Plano de governo
Com uma plataforma administrativa voltada para o árbitro, Salmo Valentim quer aglutinar esforços para que a arbitragem brasileira volte ser a melhor do mundo. Sensível a causa de seu clero e consciente de que há muito o que fazer, uma de suas principais ações será a de resgatar a atenção da categoria na entidade com um plano de ação capaz de restabelecer um novo vínculo.
Firme em posições preponderantes para que o afinado discurso se torne realidade, segundo interlocutores, Valentim vai abrir um amplo diálogo com a sociedade dos ‘apitos e bandeiras’ para que o seu plano de governo possa justificar a confiança que lhe será imposta nas urnas no próximo 30 de julho.
Entre as suas principais ações, estão:
* Diálogo permanente com a CBF e todos os setores que a compõem com o objetivo de melhorar a qualidade da arbitragem brasileira
* Melhoria contínua nas taxas de arbitragem
* Realização de pelo menos 1 workshop internacional para debater a arbitragem. Evento exclusivo para árbitros e auxiliares
* Flexibilidade nos voos
* Criação de um fundo de lesão
* Plano de saúde
* Transportes em todos os estados a custo zero
* Parcerias com hotéis em cadeia nacional e internacional
* Ativação da escola de árbitros da ANAF que passa a formar novos profissionais
* Acompanhamento semanal dos jogos com a criação de um gabinete de crise para ajudar o associado quando necessário
* Fortalecimento do departamento jurídico
* Criação de um departamento de marketing
* Reformulação dos congressos e assembleias de trabalho que passam ser anuais vinculados em um único evento
* Reuniões semestrais de diretoria
* Criação de uma cota única de recolhimento do associado
* Parcerias com as federações locais para que o associado tenha acesso gratuito aos estádios
* Criação de um departamento de comunicação e assessoria de imprensa
* Adequação e reformulação do Campeonato Brasileiro dos Árbitros
* Acompanhamento dos campeonatos estaduais
* Parceria com as comissões estaduais de arbitragem
* Prêmio para o melhor trio de arbitragem do ano eleito por analistas convidados
* Criação de um portal da transparência para que todos possam ter acesso as ações da diretoria
Veja abaixo fotos de outros estados.
Pernambuco
Ronaldo e André Bento - MG
João Henrique - RN
Manoel Garrido e Arilson Bispo - BA
Manoel Paixão e Lincoln Taques - MT

NM com site da ANAF
Fotos: site ApitoNacional
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terça-feira, 17 de julho de 2018

Nossa ANAF é a gente que faz! Salmo Valentim lidera chapa como candidato a presidente

Uma chapa de consenso representando a unidade dos associados da ANAF foi registrada oficialmente na última segunda-feira, dia 16, tendo como candidato único a presidente Salmo Valentim da Silva, de Pernambuco.
A chapa “Nossa ANAF é a gente que faz” surgiu após um amplo debate nacional capitaneado por Valentim que já há muitos anos vem trabalhando em prol da arbitragem brasileira, dos sindicatos e da ANAF. Na gestão de Marco Antônio Martins, Salmo exerceu com competência o cargo de diretor tesoureiro.
Fruto de um trabalho iniciado há vários anos, Salmo Valentim surgiu como candidato natural a sucessão na ANAF. A chapa é composta por representantes de todas as regiões do país, o que assegura uma atuação ampla em todos os estados. O grupo dará continuidade ao projeto de valorização da arbitragem e por mais conquistas para a categoria.
Diretoria
Presidente: Salmo Valentim da Silva
Vice-presidente Região Sul: Hélio Prado
Vice-presidente Região Sudeste: Hilton Moutinho
Vice-presidente Região Centro-Oeste: Fábio Rodrigo Rubinho
Vice-Presidente Região Norte: Dewson Fernando da Silva Freitas
Vice-presidente Região Nordeste: Eveliny P. de Almeida Silva
Secretário Geral: Arthur Alves Junior
Diretor Tesoureiro: Arilson Bispo da Anunciação
Conselho Fiscal Efetivo
Ronaldo André Bento
João Thiago Carvalho Reis
João Lupato
Conselho Fiscal Suplente
João Henrique Queiroz Silva
Ivaney Alves de Lima
Charles dos Santos Brasil
Assessorias
Assessora da Presidência: Érica Gonçalves Krauss
Administrativo e Patrimônio: João Gomes Jácome
Assuntos Internacionais: Rodrigo Martins Cintra
Assuntos Institucionais: Gleydson Ferreira Leite
Relações Sindicais: João Batista Lucas Correia
Presidente do Conselho de Ética: Carlos Augusto de Almeida Lima
Diretor de Ensino: Raimundo Nonato Lopo de Abreu
Diretor Jurídico: Wagner Rosa
Departamento Feminino: Neuza Inez Bach
NM com site da ANAF
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quinta-feira, 24 de maio de 2018

Segue o jogo! 100 Anos da Arbitragem Brasileira no Futebol


Lançado pela Editora Bonecker, Segue o jogo! 100 Anos da Arbitragem Brasileira no Futebol, é uma obra indispensável para quem é árbitro, para quem deseja conhecer a história da atividade ou mesmo tem curiosidade sobre o assunto.
Para adquirir a obra clique AQUI
O autor é Teodoro Castro Lino, ex-árbitro e pioneiro do quadro de árbitros-assistentes da FIFA, é autor de O Futebol Através dos Tempos e O Outro Lado do Futebol. Membro da Academia Goianiense de Letras, Teodoro com sua nova obra faz uma justa homenagem aos principais apitadores e assistentes brasileiros em todos os tempos.
SOBRE O LIVRO:
Ser árbitro de futebol definitivamente não é tarefa para os fracos. Teodoro Castro Lino esteve dentro das quatro linhas por vinte anos. Primeiro como jogador de futebol, tendo o privilégio e a inglória missão de disputar posição com nada menos que o craque Garrincha. Depois continuou   nos gramados, com o apito na boca. Chegou ao quadro da FIFA, correndo nas laterais do campo, o que sempre fez muito bem. Porém foi com a bandeira na mão que destacou e ganhou o mundo. Craque com as palavras e exímio contador de histórias pitorescas, Teodoro agora nos brinda com “Segue o Jogo! – 100 anos da Arbitragem Brasileira de Futebol” onde apresenta a trajetória e as histórias dos grandes nomes desta nobre e muitas vezes injustiçada arte. Com o perdão do trocadilho, não se sinta impedido de conhecer os nossos destaques do apito e da bandeira. Boa leitura!

NM com site da ANAF
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segunda-feira, 30 de abril de 2018

Assembleia aprova contas da ANAF e deflagra sucessão na entidade

As contas do terceiro trimestre de 2017 da ANAF foram aprovadas por unanimidade. Este foi um dos itens da pauta da assembleia geral da entidade realizada nesta segunda-feira, 30, em Florianópolis.
Quanto ao mandato da atual diretoria que vence em novembro de 2018, a intenção é deflagrar o processo ainda neste mês de maio, com realização da eleição no mês seguinte. Para tanto, foram encaminhados aspectos como a relação de votantes, regimento e o esboço de calendário eleitoral. Foram indicados os nomes para a comissão eleitoral.
Nos próximos dias o site da ANAF começa a publicar todos os atos que dizem respeito a eleição, para garantir a transparência do processo.
O local da próxima assembleia da ANAF foi rediscutido preliminarmente e será decidido pela diretoria em comum acordo com o estado interessado.
Os trabalhos foram abertos com a apresentação das contas. O conselho fiscal analisou os livros com o movimento contábil e fiscal dos meses de outubro, novembro e dezembro de 2017 e recomendou aprovação, enfatizando a transparência da gestão.
Participaram da assembleia os seguintes associados da ANAF:
– Presidente da ANAF, Marco Antônio Martins
– Diretor Tesoureiro: Salmo Valentim da Silva (PE)
– Membro do Conselho Fiscal, Carlos Alberto Nunes Castro (RS)
– Membro do Conselho Fiscal Ronaldo André Bento (MG)
– Vice-Presidente Região Nordeste: Arilson Bispo da Anunciação (BA)
– Presidente do Safergs, Maicon Zuge (RS)
– Presidente do Sinafesc, Hélio Prado (SC)
– Secretária executiva da ANAF Erica Kraus (SC)
– Fundador da ANAF, Cantucho João Setubal.
– Associados do Sinafesc e do quadro de Arbitragem de Santa Catarina.

NM com site da ANAF
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terça-feira, 24 de abril de 2018

Por que a arbitragem de futebol do Brasil não é profissional


A 2ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro, que terminou no domingo (22), foi novamente marcada por questionamentos em relação à arbitragem. Entre os principais, estão o gol mal anulado do Internacional, que determinou a derrota da equipe no jogo contra o Palmeiras, e os acréscimos da partida entre Fluminense e Cruzeiro, considerados desproporcionais. 

A adoção de novas tecnologias no esporte, como a do árbitro assistente de vídeo, quer reduzir a ocorrência de erros humanos no futebol. Para a edição de 2018, no entanto, a maioria dos clubes da primeira divisão foi contrária à medida, alegando custos elevados de implementação. 

Enquanto ferramentas auxiliares não se consolidam, falhas em lances polêmicos e interpretativos seguem pesando na conta dos árbitros brasileiros. A urgência por melhor capacitação de juízes e o estigma que envolve a profissão servem de argumento para que se questione as condições atuais de trabalho da categoria. 

A arbitragem de futebol é reconhecida legalmente como profissão no país desde outubro de 2013. Apesar disso, árbitros nacionais não atuam em regime profissional, como acontece em países como Portugal, Espanha ou Inglaterra, por exemplo, que oferecem salários mensais e bonificações.

Na prática, suas regras de trabalho são definidas pela Lei nº 9.615, conhecida como Lei Pelé. Tal lei define os árbitros como trabalhadores autônomos, ou seja, sem vínculos empregatícios formais com federações estaduais ou a CBF (Confederação Brasileira de Futebol), por exemplo. Sem terem remuneração fixa, os árbitros são escalados para cada partida por sorteio, sendo pagos conforme o número de jogos que apitam. 

Os ganhos por partida dependem diretamente do “nível” do juiz. Um árbitro vinculado à Fifa recebe cerca de R$ 4.000 por jogo. Árbitros da CBF, por sua vez, faturam R$ 2.900 por partida trabalhada na Série A. A quantia é proporcionalmente menor para campeonatos de menos expressão e os assistentes recebem cerca de 60% do valor dado aos árbitros. 


592 É o número de árbitros e assistentes registrados na CBF 

Caso não sejam sorteados, juízes podem passar até algumas semanas sem apitar. O mesmo vale para períodos que campeonatos entram em recesso, como acontece em anos de Copa do Mundo, por exemplo. 

Por conta desse funcionamento, entidades administrativas não precisam manter responsabilidades trabalhistas ou previdenciárias. Embora existam casos de árbitros que se dediquem apenas ao trabalho dentro das quatro linhas, a maioria segue conciliando à dedicação ao esporte com outras atividades profissionais. Isso, segundo a categoria, seria um dos fatores que limitam o potencial de árbitros e tornam desproporcional a cobrança por rendimento. 

“No Brasil, duas coisas são fundamentais, profissionalização e fim do sorteio. Melhoraria muito. Não estou falando só em relação a salários, mas em ter um tempo integral para o árbitro se preparar melhor para essa função, que é extremamente difícil”, disse Carlos Eugênio Simon, árbitro que apitou em três Copas do Mundo e atual comentarista de arbitragem, em entrevista recente ao jornal Lance!. 

“O juiz é uma figura amadora, solitária, que deve ir atrás de treinamentos e recuperação, tudo por conta própria. Debates sobre técnicas de arbitragem e preparação física são importantes, além de conversas com psicólogos”, completa.

Como alguém se torna árbitro de futebol 

Para a grande maioria dos juízes, a profissão costuma funcionar como uma espécie de complemento de renda. Após realizarem um curso de capacitação que dura, em média, um ano, árbitros podem pleitear uma vaga nas federações. 

Cursos desse tipo são oferecidos por sindicatos de árbitros ou pelas próprias federações, o que varia de estado para estado. Se aprovados em testes teóricos, psicológicos e de aptidão física, os juízes ficam à disposição da federação a que pertencem. Para fazerem parte do quadro nacional (da CBF) e pleitearem vagas como árbitros-Fifa, devem ser indicados pelas federações. 

“Não se discute a profissionalização, o que se discute é o vínculo empregatício. Querem mandar na arbitragem mas não querem vínculos porque gera custos. O ideal seria ter uma garantia mínima.” 

Marco Antônio Martins, presidente da Anaf 

A grande visibilidade do trabalho dos juízes prevê cobranças na mesma proporção. De acordo com o Código Brasileiro de Justiça Desportiva, árbitros podem ser suspensos ou até multados por não seguirem as regras oficiais do esporte, omitirem-se em situação de indisciplina entre atletas, ou não comunicar ocorrências nas súmulas ao fim da partida, por exemplo. 

“A CBF precisa de cerca de 40 árbitros para o [Campeonato] Brasileiro, que precisam estar o tempo todo em treinamento. Se um deles comete um erro no final de semana, não adianta que volte para casa e fique 15 dias fora da escala. Isso vai melhorar em que a situação dele? Um árbitro já sabe depois do jogo que errou e que vai ficar fora. Qual a motivação dele para treinar?”, disse Marco Antônio Martins, presidente da Anaf (Associação Nacional de Árbitros de Futebol), em entrevista ao Nexo. 

Entraves para a profissionalização

Em 2016, o então presidente da Comissão de Arbitragem da CBF Sérgio Corrêa da Silva estimou os custos anuais para a profissionalização dos serviços de arbitragem brasileiros em R$ 60 milhões. O aspecto logístico também foi apontado como entrave para o regime de dedicação exclusiva dos árbitros. 

“Nós teremos uma cidade chamada ‘Arbitrolândia’, onde todos estariam reunidos para fazer os trabalhos? Como seria a legislação, o tempo de serviço, contribuição previdenciária? Então, não é tão simples como as pessoas colocam. Que iria melhorar, isso sem dúvida”, declarou, durante entrevista sobre o tema. 

Sucessor de Sérgio Corrêa à frente da Comissão de Arbitragem, o coronel Marcos Marinho já declarou não acreditar em profissionalização da arbitragem a curto ou médio prazo. De acordo com o atual presidente, a mudança esbarra na atual lei trabalhista brasileira, que dificulta a regularização do trabalho dos árbitros. 

“Justificar com questões logísticas e custos é não querer”, disse ao Nexo Sálvio Espínola, ex-árbitro e atual comentarista de arbitragem dos canais ESPN. “O árbitro faz um esforço sobrehumano para apitar jogo e não tem segurança financeira nem jurídica. A discussão é qual vai ser a dedicação [do árbitro]. Não dá para ele ficar no trabalho o dia inteiro e depois pegar a mala e ir apitar um jogo. Eu entrei no futebol na década de 1990 e já era assim. Hoje, é algo ultrapassado.

” Para Espínola, a profissionalização permitiria a maior padronização de critérios, uma das principais cobranças atuais em relação à arbitragem. “Tem que dar e cobrar. O problema é que hoje cobra e não dá”, conclui. 

ESTAVA ERRADO: A primeira versão deste texto informava que o erro de arbitragem no jogo entre Palmeiras e Internacional aconteceu no gol que deu a vitória à equipe paulista. Na verdade, a decisão questionada envolve um lance de gol do Internacional que empataria a partida. A informação foi alterada às 12h54 de 25 de abril de 2018.

NM com o Jornal NEXO


Link para matéria: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2018/04/24/Por-que-a-arbitragem-de-futebol-do-Brasil-n%C3%A3o-%C3%A9-profissional

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