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terça-feira, 25 de outubro de 2011

TEM O QUE COMEMORAR?

41 anos de muita história. Assim o estádio Rei Pelé comemora no dia de hoje mais um ano de vida. Mais será realmente que o "Trapichão" tem mesmo o que festejar?
O que prometeram a ele, não cumpriram. Ou esqueceram que teríamos um hotel, lojas e etc... Uma verdadeira arena.
E para terminar nem deixaram aptos alguns dos maiores problemas do estádio, como: O museu que esta lá só de enfeite, um hall da fama que deveria ser uma super atração turística, banheiros, infiltrações em todos os lugares, e se chover, meu Deus nos ajude, pois os vestiários ficam inundados.
Será que tem alguma coisa para se comemorar? Sempre tem, não é?
Basta lembrar os grandes jogos, os grandes clássicos, os grandes jogadores que ali desfilaram todo o seu talento, sem contar a história de como foi construído. Realmente temos que ser otimistas e acreditar que a maior praça de esportes do Estado de Alagoas, que um dia já foi o mais moderno do Brasil, volte aos seus dias de glória.
Neste dia 25 de outubro de 2011, só podemos desejar.
Um feliz Aniversário "Majestoso".

A HISTÓRIA CONTADA POR  LAUTINEY PERDIGÃO

Proposta do projeto

Veja como Alagoas perdeu um ministério de Estado e ganhou um estádio. Entre essas e outras, confira a história do Trapichão.
A história do principal estádio alagoano, o Rei Pelé, é contada por um dos maiores estudiosos esportivos do país, o historiador Lautiney perdigão. O leitor vai conhecer um pouco das curiosidades e particularidades do majestoso Trapichão.

O presidente da época da inauguração (década de 1970), marechal Arthur da Costa e Silva queria oferecer um ministério para Alagoas. Ele pediu ao senador Teotônio Vilela (pai do atual governador) para que convidasse o governador major Luiz Cavalcante para uma reunião no Rio de Janeiro para definir um ministério para Alagoas.

                                 Dr. Ib Gatto Falcão um dos idealizadores do estádio alagoano


Viajaram o governador Luiz Cavalcante e o doutor Ib Gatto Falcão, que era secretário de governo. Hospedados num hotel no Rio marcaram uma reunião com o senador Teotônio Vilela em outro ponto da cidade.

Só que antes da reunião marcada apareceu no hotel o engenheiro paulista, João Kair, que tinha um projeto de construção para um estádio que havia sido solicitado pelo Corinthians de São Paulo, mas que tinha achado caro e desistiu da construção. Então, sabendo que o governador de Alagoas se encontrava no Rio, o engenheiro foi ao hotel para oferecer o projeto ao governador alagoano.

Após uma demorada conversa sobre a aceitação do projeto e, devido ao prolongamento da conversa, eles se esqueceram da hora marcada da reunião com o senador Teotônio Vilela, que dizem que até ficou chateado. Mas, o secretário Ib Gatto ressaltou que “Alagoas perdeu um ministério, mas ganhou um estádio”.

Primeiros recursos

Alagoas precisava de 900 mil cruzeiros para início da construção do estádio. Primeiro, o governador Luiz Cavalcante teve que criar uma comissão presidida pelo cel. Nilo Floriano Peixoto, que era presidente do CSA e comandante da Polícia Militar de Alagoas. A ele se juntaram o jornalista e historiador Lautiney Perdigão, José Sebastião Bastos – o Bastinho, Abelardo Marinho (in memorian) e o Alcides Nascimento (in memorian), que ficaram responsáveis pela procura de um local apropriado para o estádio, que tivesse saídas suficientes para o público. Lautiney lembra que saíam de carro (rural) e até de avião teco-teco. Só depois de muita procura terminaram encontrando esse local ideal, com saídas para a praia, centro, Bebedouro e interior do Estado.

O local escolhido no Trapiche da Barra era uma vacaria de propriedade do senhor Morais, que num primeiro momento não quis vendê-la. Foi preciso um processo de desapropriação ocorrido no início de 1968.

Os festivais

A fórmula de captação dos recursos se deu com a participação direta do povo, com a realização de bingos e festivais para os quais eram vendidas cartelas com direito a prêmios para os ganhadores. Lautiney Perdigão conta que eram sorteados no local da construção, que teve uma grande área entre os coqueirais, preparada para receber o público. “Muitos caminhões, jipes, rurais, fuscas e até casas foram sorteados nesses festivais”, conta o historiador.

A Fundação Alagoana de Promoções Esportivas (Fape) realizou 36 festivais com o público prestigiando de maneira extraordinária, contando com a presença de pessoas dos mais distantes rincões de Alagoas, inclusive de outros estados da região.

O projeto
O projeto do Estádio Rei Pelé foi concebido pelo engenheiro paulista João Kair, que faleceu logo depois do início da construção. Seu filho, Marcos Kair foi o engenheiro que acompanhou a obra. Entretanto, foi uma equipe técnica, totalmente alagoana, que construiu o Trapichão. Dirigida pelo engenheiro Vinicius Maia Nobre, os engenheiros Marcelo Barros (eletricista), Márcio Calado (sanitarista) e mais os engenheiros civis Nayron Barbosa, Marcos Mesquita, Roberto de Paiva Torres e Marcos Cotrim, que formaram uma equipe que comandou milhares de anônimos operários. A parte administrativa da obra foi comandada por Carlos Barbosa.

Tudo supervisionado pelo superintendente da Fundação Alagoana de Promoções Esportivas (Fape), Napoleão Barbosa. A equipe se destacou não apenas pela capacidade, mas pelo entusiasmo como que se dedicou durante toda a construção no estádio.

Pedra fundamental

Em 15 de janeiro de 1968 foi concreta a primeira sapata. Era o início da fase efetiva de construção de um gigante feito em dois anos, que consumiu 250 mil sacos de cimento.

Uma obra irreversível entregue no dia 25 de outubro de 1970, com apoio dos governadores major Luiz Cavalcante (1961 a 1966) e Lamenha Filho (1966 a 1971).

O nome Estádio Rei Pelé

Segundo Lautiney Perdigão existe uma história que ele define como a mais correta. Ele conta que em julho de 1970, quando o Brasil ganhou o tricampeonato mundial de futebol, teve uma grande festa na Praça dos Martírios, em frente ao Palácio do Governo, e jornalistas que trabalhavam com o governador Lamenha Filho, disseram que ele ficou muito entusiasmado com as comemorações e a conquista.

Já que Pelé foi o grande nome da Copa e era sua última participação na seleção brasileira, então o governador retirou o seu nome que seria dado ao estádio e colocou o nome de Rei Pelé. Inclusive, como conta Lautiney, todos os ingressos que já estavam confeccionados com o nome Estádio Governador Lamenha Filho foram cancelados. “Mas consegui guardar um deles”, disse.

2 comentários:

  1. Anônimo25/10/11

    Fala potência! Parabéns pela matéria. Mas você devia ter colocado a foto do Rei Pelé - "Trapichão". Essa foto é do Estádio Rei Pelé?
    Ah! O Haroldo Miranda é avô da minha esposa.
    Ass. Flávio Feijó

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  2. Paulo Lira25/10/11

    Amigo Flávio feijó
    obrigado pela participação.
    Esta foto seria a do Trapichão caso o projeto da reforma fosse respeitado. ficaria lindo não é?
    A sua esposa é neta do Haroldo Miranda? Que legal !

    Abraço do PL.

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