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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Dirigentes de ASA e Murici revelam de que forma devem aplicar premiação


Superando a expectativa de boa parte da torcida, ASA e Murici protagonizaram feitos na Copa do Brasil e são os únicos representantes de Alagoas ainda vivos na competição. As duas equipes do interior conseguiram derrotar times de renome e, com isso, ganharam, além de projeção nacional, premiações que - definitivamente - chegam em boa hora. Com a classificação à terceira fase, ambas embolsaram mais de R$ 1 milhão cada.
E para saber em que os clubes pretendem investir o montante, ouvivimos os dirigentes das equipes alvinegra e alviverde. À reportagem, o presidente do Fantasma, Nelson Filho, disse que o dinheiro será usado, principalmente, na quitação das dívidas do clube. 
Presidente Nelson Filho (ao centro) falou sobre o bom momento do ASA na competição
FOTO: WILLIAM ROCHA / ASCOM ASA
A Gigante ainda vive uma crise financeira. No início deste mês, um grupo de 19 atletas, inclusive, chegou a cobrar do clube uma solução para passivo trabalhista que se arrasta desde a disputa da Série C do ano passado. 
"A intenção principal é quitar os débitos que temos, seja com o pessoal que trabalha no dia a dia do clube, seja com os acordos judiciais que estão sendo feitos. Este dinheiro será um desafogo para as finanças do clube. Agora, vamos trabalhar para manter esta equipe para o restante do Campeonato Alagoano e também para a disputa da Série C", disse.
Na Copa do Brasil, o ASA passou pela equipe da Ferroviária-SP com um empate em 1x1 fora de casa, enquanto que, na noite da última quinta-feira (23), derrotou o tradicional Coritiba, em pleno Couto Pereira, pelo placar de 2 a 0.
E Nelson Filho afirmou não estar surpreso com a classificação da equipe para a terceira fase. "Não foi uma surpresa. Sabemos que o Coritiba está em outro patamar, mas tínhamos convicção da competência do time e de toda a comissão técnica. Estávamos confiantes", ressaltou.
Geraldão, presidente do Murici
FOTO: LININHO NOVAIS/DIVULGAÇÃO
O outro time alagoano que também está fazendo bonito é o Murici. A equipe comandada pelo experiente Roberval Davino derrotou, na primeira fase, o Juventude, por 3 a 1. Já na última quarta-feira, jogando novamente em Murici, bateu outra força do futebol brasileiro, o América-MG, nos pênaltis. 
Porém, apesar de surpreender nacionalmente, o time alviverde vem deixando a desejar no Estadual - é o último colocado do grupo A sem ter conseguido vencer uma partida sequer até aqui. Apesar disso, o presidente do Murici, Geraldo Amorim, o Geraldão, mantém-se otimista. "Infelizmente, isso não se explica, mas acreditamos na reviravolta da nossa equipe no Estadual. Com esta classificação, o time terá um novo ânimo. Vamos superar esta fase", afirmou.
Já com relação aos valores recebidos, Geraldão disse que o dinheiro também será usado na Série D - o Murici vai novamente disputar a competição porque, conforme o regulamento, os times classificados com base na campanha no Estadual vão jogar o Brasileiro também este ano. "Este dinheiro será de grande valia. Vai ajudar a direção a para pagar os salários dos jogadores até na Série D. Além disso, também já vamos pensar em contratações para o Brasileiro".
América-MG na bronca
Premiação à parte, o eliminado América-MG também roubou a atenção em Murici, mesmo após o tropeço dentro de campo. É que técnico e direção do Coelho fizeram várias críticas ao estado do gramado no José Gomes da Costa. Ao Globo Esporte, o dirigente Anderson Racillan chegou a comparar o campo a um pasto. 

"É a mesma coisa de você fazer um campo em um pasto plano. Com todo respeito à cidade, mas, infelizmente, é isso aí. É uma vergonha! Murici merecia um campo de melhor qualidade. Hoje, é inadmissível um gramado desses no futebol brasileiro. Nós vamos fazer um ofício de protesto à CBF porque o campo aqui não tem condições. Fomos prejudicados", afirmou.
À Rádio Itatiaia, o técnico Enderson Moreira disse ter ficado envergonhado em levar a equipe para jogar "em um gramado deste tipo". "A gente lamenta muito. Estamos saindo da competição sem tomar um gol sequer. A CBF tem condutas que não entendemos. Tínhamos o objetivo de passar de fase, mas este campo não tem condição nenhuma de trabalho. Jogamos nossa vida em cima disso. Senti-me muito constrangido em trazer uma equipe profissional para este campo. O América investe muito, tentando se segurar de todas as formas num futebol brasileiro desigual, mas não há como atuar, durante 90 minutos, num gramado em que não há jogo", disse.
Sobre as críticas, o dirigente do Murici disse que tudo não passa de "choro de perdedor". "Várias equipes profissionais já jogaram aqui em Murici e os únicos que reclamaram foram eles", afirmou.

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