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quarta-feira, 11 de maio de 2016

Rio 2016 terá tecnologia renovada para cronometragem e resultados

A menos de três meses dos Jogos Olímpicos do Rio, detalhes que muitas vezes passam despercebidos pelos olhos do público começam a ser ajustados em alguns dos principais palcos de competições. Às vésperas do evento-teste de atletismo, que será disputado neste fim de semana no Engenhão, foi apresentada parte importante da tecnologia de cronometragem e resultados que funcionará em agosto. Com dispositivos mais modernos e novidades em várias modalidades, o enfoque é oferecer o resultado mais rápido e de maior qualidade para atletas e espectadores. Parte dos recursos serão usados a partir deste sábado. E, mais uma vez, os eventos-testes vão servir para evitar qualquer imprevisto na hora do verdadeiro espetáculo. 
- Nossa expectativa está em ver a performance de grandes atletas e grandes emoções no Rio de Janeiro. Está também em prover o melhor serviço de resultado para esses atletas - disse Alain Zobrist, CEO da Omega, empresa responsável pela tecnologia de cronometragem e resultados dos Jogos Olímpicos.
Dirigente da empresa de tecnologia de resultados mostra novidades no Engenhão (Foto: Amanda Kestelman)Dirigente da empresa de tecnologia de resultados mostra novidades no Engenhão (Foto: Amanda Kestelman)
No mês passado, foram detectados problemas envolvendo quedas de energia em eventos-testes realizados na região do Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. Na competição da ginástica, houve quedas parciais de energia tanto nos treinos oficiais quanto em disputas, atrasando a programação. O mesmo foi notado na disputa da natação, onde a prova válida pela seletiva nacional dos 50m livre chegou a atrasar quase uma hora. Na época, a Federação Internacional de Ginástica (FIG) relatou os imprevistos e mostrou preocupação.
O CEO Alain Zobrist está ciente, já que suas equipes participaram dos dois eventos em abril. Por mais que a o problema seja uma questão de alçada e responsabilidade local, ressalta a importância de se trabalhar em conjunto após detectado. Também apontou a existência de um backup, um bom sistema de apoio de sua equipe no caso de incidentes. 
câmera photofinish engenhão  (Foto: Amanda Kestelman)Nova tecnologia de photofinish no Engenhão 
para evento-teste (Foto: Amanda Kestelman)
- Nós estamos cientes disso. Em tudo que fazemos, temos sistema de backup (apoio). Precisamos ter. Temos dois sistemas de cronometragem ao mesmo tempo. Assim como no photofinish (recurso eletrônico de imagem). É o mesmo caso sobre energia. Nosso equipamento funciona com bateria e, em caso de queda de energia, podemos continuar entregando nossos serviços através de baterias. Nos ajuda a ter um plano de apoio, garantir que os resultados sejam gravados. Mas claro, no fim, nosso sistema depende de energia. Precisamos de energia como todos - disse Zobrist.
O representante da Omega reiterou que a realização de todos os eventos-testes é fundamental justamente para analisar onde é necessário mudanças e melhorias. Ele reforçou um trabalho de cooperação da empresa de tecnologia com a organização dos Jogos do Rio para que todos os geradores de energia funcionem da melhor forma em agosto. Mais geradores são opção.
- Trabalhamos muito próximos ao Comitê Olímpico Internacional e ao Comitê Rio 2016. Sabem das nossas necessidades e sabemos o que precisam também. É uma cooperação diária.

As novidades para o Rio
No ponto de vista de tecnologia, o carro chefe das novidades para a edição do Rio de Jogos Olímpicos é a nova câmera de photofinish. O dispositivo é conhecido por captar a imagem de cada corredor assim que a linha de chegada é cruzada. A nova versão captura imagens de melhor qualidade, sendo capaz de registrar 10 mil fotos digitais em linha vertical por segundo. No Rio, haverá também, pela primeira vez em Jogos, quatro fotocélulas em operação. O aparelho emite feixes de luz ao longo da linha de chegada que param o tempo assim que o competidor cruza. Com mais duas do que em competições recentes, é possível detectar mais padrões corporais dos atletas, dando ainda mais precisão a todos os resultados. A nova versão permite ajustes para provas com barreiras e no caso de provas paralímpicas com cadeiras de rodas.
Os blocos de partida do atletismo também foram aprimorados com sensores que medem 4 mil vezes por segundo a força do atleta no suporte dos pés. Esses dados servem para detectar quando o competidor queima a largada, causando a eliminação.
 Alain Zobrist CEO da Omega atletismo (Foto: Amanda Kestelman)As fotocélulas na linha de chegada
(Foto: Amanda Kestelman)
Outra novidade expressiva está fora das pistas. Utilizado recentemente no evento-teste de natação no Rio, um novo dispositivo dentro das piscinas informa aos atletas a contagem de voltas no caso de provas mais longas. Anteriormente, essa contagem era feita através de placas manuais na borda, obrigando nadadores a olharem para fora da água. 
- É um exemplo perfeito de que os primeiros usuários das tecnologias são os atletas. Nossos serviços são primeiramente para os atletas. Isso é muito importante. Checamos e muitas vezes desenvolvemos a tecnologia com eles. Para podermos entender as necessidades e ajudá-los a terem a melhor performance. 
No Rio 2016, também será a primeira vez que as competições terão todas os placares aprimorados com imagens coloridas, melhorando a experiência para os espectadores nas arenas e ginásios. De volta ao programa olímpico após um século, o golfe terá placares em quatro áreas do tee, com sistema de medição de tacada por radares. Uma outra novidade é a tecnologia que medirá a precisão do tiro com arco, através de um escaneamento interno nos alvos. 
Sala de cronometragem no estádio olímpico do Rio de Janeiro (Foto: Amanda Kestelman)Sala de cronometragem no estádio olímpico do Rio de Janeiro (Foto: Amanda Kestelman)

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