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quinta-feira, 10 de agosto de 2023

STJD: Investigação de nova fase da Penalidade Máxima do Ministério Público de Goiás pune nove jogadores



Em julgamento de mais de sete horas de duração nesta quarta-feira por manipulação no futebol, a 2ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva decidiu pela punição de Alef Manga, emprestado pelo Coritiba ao Pafos, do Chipre. Ele pegou gancho de 360 dias e multa de R$ 30 mil.

Condenado por unanimidade, Manga prestou depoimento e confessou participação, prometendo devolução de dinheiro ao MP de Goiás. Bom ressaltar que até o momento, apesar do pedido da CBF, a Fifa não deu efeito para a internacionalização da pena em caso algum.

Ele era um dos 12 que foi a julgamento ao longo do dia. Desses, nove foram punidos. Os três absolvidos são Jesus Trindade, Sidcley e Pedrinho. Thonny Anderson foi punido com multa de R$ 40 mil, mas sem levar gancho de suspensão do futebol.

Para todas as decisões da primeira instância, cabe recurso no Pleno do STJD.

Antes suspensos preventivamente por 30 dias, os jogadores são alvos da investigação de nova fase da Penalidade Máxima do Ministério Público de Goiás e se tornaram réus na Justiça de Goiânia.

Confira todas as decisões:

Punidos:

Nino Paraíba - punido 480 dias e multa de R$ 40 mil

Igor Cariús - 540 dias e multa de R$ 50 mil

Bryan Garcia - 360 dias e multa de R$ 30 mil

Diego Porfírio - 360 dias e total em multa de R$ 70

Alef Manga - 360 dias e multa R$ 30 mil

Vitor Mendes - 430 dias e multa de R$ 40 mil

Sávio - 360 dias e multa de R$ 30 mil

Dadá Belmonte - 720 dias e R$ 70 mil

Thonny Anderson - sem gancho, mas multa de R$ 40 mil

Absolvidos:

Jesus Trindade - absolvido

Sidclei - absolvido

Pedrinho - absolvido

NM com Raphael Zarko

Foto: Rafael Bandeira

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sábado, 18 de fevereiro de 2023

CSA denuncia injúria racial em jogo com o Fortaleza, nessa sexta (17)



O CSA emitiu uma nota de repúdio à prática de injúria racial que aconteceu no jogo contra o Fortaleza, nessa sexta-feira (17), segundo o clube, praticada por torcedores do time cearense.

De acordo com o clube azulino, dois atletas, no caso, os zagueiros Thales e Douglas, foram as vítimas da injúria racial. Ainda conforme o Azulão, o clube deu apoio aos dois jogadores e os acompanhou até a delegacia para a realização do Boletim de Ocorrência (BO), logo após o fim do jogo. O confronto foi válido pela 4ª rodada da Copa do Nordeste, disputado no Estádio Presidente Vargas.

Os jogadores disseram que, no intervalo da partida, um grupo de torcedores tricolor gritou que ambos tinham o "cabelo de piaçava". Na súmula do jogo, o árbitro José Woshington da Silva-PE, relatou que o policiamento que estava no estádio foi informado do ocorrido. Informações dão conta também que a polícia vai abrir uma investigação para tentar identificar os supostos agressores.

Veja a nota do clube azulino:

"O Centro Sportivo Alagoano repudia com veemência qualquer tipo de discriminação. Na noite desta sexta-feira (17), dois atletas do CSA, os zagueiros Thales e Douglas, foram vítimas de injúria racial, durante a partida contra o Fortaleza, pela 4ª rodada da Copa do Nordeste. O clube acompanhou os jogadores até a delegacia para a realização do Boletim de Ocorrência, logo após o fim do jogo. O ato, inclusive, será inserido na súmula da partida. Reforçamos o nosso total apoio aos dois atletas que, hoje, foram vítimas deste crime de racismo. A luta é nossa e estaremos sempre no combate!", diz o CSA, na nota.

NM com Fernanda Medeiros

Foto: Ascom Fortaleza / Mateus Lotif 

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terça-feira, 27 de setembro de 2022

CRB será julgado nesta quarta e pode perder pontos por cânticos discriminatórios contra árbitra



A manhã desta quarta-feira está sendo aguardada com muita expectativa pelo torcedor regatiano. Denunciado por cânticos discriminatórios contra a árbitra Edina Alves, no jogo diante do Criciúma, o clube pode perder até três pontos no julgamento que será realizado pelo STJD.

O processo contra o CRB é o 11º na lista de pautas da Terceira Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva. A sessão começa às 10h, na sede do STJD, no Rio de Janeiro.

A denúncia contra o CRB foi formulada com base no artigo 243-G, do Código Brasileiro de Justiça Desportiva.

Além das ofensas contra a árbitra, a súmula da partida apresenta ainda relatos de objetos arremessados contra os jogadores do Criciúma. Por conta disso, o CRB foi denunciado com base no artigo 213, inciso III, por não prevenir e reprimir o lançamento dos objetos.

Advogado do CRB, Osvaldo Sestário conversou com o ge e mostrou confiança na aplicação de uma pena mais leve.

"Acreditamos que não deve ocorrer a perda de pontos. Agora, a gente não deve fugir da aplicação do pagamento de multa."

- A denúncia seria natural que ia ser ofertada porque a árbitra relatou na súmula. Porém, a gente está com a nossa linha de defesa montada no sentido de que o clube não pactua com essas práticas discriminatórias, tendo, inclusive, funcionárias no seu quadro de colaboradores - argumentou Sestário.

NM com GE

Foto: GE


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sexta-feira, 19 de novembro de 2021

STJD retira punição e devolve 3 pontos do Brusque após ato racista



Às vésperas do Dia da Consciência Negra, no próximo sábado (20/11), o Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva retirou a pena de perda de pontos do Brusque por ato racista praticado pelo conselheiro Júlio Antônio Petermann contra o meia Celsinho, do Londrina, em uma partida da Série B. O clube catarinense havia sido punido em setembro com perda de três pontos, mais R$ 60 mil de multa, por injúria racial praticada pelo conselheiro.

Observatório da Discriminação Racial no Futebol, organização que monitora casos de racismo e ações afirmativas no futebol brasileiro. O jogador precisou ouvir várias vezes no julgamento a expressão racista praticada pelo conselheiro do Brusque. Ele também revelou os problemas pessoais que enfrentou após o episódio.

“(A ofensa) partiu de um presidente do conselho de um clube que deveria dar um exemplo. Isso é inadmissível. Ninguém me procurou depois para saber como eu estava, o que tinha acontecido ou um mínimo pedido de desculpas. E soltaram uma nota como se eu quisesse procurar essa situação. Um dos meus filhos já me perguntou se deveria evitar deixar o cabelo como o meu para não acontecer algo assim com ele. Foi um dano profissional e peso grande para mim”, lamenta.

O Brusque vive situação delicada na Série B. A equipe está em 15º, agora com 44 pontos, três a mais que o próprio Londrina, primeiro da zona do rebaixamento. O time catarinense recebe o Operário, pela 37ª rodada da Série B, nesta sexta-feira, às 19h. Além de advogados do Londrina e do Brusque, estavam presentes no julgamento representantes das federações Catarinense, Paranaense e Baiana, além do Vitória e da Ponte Preta, times que lutam contra a queda para a Série C, assim como o clube denunciado.

O advogado do Brusque no caso, Osvaldo Sestário, tentou relativizar o episódio de injúria racial e pediu para que a proximidade do Dia da Consciência Negra, no próximo sábado, não afetasse o julgamento.

“A decisão não pode ser pautada pela primeira nota oficial do Brusque (após a denúncia do caso) nem por estar nas vésperas do Dia da Consciência Negra. Cachopa (expressão usada pelo conselheiro) eu não sabia o que era, nem o atleta disse que sabia. Cachopa de abelha pode ser uma ofensa, mas um jogador branco que tem um cabelo… vamos citar o David Luiz, ele pode ser chamado assim. Seria uma injúria racial? Atletas do Brusque têm cabelo similar ao do Celsinho”.

O advogado do meia Celsinho e do Londrina, Eduardo Vargas, rebateu os argumentos da defesa e contextualizou o racismo estrutural na sociedade brasileira. “Esse comentário do advogado do Brusque de que ele não é racista, mas tem até um amigo neguinho… Até quando aceitaremos isso? O advogado (branco) disse que sabe o que o Celsinho está sentindo. Sabe?”, questionou.

O Brusque foi enquadrado no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) por “praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito”. O texto diz que “caso a infração prevista neste artigo seja praticada simultaneamente por considerável número de pessoas vinculadas a uma mesma entidade de prática desportiva, esta também será punida com a perda do número de pontos atribuídos a uma vitória no regulamento da competição, independentemente do resultado da partida, prova ou equivalente”.

Lembre o caso

No final do primeiro tempo do jogo entre Brusque e Londrina pela Série B, no dia 26 de agosto, o meia Celsinho, da equipe paranaense, disse ao quarto árbitro ter sido alvo de falas racistas de uma pessoa do staff quadricolor em um dos camarotes do Estádio Augusto Bauer.

“Por volta dos 45 minutos do 1º tempo, o atleta do Londrina, sr. Celso Luis Honorato Junior, informou ao quarto árbitro que foi ofendido com as seguintes palavras: “vai cortar esse cabelo seu cachopa de abelha”, por um homem na arquibancada, que foi identificado pelo coordenador da CBF, sr. Ricardo Luiz, como Julio Antônio Petermann, staff da equipe do Brusque”, diz a súmula do árbitro sergipano Fábio Augusto Santos Sá Júnior.

Após a denúncia, o Brusque publicou uma nota no dia seguinte se eximindo de culpa no caso e acusando Celsinho de “oportunismo”. “O atleta, por sua vez, é conhecido por se envolver neste tipo de episódio. Esta é pelo menos a 3ª vez, somente este ano, que alega ter sido alvo de racismo, caracterizando verdadeira “perseguição” ao mesmo. Importante esclarecer que, ao árbitro, o atleta não relatou ter sido chamado de “macaco”, mas sim que teriam dito “vai cortar esse cabelo de cachopa de abelha”, o que constou da súmula e revela a total contradição nos seus relatos”, diz um trecho.

Em resposta ao Brusque, o Londrina divulgou um vídeo nas redes sociais em que é possível ouvir um grito de “macaco”. A mensagem do clube catarinense teve grande repercussão negativa, e a diretoria emitiu uma nova nota, dessa vez, pedindo desculpas pelo “posicionamento equivocado”. Na sequência, também anunciou o afastamento por tempo indeterminado do conselheiro responsável pela ofensa racista e a instalação de câmeras para captar o áudio das arquibancadas.

Não foi a primeira vez

Além desse episódio, Celsinho foi vítima de xingamento racista em dois outros casos em 2021. Em julho, em uma partida contra o Goiás, um narrador e um comentarista de rádio usaram termos como “cabelo pesado”, “bandeira de feijão” e “um negócio imundo” para comentar o cabelo do meia. Os dois pediram desculpas nas redes sociais. Já na partida contra o Remo, em julho, outro narrador se referiu ao cabelo de Celsinho como “meio ninho de cupim”.

Em entrevista à reportagem, em setembro, Celsinho disse que a situação não vai mudar se não houver luta. “Representatividade para mim é atitude, vai além do gesto. De nada adianta vestir camisa ou abrir faixa se não houver posicionamento. Tem de agir na causa, punir, porque isso é crime. Tem de fazer cumprir a lei Temos de saber os nossos direitos e eles precisam ser respeitados”.

NM com Metrópoles

Foto: Reprodução

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sábado, 6 de novembro de 2021

STJD marca julgamento do zagueiro Caetano, do CRB, pela expulsão contra o Botafogo



O zagueiro Caetano entrou na pauta da 3ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e será julgado na próxima quarta-feira pela expulsão contra o Botafogo, em partida da 29ª rodada do Brasileiro.

Caetano recebeu cartão vermelho direto aos 32 minutos do primeiro, por uma falta dura em Rafael Navarro. Ele foi incurso no artigo 254 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que prevê pena de um a seis jogos de suspensão.

PROCESSO Nº 1041/2021 – Jogo: Botafogo (RJ) x CRB (AL) - Categoria profissional, realizado em 08 de outubro de 2021 – Campeonato Brasileiro - Série B – Denunciados: João Victor Andrade Caetano ( ATLETA ), Crb-AL, incurso no Art. artigo 254, §1°, II. do CBJD . – AUDITOR RELATOR DR(A). ALEXANDRE BECK.

Na súmula, o árbitro Antônio Dib Moraes de Souza, do Piaui, relatou que mostrou o cartão vermelho para o zagueiro por atingir o adversário com um chute no rosto na disputa de bola, fazendo uso de força excessiva.

Neste domingo, Caetano vai atuar contra a Ponte Preta no fechamento da 34ª rodada. O detalhe é que no mesmo dia do julgamento do zagueiro, a equipe regatiana recebe o Londrina, no Rei Pelé.

O que diz o artigo:

Art. 254. Praticar jogada violenta:

PENA: suspensão de uma a seis partidas, provas ou equivalentes.

§ 1º Constituem exemplos da infração prevista neste artigo, sem prejuízo de outros: (AC).

I - Qualquer ação cujo emprego da força seja incompatível com o padrão razoavelmente esperado para a respectiva modalidade; (AC).

II - A atuação temerária ou imprudente na disputa da jogada, ainda que sem a intenção de causar dano ao adversário. (AC).

NM com GE

 Foto: André Durão

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terça-feira, 17 de novembro de 2020

STJD absolve Carol Solberg por 'Fora, Bolsonaro' em entrevista



Rio - Nesta segunda-feira o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) do vôlei realizou julgamento virtual e absolveu a atleta Carol Solberg na 2ª e última instância, por ter gritado "Fora, Bolsonaro" durante entrevista ao vivo na primeira etapa do Circuito Brasileiro de vôlei de praia. A votação foi bem dividida, mas por 5 votos contra 4, o Pleno decidiu reverter a decisão tomada em 13 de outubro, quando a 1ª Comissão Disciplinar do STJD converteu multa em advertência à atleta.

Os auditores Raquel Lima, Gilmar Teixeira, Julia Costa, Tamoio Marcondes e Milton Jordão votaram pela absolvição da jogadora. Já o presidente Alexandre Monguilhott, bem como Eduardo Mello (vice), Vantuil Gonçalves e Celio Salim Thomaz queriam a manutenção da decisão em primeira instância.
Carol Solberg havia sido advertida em primeira instância com base no artigo 191, que faz alusão ao cumprimento do regulamento da competição: "deixar de cumprir, ou dificultar o cumprimento de regulamento, geral ou especial, de competição". O regulamento diz: "o jogador se compromete a não divulgar através dos meios de comunicação sua opinião pessoal ou informação que reflita críticas ou que possa direta ou indiretamente prejudicar ou denegrir a imagem da CBV e outros patrocinadores e parceiros da competição".
No primeiro julgamento, o discurso da defesa de Carol foi direcionado, principalmente, ao direito constitucional da "liberdade de expressão o que não surtiu efeito. Foi então que na figura dos advogados Felipe Santa Cruz, atual presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), e Leonardo Andreotti, ex-presidente do próprio STJD do Vôlei, mudaram o discurso e optaram por uma defesa estritamente técnica, voltada ao fato da atleta ter ou não descumprido o regulamento da competição, conseguindo assim, a absolvição.
"A discussão é se a norma regulamentar veda efetivamente a manifestação perpetrada pela atleta. Correta ou não o comportamento, conveniente ou não a conduta perpetrada pela atleta. Se há a intenção de vedar a manifestação, fica evidente que esse papel legislativo, esse papel regulamentar cabe evidentemente à entidade que detém a autonomia em termos de auto regulação, que é a entidade nacional de administração do desporto, que é neste caso a CBV, e jamais ao tribunal, que evidentemente deve aplicar a regra sem emitir juízo de valor a cerca de uma interpretação "elastecida" de uma forma que naturalmente se mostra permissiva na medida em que não há uma vedação para a conduta perpetrada pela atleta", argumentou o advogado Leonardo Andreotti.
Este foi o mesmo pensamento da maioria dos auditores que optaram pela absolvição da atleta. Para eles, a manifestação política de Carol não afeta diretamente a imagem da CBV com os parceiros e patrocinadores. No entanto, o Pleno do STJD não está de acordo com manifestações políticas em eventos e ambientes esportivos e indicou uma necessidade de mudança no regulamento para que as interpretações acerca do que é ou não permitido aos atletas em situações como essa sejam esclarecidas e diminuídas.
NM com o Dia.ig
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quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

Após um ano na geladeira, Chicão retorna à arbitragem e fala em recomeço

Nesta terça-feira (29), o CSA enfrentou o Jaciobá pelo Campeonato Alagoano e venceu por 3x2. No entanto, o maior sentimento de vitória estava presente no árbitro Francisco Carlos do Nascimento, o Chicão, que voltou a ser escalado para uma partida oficial após mais de um ano de inatividade. 
"Hoje [ontem] foi um recomeço, o meu primeiro contato com o futebol profissional desde o fim de 2018. Ano passado eu não participei do Campeonato Alagoano, fiquei de fora, e já estou voltando nesta temporada na segunda rodada. O desejo é voltar a ser árbitro principal, mas vai depender da Comissão e dos critérios dela", relatou Chicão, com exclusividade à Gazetaweb, ao término da partida no Estádio Rei Pelé.
O período de geladeira ocorreu após Francisco Carlos ter sido acusado de participar de esquema de manipulação de resultados no Campeonato Paraibano. O árbitro alagoano e dirigentes dos principais clubes do futebol da Paraíba foram investigados pela Polícia Civil e o Ministério Público na chamada Operação Cartola.

Acusado por participar de esquema de manipulação de resultados na Paraíba, Chicão foi julgado e absolvido pelo STJD 
FOTO: WELLINGTON CAMPOS























Na última semana, o árbitro alagoano protocolou junto à CBF uma liminar na justiça que obrigava a Federação Alagoana de Futebol (FAF) a incluir seu nome no quadro e sorteios da arbitragem para as partidas do Estadual. A entidade e a Comissão de Arbitragem acataram a decisão. 
Gazetaweb acompanhou os passos e observou o comportamento de Francisco Carlos do Nascimento à beira do gramado do Estádio Rei Pelé. Na função de 4ª árbitro, Chicão se mostrou tranquilo e atendeu às expectativas, controlando os ânimos do banco de reservas de CSA e Jaciobá no frenético jogo com cinco gols e o último acontecendo aos 47' do 2º tempo. 
"Fico feliz por este retorno. A maioria das pessoas do estado sabe do meu caráter e da minha personalidade. Foi provado no STJD que não tive nenhum envolvimento com aquela situação [esquema na Paraíba]. Fui o único absolvido por unanimidade das acusações. Agora é bola para frente. Serve de lição para mim, não somente na vida profissional, mas na pessoal", disse Chicão.

Francisco Carlos do Nascimento auxiliou trio de arbitragem comandada por Denis Ribeiro Serafim (CBF)
FOTO: AILTON CRUZ






















Francisco Carlos do Nascimento foi o árbitro alagoano que alcançou o status de Fifa, ganhando o escudo e autorização da entidade máxima do futebol para apitar jogos fora do Brasil, em 2012. Entre partidas nos Campeonatos das Séries A, B e C, Chicão comandou três partidas do Torneio Toulon, competição Sub-21 entre Seleções realizado na França, em 2014. 
"Uma carreira que quando olho para trás me orgulho muito. Porque sair de onde saí, da cidade de Ibateguara, e chegar ao quadro internacional é motivo de orgulho. Espero que depois de hoje [ontem], eu possa dar prosseguimento à minha carreira e possa seguir não apenas nos jogos do Campeonato Alagoano, mas também representando o meu estado fora, como sempre fiz quando árbitro Fifa", declarou.
"A arbitragem é como se fosse um vírus incurável. Eu me contaminei com ela, corre nas minhas veias e no ano que fiquei fora, eu 'comia' futebol todos os horários. Até porque eu não fui afastado, sempre estive no quadro de arbitragem, fazia testes físicos regularmente, cursos teóricos pela CBF. É um novo chicão que está vindo aí. Tudo o que acontece na nossa vida serve de experiência e eu espero poder voltar a ser o Chicão que chegou ao quadro internacional", concluiu.
Aos 42 anos de idade, Francisco Carlos do Nascimento ainda não tem certeza de quando acontecerá o retorno ao comando principal da arbitragem. O sorteio das escalas para a 3ª rodada do Campeonato Alagoano deverá acontecer na próxima semana, antes do confronto Jaciobá x Murici, que abre a rodada na quarta-feira (5).
NM com Gazetaweb.com - Maurício Manoel e Jean Nascimento 
Fotos: Ailton Cruz
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segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

Árbitro Chicão entra na Justiça e consegue liminar para voltar a apitar em jogos da CBF e FAF

 Foto: Ailton Cruz/Gazeta de Alagoas

O árbitro Francisco Carlos Nascimento conseguiu uma decisão judicial para voltar a ser relacionado nas escalas de arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol e da Federação Alagoana de Futebol (FAF). A decisão foi concedida pelo juiz José Alberto Ramos, da comarca de São José da Laje-AL.

A multa diária, em caso de desobediência da decisão, é de R$ 5 mil. Por meio da assessoria, a federação confirmou que foi notificada da decisão judicial. Chicão, como o árbitro é conhecido, não apita desde 2018.

Em contato com o GloboEsporte.com, Francisco Carlos falou sobre a decisão judicial e voltou a comentar a denúncia contra ele na Operação Cartola.

- Estou muito feliz e ansioso para voltar a atuar, coisa que eu gosto, sei e estou preparado para fazer. Fiz todos os testes nesses anos e fui aprovado; tanto na CBF como na FAF. Eu fui absolvido por unanimidade na esfera desportiva. Na criminal, fui denunciado de ter recebido R$ 140 de uma diária de hospedagem. É uma denúncia totalmente infundada.

- Estou muito confiante na minha absolvição também na esfera criminal

Presidente da Federação Alagoana de Futebol, Felipe Feijó também conversou com o GloboEsporte.com e comentou sobre o futuro do árbitro.

- Já tomamos ciência. Para a primeira rodada, o planejamento já tinha sido feito previamente e não estava ainda com o nome do Francisco Carlos na relação. Mas daqui para frente, a gente vai avaliar para dar cumprimento à decisão, isso é fato. O nosso departamento jurídico está estudando o caso, informamos à CBF também da decisão para que, de maneira conjunta, a gente saber quais serão os próximos passos - explicou o dirigente.
Foto: Viviane Leão/GloboEsporte.com
Feijó também comentou como está a situação física do árbitro para voltar a apitar.

- Ele fez os testes e, apesar de estar afastado dos gramados, nós não afastamos ele do nosso quadro [de árbitros]. Então ele tem feito os testes e está apto nos quesitos físico e teórico.

Chicão está afastado dos gramados sob acusação de participar de esquema de manipulação de resultados na Paraíba. O nome do juiz e dirigentes dos principais clubes do futebol paraibano estão sendo investigados pela Polícia Civil e o Ministério Público na Operação Cartola.

Em 2018, Francisco Carlos foi absolvido das acusações, por unanimidade, no Superior Tribunal de Justiça Desportiva. No julgamento, o árbitro se defendeu dizendo que foi vítima de uma esquema.

- Estou muito feliz com o resultado de hoje. A verdade prevaleceu, assim como tinha sido desde a primeira denúncia. Espero agora poder voltar a atuar em breve, pois é o que eu gosto de fazer. Já recebi os parabéns do Coronel Marinho e de outros membros da CBF que sempre acreditaram na minha inocência - declarou Chicão.

Carreira


O árbitro alagoano Francisco Carlos do Nascimento, de 40 anos, iniciou a carreira no futebol em 2006 e recebeu o escudo da Fifa em fevereiro de 2012. Ele trabalhou no Brasileirão, Série B, Copa Libertadores, Sul-Americana, além do Torneio de Toulon, envolvendo seleções sub-21.

Ele perdeu o escudo em outubro de 2014 e continuou apitando nos quadros da CBF. A última partida comandada por Chicão foi no dia 21 de agosto de 2018, pela 22ª rodada da Série B do Brasileiro. O Goiás venceu o São Bento por 2 a 1, em Goiânia.

NM com Globoesporte.com/al


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quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Chicão é absolvido das acusações em esquema de corrupção no futebol da Paraíba

FOTO: WELLIGTON CAMPOS
Por unanimidade de votos, o árbitro alagoano Francisco Carlos do Nascimento foi absolvido, na manhã desta quarta-feira (14), das acusações de participação em um esquema de manipulação de resultados durante o Campeonato Paraibano desta temporada. A suspeita foi investigada pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB)  que, em setembro deste ano, desencadeou a Operação Cartola. O julgamento aconteceu no Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), no Rio de Janeiro.
Após o resultado que o inocentou, Chicão falou sobre o sentimento de ter sido absolvido. 
"Você não imagina o peso que está saindo das minhas costas com esta decisão. Foi um sofrimento muito grande durante todo esse momento para todos os meus amigos e a família. Estou muito feliz. Quero agradecer a Deus e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) por sempre ter confiado na minha palavra e espero o mais rápido possível poder voltar a fazer o que eu mais gosto: apitar jogos de futebol", afirmou o árbitro, acrescentando que não pretende processar ninguém, a partir de agora.
"Eu penso em seguir a vida! São danos irreparáveis na minha carreira profissional. Mas, o que quero mesmo é retornar às escalas de arbitragem", concluiu.
Inicialmente, Francisco Carlos seria julgado pela Terceira Comissão Disciplinar do órgão máximo da justiça desportiva no dia 9 de outubro. No entanto, um pedido de vista do auditor Vanderson Maçullo Braga para analisar a competência do julgamento pela comissão adiou o julgamento.
Entenda o caso
Chicão foi o árbitro sorteado e responsável por apitar a primeira partida da final do Campeonato Paraibano de 2018, entre Botafogo e Campinense. Ele teve teve seu nome citado numa interceptação telefônica durante conversa com o presidente do Campinense, William Simões, antes da primeira partida das finais do Estadual. De acordo com o material, o dirigente teria tentado assediar o alagoano para a Raposa ser favorecida no duelo contra o Botafogo-PB.
Em junho deste ano, o Ministério Público da Paraíba listou 17 pessoas suspeitas de integrar o esquema que manchou o futebol paraibano. À época, Francisco Carlos chegou a ser citado, mas seu nome não constou na relação dos denunciados, e o árbitro seguiu apitando jogos pelo Campeonato Brasileiro. No entanto, na segunda denúncia, o MP entendeu que o alagoano também deveria responder pela suposta ligação com o esquema.
NM com Gazetaweb.com
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sexta-feira, 12 de outubro de 2018

STJD autoriza entrada das bandas das torcidas do CRB e CSA no Estádio Rei Pelé

Após os times do CRB e CSA recorrerem a decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), o presidente Paulo César Salomão Filho reconsiderou a liminar e autorizou a entrada das bandas das duas torcidas durante as partidas realizadas no Estádio Rei Pelé, em Maceió. 
No entanto, de acordo com a decisão, a Procuradoria Geral de Justiça Desportiva aceitou a questão, desde que nenhuma das bandas faça alusão a qualquer torcida organizada, inclusive, nos próprios instrumentos. 
Além disso, estão autorizados a entrar no estádio apenas os integrantes das "charangas" que estiverem com os nomes registrados, devidamente identificados e com seus respectivos instrumentos musicais. 
O presidente do STJD afirmou ainda que a decisão visa prevenir a desordem e a violência nos estádios para proteger a integridade dos profissionais e dos torcedores. 
No dia 27 de setembro, o STJD acolheu os argumentos da Procuradoria Geral do STJD e do Ministério Público Estadual de Alagoas (MPE-AL), que requereu a proibição das torcidas organizadas até o final da Série B do Campeonato Brasileiro. 


Na decisão, o presidente do tribunal se reportou a mais de um episódio envolvendo torcidas organizadas, citando, inclusive, um ataque a ônibus - no qual viajavam jogadores do Galo - em Arapiraca, após partida no Estádio Coaracy da Mata Fonseca, onde o CRB enfrentou o ASA ainda pelo Estadual.
NM com Ana Clara Mendes
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terça-feira, 9 de outubro de 2018

Pedido de vista adia julgamento que pode banir Chicão do futebol


A Terceira Comissão Disciplinar do STJD do Futebol se reuniu, nesta terça (09), para julgar suspeitos de envolvimento em esquema de corrupção e manipulação de resultados no futebol da Paraíba, mas um pedido de vista do auditor Vanderson Macullo pediu vista para analisar a competência do julgamento pela comissão. Entre os denunciados está o árbitro alagoano Francisco Carlos do Nascimento, o Chicão, que pode ser banido do futebol em caso de condenação.
Em razão do pedido de vista, ainda não há data definida para a retomada do julgamento. Ao todo, até aqui, 20 pessoas foram denunciadas em dois processos da Procuradoria da Justiça Desportiva. Apenas Chicão, denunciado em primeira instância, compareceu para prestar depoimento.
Integrante da Comissão de Árbitros da Federação Alagoana de Futebol (FAF), Chicão foi o árbitro sorteado e responsável por apitar a primeira partida da final do Campeonato Paraibano de 2018, entre Botafogo e Campinense. O denunciado contou sua versão dos fatos e explicou que acabou participando de uma conversa sem saber do que se tratava.
Na foto ao lado do Chicão, a Dra. Ester Freitas , Advogada da ANAF, e o Diretor Jurídico da Associação Nacional dos Árbitros de Futebol, Wagner Rosa
"O único jogo que fiz foi o primeiro jogo da final. Fui designado para fazer esse jogo na Paraíba. Automaticamente, quando saiu a escala, o Danilo [Corisco, massagista apontado como o interlocutor entre Chicão e Willian Simões, do Campinense] entrou em contato comigo. Ele é o cara que nos auxilia e de confiança na Paraíba. Saí de Alagoas na quarta para fazer esse jogo, acompanhado dos dois assistentes. Ele (Danilo) me perguntou em qual hotel eu queria ficar, e a reserva foi feita pelo meu assistente. Cheguei na Paraíba na quarta à noite, quando o Danilo me mandou uma mensagem. Ele perguntou a que horas íamos tomar café. Depois do café, perguntou a que horas íamos almoçar. Eu falei que às 13h, mas, às 11h30, ele já estava na recepção do hotel", disse o árbitro, que se emocionou durante o depoimento.
Chicão explicou também que, após o almoço, parou em um estabelecimento para comprar uma garrafa d'água, quando Danilo fez uma ligação e entregou o telefone ao árbitro. Este, por sua vez, disse acreditar que conversava com alguém da federação paraibana quando perguntado sobre a partida e confirmado que estava tudo certo. Alegou, ainda, que, somente após a divulgação da Operação Cartola é que descobriu com quem havia conversado, ou seja, o dirigente de um dos clubes finalistas.
Ciente do ocorrido, o árbitro procurou a comissão da federação alagoana e a Comissão de Arbitragem da CBF, colocando à disposição de ambas os seus sigilos telefônico e bancário para comprovar que não teve nenhum envolvimento no esquema de corrupção. O árbitro juntou, ainda, o comprovante de pagamento do hotel em que ficou na Paraíba, comprovando que pagou sua estadia com seu próprio dinheiro.
"Saí, com minha mãe e irmã, de uma cidade pobre. Não tínhamos onde morar. Fui árbitro Fifa e, hoje, já tenho minha casinha. Tudo o que tenho conquistei com a arbitragem foi de forma correta. Quem ia para a Paraíba sempre procurava o Danilo em busca de alguma assistência. Ele disse que foi chamado na polícia e que iria falar a verdade. Foram 35 dias sem dormir. Hoje, sou referência no meu estado na arbitragem. Quem fosse para aquela final teria problema. O Danilo foi à delegacia e falou que não tive envolvimento. Portanto, vim para tirar qualquer tipo de dúvida, e tenho certeza de que a justiça será feita. Aqui estou para responder o que me perguntarem", declarou.
Na oportunidade, Chicão voltou a garantir sua inocência. "Hoje é meu aniversário e, por isso, queria estar em casa com minha família, mas vim esclarecer tudo. Quero dizer que não tenho nada com isso. Paguei o hotel onde estive hospedado. E mesmo nos jogos da CBF, era este mesmo Danilo quem dava assistência aos árbitros na Paraíba", emendou.
Chicão revelou também que, em 10 anos, apitou quatro jogos na Paraíba sem nunca ter enfrentado nenhum tipo de problema. "Sou um árbitro de total confiança da Comissão de Arbitragem. Fui o primeiro árbitro FIFA de Alagoas e nunca tive nenhuma mancha na carreira. Assim que soube do fato, emiti uma nota e atendi toda a imprensa para tirar quaisquer dúvidas. Continuo na ativa. Fiquei 35 dias afastado, veio a denúncia e saí de lá como ouvinte", reforçou.
Por fim, Chicão também mostrou os áudios trocados com Danilo, a quem pediu que explicasse o fato. Tais áudios foram encaminhados aos auditores, assim como o depoimento prestado por Danilo à polícia da Paraíba, em que o mesmo afirmou que o árbitro Chicão não sabia com quem falou no telefone. 
Finalizada a fase de instrução, o presidente em exercício, auditor Otacílio Araújo, debateu as dúvidas existentes com os colegas auditores, quando Vanderson Maçullo pediu vista por dúvida de competência. O julgamento dos dois processos foi, então, suspenso.
NM com Gazetaweb.com
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