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segunda-feira, 4 de julho de 2016

Filme sobre paratletas estreia em AL com relatos de Yohansson Nascimento

Na história: Yohansson Nascimento conquista a sétima medalha em Mundiais (Foto: Daniel Zappe/CPB)Yohansson Nascimento é um dos principais nomes do atletismo paralímpico do Brasil (Foto: Daniel Zappe/CPB)
Na última semana, “Paratodos” teve pré-estreia em algumas salas de cinema pelo Brasil. Dirigido por Marcelo Mesquita, produzido em quatro anos, com passagens por seis países, o longa-metragem acompanhou a preparação de paratletas brasileiros para competirem no Rio 2016. Natação e futebol de cinco (para cegos) estão representados no filme. O atletismo também. E entre três personagens escolhidos, o alagoano Yohansson do Nascimento. 
Além da première, o filme agora está em cartaz durante o fim de semana na capital Maceió. No domingo, apenas à tarde, no Centro Cultural Arte Pajuçara. O velocista foi pego de surpresa ao saber que a produção seria exibida em sua terra natal, mas ficou feliz com a notícia. Morando em São Caetano do Sul, Yohansson disse que vai avisar aos familiares para irem prestigiar. 
- Eu soube só da pré-estreia aí, não sabia que teriam outras sessões, nem nada. Você que está me falando agora. Massa! Vou até falar aos meus pais para eles irem assistir. Fico feliz, são coisas a mais que somam na minha carreira. Toda vez que ganho alguma coisa falo para o mundo que sou alagoano, de Maceió, tenho o maior orgulho. E recebo carinho do pessoal, é bom saber que estou dando orgulho pra eles, compensando um pouco pelas notícias ruins. Fico feliz, de mostrar o filme, essa preparação, o quão bonito é nosso esporte – contou.
Brincando com os trabalhos durante a produção, Yohansson falou que já está virando um pouco ator.
- Mais ou menos isso (risos). Às vezes a gente faz comercial, agora cinema, acaba aprendendo um pouco de tudo.
E a “atuação” parece que agradou. O corredor contou que já foi parado algumas vezes para receber elogios. Ele aproveitou para fazer a propaganda do filme, disse que foge das histórias apenas de superação e vai além, mostrando o lado pessoal dos paratletas. 
- Sei que várias pessoas já viram aqui em São Paulo. Algumas já me abordaram na academia e falaram ''ah você está no filme, ficou bem legal''. O filme não fala sobre o coitadinho do deficiente, que corre e ganha medalha; mostra a pessoa, altos e baixos, dificuldades, vitórias, derrotas, o esporte, política lá dentro também. Não está com cara de documentário, não. Tem muitas cenas engraçadas também. Quando eu assisti pela primeira vez, tive certeza que todos iam gostar.
 "Todos os dias eu acordo e olho as caixinhas de medalha e imagino ganhando no Rio".
Com o filme, as expectativas e o clima olímpico só aumentam para o velocista. Yohansson falou que mal teve descanso neste ano. 
- A preparação está cada vez mais se intensificando. O atleta se prepara ao longo de quatro anos. Desde Londres, todos o trabalhos de 2012, 2013, 2014, 2015 foram para 2016. Treinei pesado desde o Mundial [em outubro de 2015]. Depois tive 10 dias de descanso e voltei, intensificado os treinos, onde pode melhorar, questão de força, velocidade. Lapidando uma pedra bruta - explicou.
São dois ouros, uma prata e um bronze em edições do Parapan, entre provas de 100m e 200m. No mundial, conquistou um tricampeonato seguido; tem três ouros, três pratas e dois bronzes. Nas Paralimpíadas, participou em Pequim e Londres, e soma um ouro, duas pratas e um bronze. É de se esperar o melhor de Yohansson na edição dos Jogos de 2016. Ele não quer chegar com expectativas, mas garante que não falta vontade.
- Já tive a oportunidade de competir no Brasil, no Parapan [em 2017], só que o esporte ainda não tinha essa grandiosidade. Hoje está mais falado. Falo para todos, não prometo medalha no Rio, mas eu quero muito. Todos os dias eu acordo e olho as caixinhas de medalha e me imagino ganhando no Rio, colocando no peito. Estou treinando muito, é muita dedicação, vou dar o meu melhor. 
NM com Estéfane Padilha 

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