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quarta-feira, 22 de abril de 2020

Relator do projeto clube-empresa acredita que times encontrarão dificuldades após pandemia

Deputado Pedro Paulo critica posicionamento do governo - 
Rio - O forte impacto no gramado devido à pandemia do novo coronavírus deixou mais latente a expectativa de uma mudança de rota no futebol brasileiro fica ainda mais latente. Relator do projeto do clube-empresa (que foi aprovado na Câmara), o deputado federal Pedro Paulo (DEM-RJ) não esconde que o futebol continuará a encarar realidades diferentes em todas as camadas.


"Na Primeira e na Segunda Divisão, já vemos agremiações que carecem de uma estrutura mais empresarial e precisarão de uma ajuda maior. O problema ficará maior entre clubes que, antes mesmo da pandemia, já enfrentavam grandes problemas financeiros", disse.

Ao LANCE!, o parlamentar discorre sobre a maneira como o Governo vem "socorrendo" os clubes neste momento difícil e aponta como o projeto de clube-empresa terá de lidar com a pandemia do novo coronavírus.

LANCE!: Quais são os caminhos para os clubes brasileiros voltarem a se estruturar diante dos tempos difíceis de uma pandemia?
Deputado Pedro Paulo: Primeiramente, é necessário fazer uma divisão entre clubes das Séries A ou B e os milhares de clubes recreativos que basicamente são centros de lazer, mas têm pessoas empregadas. Já na Primeira e Segunda Divisão nacional, por exemplo, vemos agremiações que carecem de uma estrutura mais sólida, e vão necessitar de um recurso de capital de giro para se reestruturar e voltar a conseguir a competitividade que tinham em outros momentos. Sem dúvida, haverá muitos desafios em relação a pagamento de parcelas do Profut e, assim, conseguirem novas perspectivas.

L!: A linha de crédito foi um caminho encontrado para o Congresso contribuir com os clubes diante dos efeitos desportivos causados pelo novo coronavírus. Qual tem sido a importância dela?
Cada caso é um caso. O Flamengo, que conseguiu consolidar sua estrutura financeira, utilizou a linha de crédito estritamente para garantir seu fluxo de caixa. Porém, ela é relevante para que clubes garantam seus funcionários empregados, com carteira assinada. Uma coisa também crucial neste momento é que os clubes consigam novo refinanciamento das parcelas no Profut e possam honrar seus compromissos.
NM com Odia

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