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terça-feira, 5 de julho de 2016

Esquema de manipulação de resultados pode ser maior, diz delegada

Delegada Margarete Barreto, titular do Drade-SP, e delegada Kelly de Andrade, da Polícia Civil de São Paulo (Foto: Leonardo Lourenço)Delegada Margarete Barreto, titular do Drade-SP, e delegada Kelly de Andrade, da Polícia Civil de São Paulo (Foto: Leonardo Lourenço)
De acordo com a delegada Kelly de Andrade, da Polícia Civil de São Paulo, as sete prisões realizadas nesta quarta-feira em operação contra uma quadrilha que manipula resultados no futebol fazem parte apenas da primeira fase da investigação, que pode ser maior.
Nesta quarta-feira, policiais paulistas cumpriram sete mandados de prisão temporária em Bauru, Sorocaba, São José do Rio Preto (todas no interior do estado), São Paulo, Maracanaú (CE) e Rio de Janeiro. Outros três acusados, dois no Rio e um no Rio Grande do Norte, não foram encontrados.
Eles integram uma quadrilha que alicia atletas, técnicos e dirigentes para fraudar resultados esportivos em favorecimento a apostadores - a investigação apurou que o dinheiro vem da Ásia, de países como China, Malásia e Indonésia.
Um dos presos é o goleiro Carlos Lins, de 33 anos, que atuou no América de Rio Preto no ano passado. Ele negou as acusações.
– Estamos numa primeira fase, que foi à rua para que pudéssemos deter os indivíduos, ouvi-los e para conseguir mais provas para saber a extensão da atuação da quadrilha – afirma a delegada.
– A investigação continua e nada impede que ela cresça – completou.
O inquérito foi instaurado após pedido do Ministério Público de São Paulo em outubro do ano passado.
Uma das partidas suspeitas é a vitória do Rio Preto sobre o Barueri, por 4 a 0, em fevereiro deste ano (clique aqui e veja o vídeo daquele jogo).
A delegada, entretanto, não informou quantos outros jogos estariam sob o investigação, já que o inquérito ainda está em segredo de Justiça. 
A Federação Paulista de Futebol se manifestou através de nota oficial a respeito da Operação Game Over, deflagrada pela Polícia Civil nesta quarta-feira (6). Veja abaixo:
A Federação Paulista de Futebol vê a Operação Game Over, deflagrada nesta quarta-feira (6), como um importante passo para o combate à prática de manipulação de resultados no futebol.
A FPF informa que todas as denúncias ou suspeitas a que tivemos acesso sempre foram prontamente encaminhadas ao Ministério Público e contribuíram para esta investigação.
Lembramos que a FPF já vem tomando medidas de combate a estes delitos: criou o Comitê de Integridade, que apura suspeitas e atua de forma colaborativa com as autoridades competentes a fim de identificar supostas ilegalidades em partidas.
Além disso, contratamos a empresa suíça SportRadar, especializada em monitorar resultados suspeitos e possíveis manipulações de resultados.
Desta maneira, vamos continuar atuando no combate à manipulação de resultados, modalidade criminosa que acomete o futebol mundial.
NM com Globoesporte.com

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