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sábado, 13 de agosto de 2016

Em jogo de duas prorrogações, Brasil cai para a Argentina e se complica no Rio

A vitória escapou das mãos por duas vezes. Não se pode bobear contra a Argentina. O rival, mais uma vez, apareceu para complicar a vida do Brasil no basquete. Em jogo de duas prorrogações, a Seleção sucumbiu e perdeu por 111 a 107 (85 a 85 no tempo normal), neste sábado, na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico. O Brasil, com uma vitória em quatro jogos, fica em situação complicada na Olimpíada. Para avançar às quartas de final, terá de vencer a Nigéria, nesta segunda-feira, às 14h15, e torcer para a Argentina bater a Espanha.
O Brasil abriu oito pontos nos minutos finais do jogo. Depois, na primeira prorrogação, teve seis pontos de frente. Porém, não soube definir o duelo. A Seleção pagou caro. Sofreu nas mãos de Nocioni e Campazzo - juntos, fizeram 70 pontos -, e viu a festa ser argentina. No fim, os torcedores hermanos ainda provocaram com gritos de "Brasil".
Márcio Mercante / Agência O DiaBrasil acabou sendo derrotado novamente na Olimpíada
Não se pode vacilar tanto, ainda mais contra um adversário tão perigoso e tradicional. A alma argentina pesou. O poder decisivo, que faltou para o Brasil, sobrou do outro lado da quadra. Erros cruciais e infantis levaram à derrota. Como permitir, nos últimos segundos, um armador pegar o rebote ofensivo? Na sequência, por que não fazer a falta? A vantagem era de dois pontos na ocasião. São perguntas que vão martelar a cabeça da seleção brasileira. O pesadelo da eliminação está mais forte.
Nocioni e Campazzo infernizaram a vida brasileira. Os jogadores terão pesadelo com a dupla. O primeiro marcou 37 pontos e ainda pegou 11 rebotes. O armador, autor de 33 pontos e do rebote ofensivo decisivo, ainda distribuiu 11 assistências. Scola foi outro argentino a fazer um duplo-duplo: 17 pontos e 10 rebotes.
O destaque do Brasil foi o pivô Nenê: 24 pontos e 11 rebotes. Marcelino Huertas e Alex anotaram 14 pontos cada um. 
O jogo
Com Nenê levando vantagem sobre Scola no ataque, o Brasil começou o duelo bem. Porém, os erros ofensivos logo apareceram. A Argentina se aproveitou. Com uma bola de três de Nocioni, abriu cinco pontos (15 a 10). Magnano parou o jogo. Não adiantou muito. Os argentinos continuaram com a mão quente nos arremessos de fora - acertaram seis, sendo quatro de Nocioni, das nove tentativas. A vantagem pulou para dez pontos (24 a 14). O técnico da Seleção pediu novo tempo. O ataque brasileiro melhorou com a entrada de Giovannoni, que logo anotou cinco pontos. A diferença caiu para sete (26 a 19), mas uma bobeira nos últimos segundos levou o placar para 28 a 19.
Benite se recuperou da bola perdida no fim do primeiro quarto e comandou a reação brasileira, ao lado de Giovannoni e Alex. O ala-armador marcou 13 pontos no segundo período. O Brasil passou a ser superior. A torcida sentiu o bom momento e empurrou o time rumo à virada. As bolas de três da Argentina começaram a dar bico. A Seleção virou e foi para o intervalo com oito pontos de frente (52 a 44).
O banco brasileiro fez a diferença no primeiro tempo e foi responsável por 34 dos 52 pontos, com destaque para Benite (13), Giovannoni (10) e Alex (sete). Felício e Raulzinho marcaram dois pontos cada. Eles colocaram a Seleção no jogo e "rivalizaram" com a atuação de Nocioni, autor de 21 pontos. Scola ajudou a Argentina com nove.
Márcio MercanteTorcida brasileira apoiou mas não conseguiu conduzir vitória do Brasil
A Seleção desperdiçou os três primeiros ataques do terceiro período. A Argentina fez uma corrida de 5 a 0. O Brasil "acordou" ofensivamente  e colocou 10 de frente (59 a 49). Porém, nova pane no ataque e reação argentina. Campazzo e Nocioni viraram o placar 64 a 63. Magnano pediu tempo. Funcionou. O time brasileiro, empurrado pela torcida, "voltou" para o jogo e foi para o último quarto vencendo por 72 a 67.
O jogo ganhou em emoção. A Argentina lutava e encostava no placar. O drama aumentava. Marquinhos e Hettsheimeir apareceram para responder para o Brasil. A vantagem brasileira era de seis pontos (81 a 75). Nenê colocou Scola no bolso: cesta e falta. A diferença pulou para oito. Jogo definido?  Longe disso. Campazzo fez cinco pontos em sequência. Scola deu uma ajudinha e cometeu um erro. O ataque brasileiro não aproveitou. Campazzo, chamando o jogo, diminuiu o placar para um ponto (83 a 82). Tempo de Magnano para arrumar o ataque. Marcelinho Huertas foi para  linha de lance livre. Ele fez os dois (85 a 82).  Ginóboli errou o arremesso de três. Porém, Campazzo pegou o rebote e achou Nocioni. Ele acertou a bola longa e empatou o jogo. Magnano pediu o último tempo. Huertas errou o arremesso. Prorrogação. 
Nenê chamou a responsabilidade e levou a melhor no garrafão. Uma bola de três de Alex levou a vantagem para seis pontos. A Argentina cortou para um depois de erros no ataque brasileiro. Marquinhos acertou apenas um lance livre. Campazzo deixou tudo igual: 95 a 95. Raulzinho e Ginóboli desperdiçaram os dois ataques seguintes. Nova prorrogação.
Campazzo começou o novo tempo extra com duas bolas de três. Garino, com um tapinha, levou a vantagem para oito pontos: 103 a 95. Magnano parou o jogo. O Brasil sentiu o golpe, mas Leandrinho, até então apagado, apareceu. A Seleção cortou a diferença para um ponto (106 a 105). A torcida passou a gritar "eu acredito". Funcionou, mas Alex errou o ataque seguinte. Campazzo levou a vantagem para três. Leandrinho também errou na frente. Campazzo, novamente na linha de lance livre, aumentou para quatro. Leandrinho diminuiu para dois. A Seleção demorou a fazer a falta. Delfino errou os dois. Mas Ginóbili pegou o rebote. Mais um erro. Derrota consumada. Situação delicada.

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