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quarta-feira, 10 de abril de 2019

Apresentado nesta tarde, Marcelo Chamusca revela que vai fazer poucas mudanças no CRB para domingo

AILTON CRUZ

O técnico Marcelo Chamusca já chegou ao CRB e já comandou a primeira atividade com o elenco regatiano, no CT Ninho do Galo, na tarde desta quarta-feira (10). Chamusca foi contratado para substituir o demitido Roberto Fernandes, no último domingo, após o fiasco do time na Copa do Nordeste, quando o Galo foi eliminado, depois de perder para o Santa Cruz nas cobranças de pênaltis.
No domingo, Chamusca já tem uma pedreira pela frente: o clássico contra o CSA, na primeira partida da final do Campeonato Alagoano. Em sua primeira entrevista coletiva como técnico do CRB, Chamusca falou sobre essa decisão, elogiou o técnico azulino, o seu xará Marcelo Cabo, e revelou que pretende mudar muito pouco a equipe em relação à que entrou em campo contra o Bahia.
Ele foi questionado pelo repórter Marcelo Rocha, do Timaço da Gazeta, se colocaria a equipe que começou no jogo com o Bahia, no clássico de domingo. Chamusca riu e disse: "Aí eu tô facilitando o trabalho de Marcelo Cabo, que por sinal, é meu amigo, meu colega de curso lá da CBF, um cara muito bacana, inteligente, trabalhador, muito capacitado, tem um histórico interessante de trabalhos em outras equipes, muitos acessos também, e a gente sabe da dificuldade que é jogar contra uma equipe comandada por Marcelo Cabo".
E revelou: "Tenha certeza que não vai haver grandes alterações e a gente não tem tempo hábil para que isso aconteça. A gente vai analisar, pontuar, mudar algumas situações, mas tudo isso são situações muito pontuais, porque vamos precisar otimizar o tempo que nós temos trabalhar muito mais a parte psicológica, emocional e estudar muito o nosso adversário. É isso que vamos fazer nesses quatro dias que nós temos, até o dia do jogo", disse. 
Chamusca lembrou de sua passagem pelo clube em 2004 e afirmou que a cada ano que passa, fica com mais experiência mais maturidade, mas ocorre também o desgaste, emocional e físico, mas que faz parte da profissão e que a cada vez mais se sente preparado para os novos desafios. 
"Trabalhar aqui no CRB é um desafio muito grande, ainda mais em um momento como a gente está chegando. Quando vim para cá em 2004, a sede ainda era lá na Pajuçara. Cheguei no segundo jogo do Campeonato Alagoano, tivemos um aproveitamento interessante. Era um time interessante. Tinham alguns jogadores como Leandrinho, Wanderley, Anderson, Jair, Marcone, o Zé Carlos ainda estava começando. Hoje o clube vive um outro momento, cresceu muito e está de parabéns. Por isso mesmo aceitei este novo desafio", disse.
Ele lembrou do jogo em 2004 entre Flamengo e CRB, pela Copa do Brasil, que deu empate de 4 a 4 e teve a presença desses jogadores. "A gente estava perdendo por 3 a 1 e fez 4 a 3. Depois empatamos. Ficou marcado na história do clube", observou
Marcelo Chamusca revelou o seu sentimento em relação aos jogadores, com quem teve uma palestra antes da partida contra o Bahia, nessa terça-feira. Disse que achou-os muito focados, compromissados, totalmente recuperados do revés contra o Santa Cruz. "E a própria performance, o comportamento da equipe durante o jogo confirmou o que eu tinha visto na palestra nos vestiários".
O treinador destacou que o Galo esteve muito próximo de conseguir, ao menos, levar o jogo contra o Bahia para os pênaltis e ter a oportunidade de avançar e conseguir uma campanha histórica na Copa do Brasil, e lamentou não ter conseguido. 
"Futebol tem essas nuances. O jeito que as jogadas se construíram tinha tudo para dar errado e acabou virando uma jogada que resultou no gol, a dois minutos do final do jogo. Mas pude ver foi uma capacidade de assimilação de um resultado negativo, de uma eliminação muito rápida da equipe e, em cima desse aspecto, que a gente pretende, a partir de amanhã, trabalhar e mobilizar os jogadores para o jogo de domingo (contra o CSA)", revelou.
O novo treinador regatiano afirmou que alguns aspectos, principalmente observados na parte ofensiva do jogo contra o Bahia, precisam ser aprimorados para o jogo de domingo. "A gente deve melhorar, não existe vantagem. Não só a comissão técnica, os jogadores, mas principalmente o torcedor está muito ansioso por esse título (do Alagoano), e a gente vai contribuir e motivar os jogadores para que a gente faça um grande jogo no domingo".
Questionado se terá dificuldade para deixar o grupo bem nos aspectos físico e emocional para os dois jogos da final do Campeonato Alagoano, Chamusca falou: "Eles conseguiram reagir bem e assimilar bem um revés que foi muito difícil, na Copa do Brasil, e por eles terem conseguido se recuperar em um espaço curto de tempo, de três dias, a gente vai ter um tempinho maior. A gente jogou na terça e só vai jogar no domingo, em relação ao aspecto físico a gente vai ter um tempo maior de recuperação, no aspecto emocional vai ser importante o trabalho que vamos fazer a partir de amanhã, mobilizando os jogadores e a análise do adversário vai ser fundamental também, para que a gente consiga fazer um jogo consistente, equilibrado, um jogo de excelência, no domingo", destacou.
Ele acrescentou que no futebol, as derrotas e as vitórias têm prazo de validade: "E o prazo de validade é sempre o próximo jogo. Então, é em cima disso que a gente acredita, na mobilização e na reversão, para fazer um jogo de qualidade".
AILTON CRUZ
Sobre os critérios utilizados por ele para barrar e escalar jogadores, ele disse que têm alguns aspectos que são considerados importantes: performance de treino, onde o jogador tem que mostrar no treino que está compromissado, que está treinando com intensidade e que está se preparando de verdade para o jogo; análise dos jogos anteriores, pois determina muito a permanência, a troca de um atleta de um jogo para outro. E o outro aspecto que tem um peso muito grande nas decisões, segundo ele, é a questão tática de análise do adversário, como o adversário joga, pois às vezes, tem um espaço que o adversário proporciona, onde o time tem um jogador com a característica que vai encaixar melhor naquele espaço. 
"Eu sempre digo aos jogadores que a gente procura agir com o máximo de justiça possível nas decisões, sempre bem argumentado, com muito embasamento e trabalhando muita clareza. Isso faz com que o universo conspire positivamente para que a gente consiga os resultados", observou Chamusca.
Por fim, Marcelo Chamusca afirmou que já conhece uma boa parte dos atletas do elenco atual regatiano, pois trabalhou com muitos e outros com os quais já se confrontou em momentos diferentes, em outras equipes. Disse, ainda, que tem uma relação muito próxima com os jogadores com quem trabalha. 
"Sempre falo para eles que a minha sala está sempre aberta para recebê-los. Trabalho com muita clareza e sinceridade, procuro blindar o máximo possível os meus jogadores, dou a eles a permissão para errar porque o erro faz parte do jogo, dou autonomia para que decisões sejam tomadas dentro do campo de jogo, mas gosto de uma equipe organizada e equilibrada", encerrou.
NM com Fernanda Medeiros 

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