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sábado, 30 de abril de 2022

Retrô x Náutico, a 15ª final diferente do Pernambucano. Título inédito ou bi em 2022?



Os dois melhores times da 1ª fase do Campeonato Pernambucano exerceram o mando de campo na semifinal, embora com dificuldade, e avançaram para uma decisão inédita em 108 anos de história. O Náutico eliminou o Santa Cruz nos pênaltis, após um empate em branco, e o Retrô venceu o Salgueiro com um gol de pênalti do meia Renato Henrique, ex-jogador do carcará e atual artilheiro do PE, com 7 gols.

No caso do caçula de Camaragibe, disputando o torneio pela 3ª vez, a classificação já é o seu maior momento. E o título pode ser o primeiro de um clube-empresa no estado. Não seria surpresa. Afinal, a fênix venceu os três grandes na fase classificatória. Diante do timbu, ganhou nos Aflitos. Falando no alvirrubro, a busca é por um bicampeonato após vinte anos. Só que a campanha em 2022 é inferior à de 2021, tanto que o técnico na final será o 3º (!) neste Estadual, após Hélio dos Anjos e Felipe Conceição. Ainda assim, tem qualidade técnica suficiente para almejar a taça, que será disputada durante o BR.

A partir das alterações feitas pela direção da CBF na tabela do Náutico na Série B, as finais locais vão acontecer num intervalo de nove dias. A ida nos Aflitos será em 21 de abril, às 16h30 de uma quinta-feira, feriado de Tiradentes. Já a volta, na Arena Pernambuco, com mando do Retrô, será no dia 30, às 16h40 do sábado. Ambos os jogos com transmissão em tevê aberta para o estado, na Rede Globo, e no pay-per-view para todo o país, no Premiere.

Um novo finalista na história do PE

Partindo da pioneira edição em 1915, esta é a 74ª final na história do Pernambucano, sendo a 15ª composição diferente. A conta sobre o total de finais não bate? Isso ocorre porque outras 34 edições tiveram um campeão direto, através de regulamentos diferentes, com a disputa de turnos. Com a era profissional consolidada no trio de ferro, a partir da década de 1950, ocorreu apenas uma final inédita em cinco décadas, com a presença do Porto em 1998.

Porém, com a implantação do formato com semifinal e final, forçando a necessidade de uma decisão a partir de 2010, já surgiram quatro novas decisões, sendo duas formações com o Salgueiro, uma com o Central e uma com o Retrô, a novidade – veja a cronologia abaixo. Foi diante do Central que o Náutico levou 42 mil pessoas à arena em São Lourenço, recorde que durou quatro anos. Desta vez, como torcida visitante, só em caso de uma generosa carga de ingressos cedida pelo mandante. Em tempo: apesar da diferença nas campanhas, com 7 pontos a mais para o Retrô, vejo o Náutico com mais chances em 180 minutos.

Ordem cronológica das finais do Campeonato Pernambucano (1915-2022)*
1º) Flamengo x Torre (1915; 1 vez)
2º) Sport x Santa Cruz (1916; 24 vezes)
3º) América x Santa Cruz (1921; 2 vezes)
4º) Santa Cruz x Íris (1932; 1 vez)
5º) Santa Cruz x Varzeano (1933; 1 vez)
6º) Náutico x Santa Cruz (1934; 16 vezes)
7º) Santa Cruz x Tramways (1935; 1 vez)
8º) América x Náutico (1944; 2 vezes)
9º) Sport x América (1948; 1 vez)
10º) Náutico x Sport (1951; 19 vezes)
11º) Sport x Porto (1998; 1 vez)
12º) Santa Cruz x Salgueiro (2015; 2 vezes)
13º) Sport x Salgueiro (2017; 1 vez)
14º) Náutico x Central (2018; 1 vez)
15º) Retrô x Náutico x (2022; 1 vez)
* Das 15 finais distintas, 6 já tiveram repeteco, com o Clássico das Multidões liderando com 24.

Nº de finais no Pernambucano de 2010 a 2022 (e o nº de títulos)*
1º) 9 vezes – Sport (4)
2º) 6 vezes – Santa Cruz (5) e Náutico (2)
4º) 3 vezes – Salgueiro (1)
5º) 1 vez – Central (0) e Retrô (0)
* Ao todo foram 26 vagas na final, com 6 clubes diferentes na era do mata-mata.

NM com Cássio Zirpoli

Arte: blog do Cássio Zirpoli



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