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segunda-feira, 5 de maio de 2014

RAPIDINHAS DO APITO. ESQUECERAM DELES, MAS EU NÃO ESQUEÇO O QUE PROMETO

ESQUECERAM DOS ALUNOS. ISSO PODE ARNALDO?
Que essa escola de arbitragem é a maior piada, todo mundo já sabe. Agora esquecer que sábado passado tinha aula, ai já virou comédia.
Num é que agora até os alunos da ESAAF estão me mandando denúncias pelo e-mail. Como se já não bastasse os árbitros e assistentes atuantes, agora até os alunos, eles mesmo, os árbitros que irão se formar em agosto (de Deus), pois a formatura era em abril e passaram para o mês 8, por causa também da aula de Fisioterapia ter sido inserido no cronograma da escola.
Por falar nisso, Fisioterapia em um curso de arbitragem serve mesmo para que? 
Quem souber me explica ai. Tá?
Voltando a falar do equivoco, a aula da escola estava marcada para sábado(3) na sede da FAF às 8h, segundo o e-mail recebido, com a presença da Professora de Fisioterapia Daniela. Só que deu 9h30 e nada dos diretores chegarem para abrir a sala. No e-mail também o suposto aluno afirma que ligaram para o Vice-Presidente da CEAF-AL e agora tesoureiro da escola, Alton Olimpio,  e o mesmo teria dito que era com o Presidente Hércules Martins, mas o celular do mesmo estava desligado e os alunos ficaram a ver navios, até que perto de 10h da manhã resolveram ir embora.
Até o fechamento desta "notinha" não se soube de nenhum pedido de desculpa formal por parte do Diretor Geral da escola pela ausência. Porque será que abandonaram os alunos?

CADÊ AS SÚMULAS?
Estou impossibilitado caro leitor de cumprir o que prometi. Quem segue a risca e acompanha o nosso blog sabe que estou devendo os números da arbitragem alagoana relacionados ao Campeonato Alagoano da 1ª Divisão de 2014.  
Tudo porque precisamos dos dados das súmulas das partidas que aconteceram no 1º turno e 2º também para fazermos nossas estatísticas, quem apitou e bandeirou mais, quantos cartões amarelos e vermelhos cada árbitro central deu aos atletas... E é na página oficial da FAF (Federação Alagoana de Futebol) que encontramos esses dados e como podem ver na foto acima e acessando este link (CLIQUE AQUI) o meu trabalho não pode ser realizado, pois em várias rodadas e vários jogos as súmulas não estão disponíveis.

Observem, mas não falem nada ao Sr. Estatuto do Torcedor, ele não pode ficar sabendo que as coisas que acontecem no Campeonato Alagoano não estão sendo colocados no site da entidade como ele gosta. Mantenham sigilo total. Tá rapaziada?

Assim que eles regularizarem o site, continuo minha pesquisa e termino à matéria. Combinado?



AGORA ELE PODE IR
clique na imagem para ampliar

Sem ter mais a decisão do alagoano para apitar, o nosso FIFA Francisco Carlos finalmente irá atuar na Libertadores como reserva  na próxima semana na Argentina. Detalhe: Não necessitando ser substituído.
Parabéns Chicão.

TEVE ÁRBITRO ALAGOANO QUE SUBIU NO RANKING

A Comissão de Arbitragem da C.A.CBF divulgou o seu Ranking, e tivemos algumas mudanças significativas, como por exemplo o árbitro CBF1 Charles Hebert Cavalcante Ferreira, que antes ocupava o 31º lugar, agora passou para o 22º. Francisco Carlos do Nascimento, nosso Chicão era o 10º agora é o 9º, até que a Comissão Nacional eleja o décimo FIFA. Na lista também aparece os novos árbitros que conseguiram melhorar sua posição e também os que receberam promoção.
Acompanhem a lista completa da CBF CLICANDO AQUI.

É FANTÁSTICO rs.

Passou ontem no programa da TV Globo, Fantástico, a "rasteira que o AAA(Árbitro Adicional Assistente) de Alagoas, Charles Hebert levou em Salvador pelo Campeonato Brasileiro da Série A na partida entre o Bahia e o Botafogo/RJ. 
Um lance inusitado, um acidente de trabalho.Isso é que eu chamo de participar ativamente do lance. rs.
Pode até ter sido bizarro, mas que foi engraçado, isso foi. rs.

PRIMAVERA PERNAMBUCANA 
O amigo Salmo Valentim aniversariou na semana passada. Que pena que não podíamos esta presente para comemorar com muitos refrigerante esta data tão querida.
Mas como ele estará aqui em Maceió no dia 15 deste mês para o encontro da ANAF poderemos festejar sua primavera mesmo que atrasada.
Parabéns amigo Salmo. 
E como o meu irmão Marçal  disse tudo, mas não pediu, eu peço: 
" A benção, Salmo". rs.

SAUDADE DOS AMIGOS
Luciano Benevides e Elicarlos grande amigos

Rapaz, neste final de semana estava acompanhando o Paysandu que iria jogar no sábado pela série C contra o CRB lá em Coruripe.
E ficar ao lado do Papão significa lembrar da bela viagem que fiz no ano passado a Belém do Pará para acompanhar o Congresso da ANAF. 
Lembrar da terra do tacacá, da maniçoba, da chuva diária às 17h, do B&M(só os fortes sabem) e do mais novo grito de guerra da arbitragem nacional: A...L...I...rs. Não podia esquecer os grandes amigos que lá fiz. 
Um deles até hoje mantemos uma amizade e uma contato quase que diário sobre as coisas relacionadas a arbitragem nacional, alagoana e candanga. 
Meu parceiro Luciano Benevides, Árbitro Assistente CBF de Brasília.
Estamos todos a sua espera e do Eli neste mês na Assembléia da ANAF. 
Não aceitamos desculpas.
Abraço do amigo PL.

"AGT-AL" VOCÊ SABE O QUE ISSO?
E para fechar nossas rapidinhas, informar a todos que gostam de arbitragem que o Notícia na Mira estará cobrindo mais um evento da ANAF este mês de Maio. Mas nem será necessário sair de Alagoas, pois o evento será aqui mesmo em Maceió.
A Assembléia Geral de Trabalhos da nossa querida Associação Nacional dos Árbitros de Futebol será realizada aqui em nossa capital nos dias 16, 17 e 18 deste mês , no Hotel Enseada na Pajuçara.
Estaremos lá com o maior prazer, revendo os amigos, acompanhando e ajudando aos organizadores a realizar mais um grande evento.
Contando os dias.

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terça-feira, 29 de abril de 2014

CURSO DE ARBITRAGEM DE AL CADA DIA SE APERFEIÇOA MAIS

A ESAAF, Escola Alagoana de Árbitros de Futebol, do Presidente, Coordenador Financeiro, Professor de Regras, de Português, de Ética... Hércules Martins , vai de vento em poupa. Apesar dos alunos estarem reclamando que a formatura seria agora em abril e passou para Agosto eles estão muito empolgados, principalmente pela grande quantidade de aulas práticas sobre as regras do jogo onde os alunos estão apurando cada vez mais a essência do futebol.
No final de semana que passou os alunos testaram todo seu conhecimento em um Campeonato Interclasses de uma escola tradicional da capital Maceió em um convênio firmado entre o Coordenador de Educação Física da escola, meu amigo Dr. Talvanes Lins, ex- Presidente do TJD-AL e hoje membro do Pleno do Tribunal e Hércules Martins, Presidente da Comissão de Arbitragem de Alagoas, Diretor Geral da ESAAF, amigos de vários anos.
foto da rede social de um dos alunos do curso, empolgadíssimo o garoto.

Voltando a falar do encerramento do curso, até consegui entender o porque da metodologia elaborada pelo Coordenador Pedagógico, Hércules Martins, em adiantar as regras da 1ª até a de número 11, pular a 12ª e ir até a 17ª, e só agora voltar para a complexa regra 12, que fala das faltas e condutas antidesportivas, esta é a regra principal do árbitro central por isso a  atenção redobrada. De Abril a Agosto os alunos se aprofundarão nesta regra e também nas aulas de Fisioterapia, junto com as 100 horas do estágio.

No final teremos 30 árbitros se formando com a excelência de instrução de um nível FIFA tendo em vista aos diversos cursos em que seu Diretor Geral participou junto a rapaziada da CBF, o famoso FUTURO FIFA III. É a arbitragem alagoana se preparando para o presente e também para o futuro. Parabéns.

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sexta-feira, 6 de setembro de 2013

JÁ NÃO SE FAZEM MAIS PROFESSORES DE ÁRBITROS COMO ANTIGAMENTE

Tenho recebido bastantes e-mails nestes últimos dias falando de algumas coisas que estão acontecendo na arbitragem alagoana. No mês passado recebi vários que reclamavam de uma prova teórica que aprovava os candidatos para a Segunda Divisão Local, sendo que 95% dos membros foram reprovados.  Como é de costume todos anônimos, mas o que mais me surpreendeu desta vez, foi um e-mail supostamente enviado por um grupo de alunos da Escola de Arbitragem de Alagoas, conhecida como ESAAF.
A mensagem assinada por parte dos 34 alunos da escola falava que as Regras do futebol, assunto principal em uma escola de arbitragem, estavam sendo repassada de forma errada por um professor da escola. Não acreditei. Então fui conferir no endereço eletrônico que o e-mail indicava, a página na Rede Social do grupo na internet onde o assunto já estava sendo debatido, confiram:
Por uma questão de ética omitimos o nome do aluno que postou e do professor. Essa discussão refere-se a uma questão que foi passada para os alunos num exercício de Regras dentro da sala de aula da escola.
No e-mail cita que os alunos ainda discutiram com o Professor, que a Regra fala uma coisa, e no exercício está outra. E que o Professor ficou nervoso, e disse que era aquilo e acabou-se. Que tinha entrado em contato com uma Professora da FIFA. E que aquilo tinha escrito num livro chamado Trívia, que pesquisei e descobri que é nada mais nada menos que um Livro de perguntas e respostas sobre as Regras, criado pela FIFA. Aí fui pesquisar o tal Livro no site da CBF, vocês também podem acompanhar CLICANDO AQUI, e vejam o que o Livro diz:

Segundo o e-mail o professor ainda completou dizendo para os alunos que o que valia era a Trívia, e que neste caso fala a mesma língua da Regra, vejam acima. 
Aí perguntei a alguns especialistas que disseram o seguinte: As Regras são feitas pela Board, que é a entidade responsável pela regulamentação do futebol, a Trívia feita pela FIFA que apenas é mais um membro da Board. Então lógico que juridicamente as Regras são o que vale para as decisões dos árbitros, até porque a Trívia podem conter erros das interpretações das Regras. 

Portanto senhores árbitros, sempre sigam as Regras mesmo que a Trívia fale outra coisa. O que não foi o caso. Que mostrou claramente que o Professor ensinou errado. E que fique claro meus leitores, até eu aprendi pesquisando que quando a bola estourar num pênalti antes de entrar no gol, sem tocar em ninguém ou em qualquer coisa, em todas as situações O PENALTI SERÁ REPETIDO. 

Agora eu descobri porque todos os árbitros foram reprovados. Ensinaram errado aos bichinhos. Entendi também porque o trágico número de 95% do quadro ter sido reprovado na Primeira avaliação para Segunda Divisão Local. E vocês fiquem na curiosidade de saber quem é o dito cujo, esse eu vou preservar porque nem eu estou acreditando (RS), vá estudar Professor! Lamentável... Seja mais humilde!

OBS: TODAS FOTOS SÃO AMPLIÁVEIS, BASTA CLICAR NA PRÓPRIA FOTO
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sexta-feira, 17 de maio de 2013

COM EXCLUSIVIDADE SÉRGIO CORRÊA ESCLARECE TUDO SOBRE AS ESCOLAS DE ARBITRAGEM

Um assunto muito importante surgiu esta semana no que diz respeito a arbitragem alagoana. Foram abertas as inscrições para mais uma turma de formação de árbitros aqui em Alagoas e muitas dúvidas e respostas teriam que ser esclarecidas, e nada melhor do que conversar com "o Pai da Matéria", o Diretor Presidente da Escola Nacional de Arbitragem e o também Diretor Administrativo da arbitragem da CBF, Sérgio Corrêa, que como sempre nos atende  com muito respeito e atenção.

Vamos ao bate-papo com um dos homens mais importantes da arbitragem brasileira:


1 – Fale um pouco se sua trajetória até chegar a Diretor-Presidente da Escola Nacional de Arbitragem

R – Resumindo... Lá se vão 32 anos no setor. Passei pelos campos de futebol (638 jogos profissionais), entidade sindical paulista (todos os cargos até ser eleito e reeleito); colaborei na fundação da Anaf (lá fiquei de 1997 a 2003); integrei a comissão estadual de arbitragem e a escola paulista de árbitros (2995 a 2007); até receber convite para ajudar na reestruturação da arbitragem nacional, após o escândalo do apito, em 2005. Quase 8 anos morando no Rio de Janeiro. Participei de várias reuniões com dirigentes da FIFA, em vários países. No último evento, ouvi de uma das maiores autoridades da arbitragem mundial referencias elogiosas ao trabalho desenvolvido pelo setor de arbitragem da CBF e lá estavam pessoas de todos os países da América Latina e dez brasileiros.

2 – Fale do Escândalo do Apito, de 2005 e do resgate da credibilidade da arbitragem nacional?

R - Lamento que árbitros formados numa Escola que teve como diretores grandes personalidades, um deles não foi cuidadoso o suficiente, formando e prosperando e permitindo tais tipos prosperarem no setor. Mas o que parecia importar para ele era a qualidade no campo de jogo e não também e indispensavelmente a de fora, ou seja, a conduta social, ética e moral do árbitro! Além, claro, de criar regras, realizar uma renovação sem qualquer critério e hoje condenar o que vem sendo feito, com projeto estabelecido e cumprido. Talvez o que valia e vale para ele fossem interesses, digamos, mais paternais do que profissionais! Mas vida segue e o relógio não volta!

Quanto ao resgate da credibilidade, claro que ocorreu e tenho orgulho de dizer que – com ajuda de vários colaboramos na regulamentação da arbitragem do meu estado e nacional. Depois de tantos desafios, acredito que esta arbitragem atingiu seu patamar mais elevado. Não é apenas falácia, são números incontestáveis, por intermédio de notas atribuídas aos árbitros, resultado de mais de 1.200 partidas anuais, mudança na forma de encarar, sem falar na questão física e mental que vem sendo copiadas com muita inteligência por alguns gestores. O que é muito bom!

Quando vejo alguns árbitros entrando em campo, a sensação é que o caminho apontado pelo projeto está correto. Como exemplo, dos sete indicados para a próxima Copa do Mundo (Seneme, Vuaden, Heber, Sandro, Emerson, Alessandro e Van Gasse), quatro deles pertencem a este projeto. A escolha não é da CBF, mas dos organizadores dos Melhores! E olha que temos outros que poderiam estar neste processo (Paulo César e Marcelo de Lima, por exemplo). Ai, teríamos nove, ou seja, mais de 50% da nova safra. Outro detalhe, o premio Melhores do Brasil iniciou em 2005 e nos últimos anos, venceram: Leandro Vuaden, Sandro Ricci e Wilton Sampaio.

Voltando um pouco ao tempo, quando integramos a CA, sob a presidência do Dr. Edson Rezende de Oliveira (hoje o corregedor de arbitragem), no ano de 2005, a RENAF contava com apenas 17 árbitros com idade inferior a 30 anos. A pirâmide estava totalmente invertida. Hoje, corrigimos esta distorção absurda e a base tem 146 nesta faixa. Com este cenário, a nova CA pode trabalhar com tranquilidade, mesclando, ou seja, tem reposição. O “Papa Francisco do Apito”, Pereira vai elevar ainda mais a arbitragem brasileira, com simplicidade, trabalho e humildade. Com a baixa faixa etária e tempo disponível vai formar o árbitro moderno no antigo “fogão a lenha”, pois para resgatar os problemas do Escândalo do Apito de 2005, tivemos que usar o forno de “micro-ondas”!

Outro detalhe, a qualidade física dos jogadores é excepcional e os árbitros que antes corriam 4 km, agora são obrigados a correr quase 12 km. A previsão é de se chegar aos 16 km/h.
Se todos os indicados em 2013, hipoteticamente, fossem integrados, veja o salto que isto daria. Hoje, a CA poderá- se desejar – fazer ajustes para a pirâmide não inverter. Existe equilíbrio, pois isto foi projetado para ser assim. Não adianta, os que tiveram suas oportunidades ficarem patrulhando, pois contra fatos não existem argumentos.
Abaixo a média de idade sendo reduzida desde a implantação do projeto PMA – Fase I (2006 – 2009) e PMA – Fase II (2009 – 2013). Agora, a nova CA irá apresentar o Programa de Modernização da Arbitragem – Fase III (2013 – 2017)
Os que pararam na década de 90 nem podem imaginar as exigências modernas. Um dos programas de TV Globo (Bom dia Brasil!) vem apresentando a evolução dos jogadores de futebol, portanto os que assistirem deverão entender um pouco dos motivos que levaram a Fifa e a CBF a tomarem algumas medidas. Não trabalhamos com exceções, mas com as regras gerais.

Este novo padrão físico vem tirando alguns árbitros gabaritados, o que é lamentável, mas ninguém, dentre os que participaram do processo, pode dizer que desconhece o esforço exigido num campo de futebol. A velocidade nos dias atuais é incrível e desumana para apenas um árbitro!

Um fato. Em um dos últimos testes realizados em Zurique, de 52, 49 passaram. Isto significa quase 95% de aprovação entre os árbitros. Isto atende e bem o que o setor físico está cobrando. Os que foram aprovados são os decantados em verso e prosa pelos profundos analistas de arbitragem que, longe do processo e sentados em frente a um computador, reclamam das mudanças. Por outro lado, até entendemos isto, pois quando a esposa muda um móvel de lugar, reclamamos!!!! Ninguém gosta disto, mas o mais difícil é tomar a decisão, é ter a coragem de mudar como tivemos. Como disse acima, tudo isto amparado em fatos e não em achismos.

3 - Legalmente, quem está apto para Formar novos árbitros: CEAF, Sindicatos ou Federações?

R - o grande problema observado são os discursos sem qualquer base ou conhecimento. O texto do art. 55 da lei Zico virou Art. 88 da Lei Pelé. Este texto prevaleceu de 1993 a 2013. São 20 anos e pergunto: quem formou os árbitros neste período? Veja bem, falo de duas gerações de árbitros!

Recentemente o texto foi alterado e agora o Art. é o 62. Quem conhece o novo texto? Em 2006 fizemos um diagnostico e constatamos carências no setor, com falta de instrutores, material didático e técnicas para o setor. A FIFA somente voltou a sua atenção para o setor em 2004, com o projeto Futuro I e II (2005). A partir de 2008, veio o Futuro III e o programa de assistência a arbitragem, o RAP.

De lá para cá indicamos vários instrutores para atualização no exterior. Lá se vão 6 anos! Todos os indicados são referencias, mas nem todas as entidades aproveitam o trabalho deles! Aí entra as questões locais, complexas e de difícil solução. Não existe subordinação, mas cada um resolve a sua maneira.

4 - A ANAF criou uma Escola que tem o nome sugerido por você e logo em seguida você criou uma outra escola. O que essas duas escolas possuem em comum e o que elas possuem de diferente?

R – A ANAF criou esta Escola pela segunda vez. A primeira foi na Administração Marcio Rezende, do qual fui Secretário-Geral. Sabe qual o nome dado a Escola na primeira fez? Respondo: “Cel. Aulio Nazareno”. O Armando Marques também criou a Escola de Arbitragem e o nome também foi este. Quanto tempo durou este projeto? Um ano e alguns cursos esparsos e nunca mais se ouviu falar disto.

Neste ano, oficialmente, por intermédio de Resolução do Presidente José Maria Marin temos a Escola Nacional de Arbitragem – CBF, cujo regimento esta disponível no site da CBF. Como Diretor-Presidente da ENAF, escolhi o Sálvio Fagundes para ser o responsável técnico pela instrução nacional e ele vem desenvolvendo um excelente trabalho.

Aliás, as novas medidas já fazem parte do PMA – Fase III (sumula eletrônica, árbitros adicionais, rádios, escola, quebra do paradigma sobre a arbitragem brasileira, etc)
5 - Quem determina a Carga Horária e as Disciplinas para as Escolas nos Estados é você, a CBF ou fica a critérios da Escola local?

R – Quanto a carga horária, disciplinas, qualquer um pode ir ao site da CBF e lá encontrará tudo o que desejar.

Voltando um pouco no tempo, quando realizamos um diagnóstico em 2006 comprovou-se o óbvio, quase nenhum padrão. Depois de 7 anos, 3 cursos internacionais para instrutores nacionais e 15 escolas de arbitragens oficialmente criadas teremos uma arbitragem melhor.

Posso dizer que a missão esta quase finalizada e muito feliz, pois se tínhamos dois ou três donos das regras na década de 80, hoje temos mais de 3 dezenas a mais de instrutores credenciados, atualizados e com material didático. É ou não uma vitória?

Caro Paulo Lira, tudo é muito simples. Quantas faculdades temos no país?. Quantas são consideradas de excelência e quantas nem tanto? Se pegarmos os 26 estados e o DF poderemos dizer qual o maior ou menor, todavia não poderemos dizer que o maior é o melhor e que no menor é o pior. Cada um tem seu valor, sua forma, suas características e critérios definidos, todavia, o conteúdo programático deve ter um padrão. A formação é a base de tudo. Um engenheiro, um advogado, um médico passam 5 anos estudando num padrão definido, todavia quem será umOscar Ribeiro de Almeida Niemeyer Soares Filho, nem todos! O mais importante é que os prédios não desabem, não se cometa injustiças e prendam inocentes e não morram pessoas por imperícia. Por que com o árbitro seria diferente?

Veja o exemplo do Francisco Carlos, intitulado no sul – sudeste como “alagoano” Um desrespeito total a um ser humano, de origem humilde e que tem virtudes e defeitos. Sabemos o quanto é difícil para aceitarem um nordestino vencendo. O prezado deve se lembrar do martírio pelo qual passaram Sebastião Rufino, Manoel Serapião (um dos maiores conhecedores de regras), Dacildo Mourão, pelo Wilson Mendonca, Sidrack Marinho e outros... Não é fácil!!!

Para que uma região cresça é necessário referência e quando existia tal possibilidade o presidente Ricardo Teixeira não perdia a oportunidade. Para os maldosos: política; para os que acompanham o cotidiano: visão de futuro. As vezes perdemos um pouco na qualidade sim, mas toda equipe tem Pelés, Rivellinos, Zicos, Ronaldos, como tem outros não tão craques, mas deveras importante.

Imagine se os 10 melhores árbitros fossem de dois estados apenas (cinco para cada um) e na competição tivessem 9 equipes disputando o título ou o rebaixamento. Na hora de fazer a designação, o que fazer?

É por isto que neste projeto (primeira mão para o seu blog), a CA esta projetando o PMA – Fase 3 que já começa a ser implementado, com designações de assistentes e adicionais locais. Isto é um processo que vai demorar 4 anos, mais vai acontecer. Temos que confiar nos árbitros para que possamos realmente chegar ao ponto que todos imaginam, mas apenas chutam sugestões sem qualquer embasamento temporal.

Nestes mais de 100 anos, quantos internacionais o nordeste deu para a arbitragem? E o sul-sudeste. Nem alguns antiquados dirigentes sabem quantos? As pessoas não tem nocao de nada! Tem árbitro do sul-sudeste que foi da FIFA e fez uma única partida na Copa Libertadora!

Acredito nele e ele vai vencer o preconceito! Ele vem de origem humilde, tem carências, falhas por todo um sistema falho, mas suas virtudes são maiores! Tem um grande árbitro FIFA que, no seu primeiro ano, queriam arrancar o escudo. Tiveram paciência e hoje ele é um dos melhores do mundo! Tem outro que já vem se destacando e também queriam seu escudo. Sempre foi assim. O problema é que as pessoas esquecem e o tempo apaga o que dizem, mas para este que vos escreve não. Tenho tudo registrado!

6 - Em relação aos Professores/Instrutores das Escolas, existe alguma exigência específica? Tipo: Formação, Atuação/Carreira de Árbitro? Ou não existe nenhuma exigência?

R – Arbitragem é uma atividade totalmente diferente e não seria diferente para os instrutores. É lógico que um ex-árbitro, se possível internacional tivesse pedagogia para dar uma aula, mas isto seria o mundo ideal que não temos ainda. A exigência do terceiro grau para os árbitros foi condenada como a redução da faixa etária, mas hoje, com a tecnologia, muitos dos grandes árbitros e dirigentes de arbitragem do passado não teriam vez, pois é necessário conhecer tais ferramentas. As pessoas não conseguem visualizar a globalização. Não sabem nem o que é uma geração “X” ou “Y”. É duro lidar com quem desconhece parte do processo. Por outro lado, se tivermos pessoas que nunca colocaram um apito na boca, isto não as impede de ensinar ou dirigir. Tudo é uma grande bobagem e temos exemplos que deram certo. Se nome resolvesse, bastava colocar o Rei Pelé de treinador da seleção e seríamos campeões todas as copas. Temos grandes treinadores que foram jogadores medianos!

Um pilar que deve ser considerado, além do técnico e físico é o psicológico. O trabalho desenvolvido pela Dra. Marta Aparecida Magalhaes Sousa merece a citação. Como sou do tempo das cavernas tenho muitas dificuldades para entender este pilar, mas o que tem feito de bem para vários árbitros é algo impressionante.

7 - De alguma forma você influencia ou interfere nas Escolas dos Estados dirigidas seja por Sindicato ou, principalmente, CEAF?

R – De maneira alguma. Eles tem administração e competências próprias. Como disse acima, cada um tem seu valor, sua forma, suas características e critérios próprios. Mas estamos sempre a disposição, a qualquer horário e tempo.

8 - A Federação quanto faz uma resolução assinada pelo seu Presidente nomeando os Diretores/Coordenadores da Escola não está criando um vínculo empregatício com esses nomeados e principalmente com os Futuros Árbitros que serão formados?

R – A legislação é clara a respeito disto. Vai sempre aparecer alguém buscando seus direitos, mas a justiça tem competência para responder e decidir. Estou no futebol há 32 anos. Sei de ex-árbitros que acionaram e obtiveram êxito, como já soube de outros que perderam. Em um determinado estado, muitos árbitros entraram na justiça e o encabeçador do movimento ser o primeiro a desistir e convencer muitos a desistir. Resultado final desfavorável para a grande maioria. Vivemos num país livre, portanto cada um sabe o que lhe é conveniente. É como o direito de imagem. A legislação prevê para jogadores e até hoje e vários processos depois nenhum sucesso.

9 - A EAD hoje é uma realidade e que vem sendo utilizado por grandes instituições (Ex. FVG, MEC, SENAC) para formar novos profissionais. A CBF não deveria seguir esse caminho (a EAD) para formar novos árbitros e principalmente atualizar os que já compõem o quadro Nacional?

R – A Escola Nacional de Arbitragem não é para formar, mas para aprimorar os que pertencem a sua relação. Adianto, todavia, que a ead ou qualquer outra instituição que objetive somar poderia ser muito útil, embora não seja crivel que, hoje, no Brasil, haja instituição capaz de graduar árbitros de futebol, sobretudo sem os instrutores que a CBF formou e aperfeiçoou, sob pena de darmos um passo atrás, ou seja, perdermos a rota da unificação da arbitragem, tudo sem falar, perdao pela franqueza, na absoluta falta de conhecimento das regras e da técnica de arbitragem por quem nao vivenciou a atividade e não procurou aperfeiçoar-se.

10 - Qual é o acompanhamento que você tem das Escolas que existem pelo Brasil? Você tem acesso ao Estatuto dessas Escolas? Relatórios? Regimentos e Regulamentos?

R – Apenas de auxiliar aos que desejarem. Quando assumimos, tínhamos 4 ou 5 escolas e hoje chegamos a 15. A luta é fundar 27 e ajudar no que for possível. Estamos na arbitragem para colaborar e servir a quem solicitar. É mais do que uma parceria, mas uma alegria colaborar.

11 - Sérgio, por que não se respeita o Estatuto do Torcedor: Art. 88- Os árbitros e auxiliares de arbitragem poderão constituir entidades nacionais e estaduais, por modalidade desportiva ou grupo de modalidades, objetivando o recrutamento, a formação e a prestação de serviços às entidades de administração do desporto. Você, pelo que tenho conhecimento, foi Dirigente da ANAF muito Atuante em Defesa da Entidade. Não seria o momento ideal para você fazer valer a Lei e contribuir com a ANAF e os Sindicatos reconhecendo a Lei em prol das associações?

R – Este texto vigorou de 1993 a 2013. Veja a nova redação:: Art. 62.  a participação de árbitros e auxiliares de arbitragem em competições, partidas, provas ou equivalente, de qualquer modalidade desportiva, obedecerá às regras e aos regulamentos da entidade de administração, a qual, no exercício de sua autonomia, fará inclusão ou exclusão de nomes nas relações regionais, nacionais ou internacionais. 

12 - Se em um Estado tivermos duas escolas, uma Administrada pela CEAF e a outra pela Associação e/ou Sindicato. As duas fazem cursos e formam árbitros. Qual das duas vai ser reconhecida por você? Isso pode acontecer?
R – É preciso entender que as entidades de administração são privadas! Em grandes estados existem Federações, Ligas, Sindicatos e Associações de Árbitros (muitas). Cada um forma os seus e disponibiliza para o seu mercado. Existem Sindicatos que firmaram parcerias com as entidades estaduais e convivem muito bem. Tudo é questão da forma de encarar o sistema chamado futebol. A Fifa, a Conmebol e a CBF não formam árbitros, apenas pegam emprestados. Todas elas realizam cursos de aperfeiçoamento para os que compõem seus quadros.

13 - Qual é a ajuda ou apoio que a CBF ou você dá para as Escolas de árbitros nos Estados?

R – De logo, adianto que todo o modelo, envolvendo a estrutura completa, conteúdo programático, carga horaria, método de avaliação, instrutores etc. - está à disposição de todas a entidades que desejarem montar ou aperfeiçoar a Escola de arbitragem ou seus oficiais.

Acima foto de autoria de Claudio Freitas dos Instrutores Mundialistas e ao lado, os Instrutores que participaram de recente treinamento para que eles reproduzam isto nas 27 Federações.

Abaixo, o Salvio falando com os Instrutores.
14 – Fique a vontade...

Caro PL foram muitos anos de dedicação a arbitragem, com muitas conquistas.

Antes de finalizar deixo outro exemplo que repercutiu e ainda irá repercutir... No final de agosto de 1997, em uma AGE do SAFESP sugeri a criação de uma cooperativa de árbitros e isto consta em ata da entidade paulista.. Em 2004, em Fátima, a criação de uma entidade mundial dos árbitros!. Muitos risos, brincadeiras... Uma década depois...

Ajudamos no resgate da história da arbitragem paulista e nacional (livros editados em 2007, 2009 e 2012); Junto com Márcio Rezende, colaboramos no Grupo de Trabalho Especial do Ministério dos Esportes em 2001; fiz gestões junto ao Ministério dos Esportes e a conseguimos uma vaga no Conselho Nacional do Esporte, cujo primeiro conselheiro foi o Márcio Rezende; colaboramos com o Projeto de Lei que trata da regulamentação da atividade (2011), entre outras vitórias importantes.

De 1997 a 2007, nunca um dirigente da Anaf teve a oportunidade de falar com o presidente da CBF....

A partir de 2007, a atual administração da Anaf participou de várias reuniões e conquistaram avanços significativos para a categoria. No último congresso, por exemplo, um Ministro de Estado e o próprio Presidente da CBF participaram da abertura oficial. E pensar que, de 97 a 2003, até para conseguir uma escala completa era missão quase impossível... Sabemos que falta muito, mas se lembrarmos que o idealizador da Copa do Mundo levou 24 anos para que a primeira ocorresse no Uruguai, teríamos mais paciência.

Quanto ao apoio, aproveito para agradecer e registrar que tanto o antigo presidente, Dr. Ricardo Teixeira, como o atual, Dr. José Maria Marin, dirigentes que deixam a CA trabalhar, mas que exigiram e exigem a melhoria da arbitragem nacional. Outro exemplo é o presidente da FPF, Dr. Marco Polo Del Nero igualmente, em seu estado, foi o responsável por mudar a cara da arbitragem e resgatar a credibilidade e qualidade da arbitragem combalida.

Já observamos esta nova mentalidade em alguns estados, mas, ainda, temos muito a percorrer e sabe qual é a porta de entrada: uma boa ...

Os links da Enaf


ESCOLA DE FORMAÇÃO DE ÁRBITROS!!! 

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