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segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Presidente do ASA esbraveja contra a arbitragem de Alagoas: "Falta honra"

Presidente do ASA, Bruno Euclides não gostou nem um pouco da atuação do árbitro José Reinaldo Figueiredo na derrota diante do CRB por 3 a 1, no domingo. As palavras duras do mandatário alvinegro exprimem a indignação não só dele, mas de jogadores e da comissão técnica. Sem tirar os méritos da boa atuação do Galo, ele usou palavras fortes, como falta de honra, para definir a postura da arbitragem em relação aos clubes de Maceió. 
Bruno Euclides ASA (Foto: Viviane Leão/GloboEsporte.com)Bruno Euclides disparou contra a arbitragem alagoana (Foto: Viviane Leão/GloboEsporte.com)
- O CRB conseguiu essa vitória com méritos, assim como conseguiu o resultado em Arapiraca, demonstraram porque eram os favoritos da partida, mas nós tínhamos nossa proposta de jogo. Viemos jogar com segurança e agredir o CRB quando tivéssemos as oportunidades e, assim, nos propusemos a fazer e vínhamos bem com o nosso objetivo até sermos, mais uma vez, prejudicados pela arbitragem alagoana. Eu gostaria de pontuar, com todo o respeito às pessoas que fazem nossa arbitragem, não tenho nada contra nenhuma pessoa em especifico, mas é preciso que a arbitragem alagoana honre as calças que vestem e não a camisa amarela que usam em dia de jogo. Porque, me desculpem o termo, ele se cagam de medo de errar contra o CSA e CRB. É sempre assim - declarou o dirigente, em entrevista ao repórter Jânio Barbosa da Rádio Gazeta.
A indignação da diretoria alvinegra com a arbitragem é antiga. Contra o mesmo CRB, nas semifinais do Campeonato Alagoano de 2015, o volante Cal foi expulso pelo árbitro Francisco Carlos do Nascimento. As polêmicas começaram aí. No domingo, em mais uma partida diante do Galo, o ASA teve um jogador expulso, Kessi. Para o presidente alvinegro, a expulsão foi injusta, pois o árbitro não usou o mesmo critério em um lance envolvendo um jogador do Regatas.
- Segundo gol do CRB surgiu quando o Dakson, se não me engano, fez uma falta semelhante a do Jorginho e do Kessi, e o árbitro não foi homem pra dar falta e expulsar o Dakson, mas foi homem para prejudicar o ASA. Prejudicar não, seguir a regra. Me perdoem a expressão, mas falta coragem, falta honra para a nossa arbitragem para dar a coisa certa para CSA e CRB. É minha opinião e ponto de vista. Eu não poderia deixar de pontuar o que acho e o que enxerguei - afirmou.
CRB x ASA, no Rei Pelé (Foto: Ailton Cruz / Gazeta de Alagoas)Kessi foi expulso no segundo tempo, gerando indignação no lado alvinegro (Foto: Ailton Cruz / Gazeta de Alagoas)

Bruno Euclides deixa claro que não há perseguição pessoal com a arbitragem alagoana, nem má intenção dos responsáveis, da mesma forma que não entrará com representação contra José Reinaldo Figueiredo. O presidente do ASA também pontua o medo dos árbitros de um possível erro contra CRB ou CSA.
- Não adianta. Sinceramente não acredito que há má intenção da parte de ninguém. Como disse, falta coragem para fazer o que é certo e que a chance de errar existe para ambos os lados, e não ficar com medo de errar contra o CSA ou CRB. Se eu for representar cada juiz que comete esses erros, não vai sobrar ninguém - concluiu.
Em entrevista à Rádio Gazeta, o presidente da Comissão Estadual de Arbitragem, Hércules Martins rebateu as críticas do dirigente.
Hercules Martins - CEAF/AL (Foto: Paulo Lira/Noticianamira)Hércules Martins respondeu as declarações de Bruno Euclides (Foto: Paulo Lira/Noticianamira)
- O que a gente tem a falar sobre essa situação, é  que é um fator claramente de desconhecimento total do procedimento da arbitragem de Alagoas por parte desse senhor, porque ele não acompanha, a equipe do ASA não acompanha os nossos sorteios, não tem aparecido na federação [Alagoana de Futebol], sempre tem a presença de outros clubes, e o ASA não participou de nenhum sorteio e não sabe nem de que forma a gente trabalha. A gente sempre faz tudo com planejamento. Nós já trabalhamos a rodada de domingo e já estamos planejando a rodada da semana que vem - afirmou.
Sobre o desejo da diretoria alvinegra de o árbitro Francisco Carlos do Nascimento não atuar em partidas do clube, Martins informou que isso é uma forma de cerceamento do direito do cidadão.
- O Francisco Carlos não pode passar o campeonato todinho sem trabalhar nos jogos do ASA porque isso é uma incoerência. Isso é cercear o direito de trabalho do cidadão, isso é juridicamente impossível, não se pode fazer isso. A comissão de arbitragem tem autonomia para escalar os árbitros que ela entenda de melhor para aquele jogo, e não tem que se falar nisso. Tem que ir para o campo e jogar bola. Essa é a posição da comissão - salientou.
Francisco Carlos do Nascimento (Foto: Leonardo Freire/GloboEsporte.com)Escalação de Francisco Carlos do Nascimento tem sido alvo de críticas do ASA (Foto: Leonardo Freire/GloboEsporte.com)

O presidente da Ceaf também alertou sobre o clima de rivalidade criado em cima do árbitro, responsabilizando o mandatário alvinegro.
- Tem uma coisa: de tudo que se falou, que se fez contra o árbitro Francisco Carlos, qualquer fato que aconteça contra à integridade física do Francisco Carlos e de toda assua equipe, o único culpado é o senhor Bruno Euclides, lá de Arapiraca, porque foi ele quem criou esse clima em relação à arbitragem do jogo de quarta-feira.
NM com Jota Rufino

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