Image Map

terça-feira, 16 de julho de 2019

CRB confirma contratação do goleiro Fernando Henrique, ex-Ceará

FOTO: AGUANTE COMUNICAÇÃO/CHAPECOENS
O CRB confirmou nesta terça-feira (16) a contratação do goleiro Fernando Henrique, que estava no Ceará. O jogador esteve no banco de reservas na partida entre o Vozão e o Fluminense, pela 10ª rodada da Série A, na noite dessa segunda.
O presidente Marcos Barbosa confirmou que o atleta chega a Maceió na próxima quinta-feira (18), quando realizará exames médicos e assinará contrato definitivo até o fim desta temporada. O mandatário regatiano revelou também que o contrato possui a cláusula de renovação para a próxima temporada, a depender do desempenho do atleta. 
Fernando Henrique, de 35 anos, é natural de Bauru-SP e foi revelado pelo Fluminense, onde ficou por sete temporadas. O goleiro de 1,85m também conta com passagens por América-RN, Inter de Lages-RS, Remo e Vila Nova. Ele também atuou pelas Seleções Brasileiras de base no Sul-Americano Sub-20 em 2001 e 2003, além do Mundial da categoria também em 2003. 
No Vozão, Fernando Henrique esteve presente em seis temporadas, somando 123 jogos. Na últimas passagens, o goleiro não conseguiu desempenhar o mesmo futebol de anos anteriores e, principalmente, do início da carreira com a camisa do Tricolor das Laranjeiras, e perdeu espaço.
NM com Jean Nascimento
Leia Mais ►

Referência no ASA, técnico Vica analisa crise e aponta caminhos para reconstrução do clube

O ASA vive um momento triste de sua história. Não tem mais calendário em 2019. Atravessando uma severa crise financeira, o clube não é, nem de longe, aquela equipe que despontou no cenário nacional entre os anos de 2009 e 2011.

Um dos responsáveis pela ascensão do ASA foi o técnico Vica. Em Arapiraca, ele marcou época, conquistou dois títulos alagoanos e elevou o patamar do clube no Campeonato Brasileiro. Da Série C para a B. O treinador conhece como poucos o Alvinegro.

Vica não quis falar muito sobre o momento, disse que acompanha pouco. De sua passagem, tirou lições e memórias marcantes.

- O primeiro ato positivo daquela época: eu fiquei três anos e meio, quase quatro anos. Eu lembro muito bem daquela época e acho que o ponto principal de tudo foi o entendimento entre comissão técnica e diretoria. A diretoria fazia o planejamento, organizava a parte financeira... Durante o tempo que fiquei aí o ASA nunca atrasou salário, esse era um ponto forte do ASA. Quando você saía para contratar algum jogador, o clube já tinha uma fama de bom pagador. Isso é muito importante e torna fácil de reforçar a equipe - lembrou Vica.
- Existia esse planejamento de quanto poderia gastar. A organização da diretoria era muito grande, o pessoal era muito unido e quem chefiava o departamento de futebol na época era o Zé da Danco. Quando eu cheguei, o presidente era o doutor Celso (Marcos), ainda muito jovem, mas cheio de vontade. Então, tinha uma diretoria bastante atuante e deixava comissão técnica trabalhar porque confiava no nosso trabalho.

Essa organização fora de campo refletiu dentro das quatro linhas. Para ele, o ASA deu um salto antecipado.

- Com o passar do tempo, nós adiantamos em um ano o nosso planejamento. De 2009 para 2010, nós não tínhamos ainda a ideia de subir para a Série B, mas antecipamos um ano. Mesmo assim, com organização, fizemos um bom campeonato e começamos a nos preocupar com a estrutura física, que era o centro de treinamento.Esse terreno foi adquirido, foi feito trabalho de irrigação e acho que falta muito pouco para o ASA ter o seu centro de treinamento, embora pequeno, mas em condições de o clube fazer os seus trabalhos e não precisar ficar saindo para localidades mais distantes como fazíamos na época, quando nós íamos muito para a cidade de Junqueiro.

Vica disse que, com os resultados acontecendo dentro e fora de campo, o modelo de gestão do ASA despertou a atenção dos grandes clubes da capital.
- Eu lembro que na época em que ASA comprou esse terreno para o seu CT, CSA e CRB não tinham seus centros de treinamentos como têm hoje. Então, eu acho que, de um lado positivo, o ASA abriu os olhos de CSA e CRB. A partir dali, eles pensaram assim: "Opa, se a gente não se organizar aqui, o ASA vai passar a gente". Tanto que o ASA estava numa Série B, enquanto CSA e CRB, não. Isso foi um sinal de alerta para os clubes da capital.

Ponto de desequilíbrio

O treinador cita qual foi o ponto de desequilíbrio que fez com que os planos começassem a desandar.

- Infelizmente, o ASA não concluiu o seu CT, teve problemas de troca de diretorias, entrou uma diretoria inexperiente, onde o time não teve sucesso. Acho que ali começou a descampar um pouquinho. Eu sinto muito porque gosto bastante, tenho um carinho especial por esse clube, tenho amizades em Arapiraca. Depois de um tempo, tudo o que tinha de positivo, de repente, mudou e o ASA ficou um clube marcado. Passou a dever para muita gente, coisa que até então não devia.

E isso manchou um pouco aquela história belíssima que a gente construiu aí em Arapiraca.

Apesar da má fase, Vica garante que ainda há como reconstruir o clube. E ele dá dicas para isso.

- Se as pessoas que comandavam o ASA naquela época voltarem a se unir na cidade, os grandes empresários, que são fortes, poderosos, se tiver essa união, aliada à ajuda financeira de patrocínios, o ASA volta. Mas tem que voltar organizado.

- Tem que pegar aonde parou, principalmente do projeto de centro de treinamento, isso tem que ter... E, no segundo passo, a reforma do estádio municipal, acho isso importante essa reforma porque você terá uma casa boa para mandar jogos. Aí é possível dar a volta por cima, sim. Os empresários de Arapiraca entendem e gostam de futebol, gostam do ASA e acho que têm tudo para voltar.

A cidade tem uma união forte para fazer um ASA forte. Acho que esse é o caminho. Sem isso aí, dificilmente, o ASA volta.

Aposta na base

Sem poder de investimento para grandes contratações, o treinador indica como o ASA deve montar o time para a próxima temporada.
- Isso [trabalho de base] é fundamental. Os grandes clubes do futebol brasileiro hoje estão voltando para o trabalho de base. No meu começo no ASA, a diretoria chegou pra mim e disse: "Temos 14 garotos da base e precisamos que você trabalhe esses garotos. Vamos contratar o restante para completar o elenco". Foi aonde que começamos a trabalhar o Júnior Viçosa, o André Nunes, Cal tava começando, Didira tava começando... São apenas alguns nomes. Você trabalhar 14 garotos da base numa equipe profissional disputando campeonato... Esses garotos melhoraram muito e ajudaram o ASA.

Modelo a ser copiado

Vica cita um trabalho que vem dando certo num grande clube do futebol brasileiro, modelo que, segundo ele, serve de modelo.

- Eu visitei a base do Fluminense, lá em Xerém, e é fantástico o trabalho que fazem lá. É dali que estão saindo os jogadores para o profissional do clube. Eles estão buscando a solução na própria base.

Sem clube no momento, o técnico, de 58 anos, conta como tem tocado a carreira.

- Eu tenho um centro esportivo em Araraquara, estou montando uma escolinha de futebol de franquia do Fluminense. Estou pertinho de casa. A Portuguesa foi o último clube que eu trabalhei: faltavam seis jogos e nós fizemos um trabalho para manter a equipe na série aqui do Paulista. Recebi alguns convites aí do Nordeste, não acertei e estou esperando a oportunidade, mas não estou com aquela pressa de voltar a trabalhar.

NM com Denison Roma
Fotos: Ailton Cruz/ Gazeta de Alagoas,  Josiel Martins, 7segundos, Valdeir Gois/Divulgação ASA

Leia Mais ►

Jogador do Fluminense, Robinho acerta saída do CSA e dirigente revela destino: "Vila Nova"

Robinho fez um gol na final do Alagoano — Foto: Ailton Cruz / Gazeta de Alagoas
O atacante Robinho acertou nesta terça a saída do CSA. Emprestado pelo Fluminense, o jogador foi contratado pelo time alagoano no dia 25 de fevereiro, mas não jogou muito em Maceió. Fez 11 partidas e marcou três gols. Um deles na final do Campeonato Alagoano.

Chefe do departamento de futebol do CSA, Raimundo Tavares disse que o atacante está se transferindo para o novo time de Marcelo Cabo.

- Vamos emprestar direto, fazer um aditivo. Ele está indo para o Vila Nova - informou Tavares.

Robinho, de 23 anos, foi contratado pelo Fluminense em 2017, mas não vingou nas Laranjeiras. Este ano, foi emprestado ao CSA e agora deve seguir para o Vila Nova, que disputa a Série B do Brasileiro.

O atacante foi indicado por Cabo e perdeu espaço no CSA com a chegada do técnico Argeu Fucks. Domingo, ele foi relacionado para o jogo contra o Corinthians, mas não atuou. O último jogo de Robinho pelo time alagoano foi em 3 de julho, no amistoso contra o Sport, no Rei Pelé.

Na semana passada, a diretoria azulina também liberou o zagueiro Leandro Souza, emprestado ao Cuiabá, e o atacante Patrick Fabiano.

NM com Globoesporte.com/al
Leia Mais ►